Cidades

DESPEDIDA

Americanos vencem Bolt em sua última participação nos 100 m

"Dei o meu melhor, mas meu corpo está me dizendo que é hora de ir", declarou ele

FOLHAPRESS

06/08/2017 - 08h30
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Usain Bolt não é mais o homem mais rápido do mundo. O jamaicano de 30 anos se despediu neste domingo (5) da prova dos 100 m do atletismo com um terceiro lugar no Mundial de Londres, atrás dos americanos Justin Gatlin, 35, e Christian Coleman, 21.

O velocista, que não perdia a prova mais rápida do atletismo em mundiais e olimpíadas desde 2011 -quando foi desclassificado da final do Mundial de Daegu por queimar a largada- fez a corrida em 9s95, sua melhor marca na temporada, mas longe do seu recorde mundial (9s58), estabelecido em 2009.

Bolt percebeu que algo não estava bem ainda na semifinal. Acostumado a vencer as fases preliminares das competições com folga, ele terminou a sua bateria um centésimo atrás de Coleman.

"A minha largada está me matando. Normalmente ela melhora entre uma prova e outra, mas isso não está acontecendo", disse o jamaicano.

Na final, Bolt voltou a largar mal. Com o segundo pior tempo de reação, se esforçou para alcançar os rivais na parte final, como costumava acontecer em suas provas. Desta vez, ele não conseguiu.

Mesmo assim, foi por pouco. Gatlin chegou em primeiro, com 9s92, e Coleman logo atrás, com 9s94, de novo um centésimo melhor que Bolt.

"Eu precisava estar melhor posicionado após 30 metros, mas não estava com a melhor forma física que eu precisava estar", afirmou o jamaicano.

"Dei o meu melhor, mas meu corpo está me dizendo que é hora de ir", completou.

Mesmo sem o ouro, Bolt não mostrou raiva ou tristeza. Sorriu, cumprimentou os rivais, abraçou e tirou fotos com os fãs, e fez o sinal do raio, como tantas vezes já fez em suas comemorações.

Se o bronze de Bolt foi muito comemorado pelo público, o mesmo não pode se dizer do ouro de Justin Gatlin.

O americano, campeão dos 100 m nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, foi vaiado no estádio olímpico de Londres em diferentes oportunidades.

Ele já teve dois casos de doping na carreira. O último em 2006, quando foi punido com quatro anos de suspensão ao ser detectado excesso de testosterona em sua amostra. Após vencer a prova, colocou o dedo na boca pedindo silêncio aos críticos.

"É a última corrida de Bolt. Tive muitas vitórias e muitas derrotas ao longo dos anos. É uma ocasião maravilhosa", afirmou Gatlin em entrevista.

"Eu desliguei [as vaias] do meu pensamento e mantive meu foco. Era o que eu tinha que fazer", afirmou.
Após reverenciar Bolt ao fim da disputa, o vencedor da medalha de ouro abraçou o jamaicano.

"A primeira coisa que ele fez foi me felicitar e dizer que eu não merecia as vaias. Ele é uma inspiração", afirmou Gatlin.

A despedida definitiva de Bolt do atletismo acontecerá no próximo sábado (12), quando ele participará da disputa do revezamento 4 x 100 m com a equipe jamaicana.

rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

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O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou 'com nós', mas nós não precisamos dele", postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

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O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

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