Antigo Twitter, o "X" suspendeu um dos perfis do deputado federal Marcos Pollon (PL) após o sul-mato-grossense "quebrar o docoro" e xingar opositores durante as manifestações pró-Bolsonaro realizadas em todo o país neste domingo (3).
O parlamentar discursou em ato que reuniu ao menos 10 mil pessoas nas imediações da Praça do Rádio, em Campo Grande.
Divulgação X"...Não vou admitir viver em uma ditadura! E outra, quem aqui engoliu o PSDB, engoliu o PL, palmas para quem engoliu esse teatro absurdo, porque eu não engoli. Eu não iria falar hoje, só que o Rodolfo (deputado federal) falou que quem não subisse era covarde, então eis aqui o covarde, que pediu para subir e não deixaram, justamente para denunciar àqueles que entregaram o PL para a porcaria do PSDB, canalhas! Eu quero que se f@d#. Pollon, você acabou de enterrar sua carreira política, fodass#, déspotas, cretinos, canalhas!", bravou o deputado em palanque.
Na manhã deste domingo, em prol da anistia dos presos do 8 de Janeiro de 2023 e pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado acusou as lideranças nacionais do partido, leia-se o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente nacional da sigla Valdemar Costa Neto, de entregarem a legenda para o PSDB de Mato Grosso do Sul, que hoje é presidido pelo ex-governador Reinaldo Azambuja.
Em cima do caminhão de som utilizado pela organização do ato político para discursos das lideranças da direita, principalmente as ligadas ao PL, o parlamentar fez duras críticas a Bolsonaro e Valdemar pela aliança com Azambuja no Estado.
Outro lado
Procurado pelo Correio do Estado, Pollon respondeu, via assessoria de imprensa, que ele foi para manifestação "Reaja Brasil" como cidadão e protestou como cidadão. O deputado federal declarou ainda que o também deputado federal Rodolfo Nogueira falou, em cima do trio elétrico, que o político que não subisse e falasse lá hoje era covarde. Por isso, ainda conforme a assessoria de imprensa, o parlamentar pediu para subir e teria sido barrado. "Após o Pollon abrir uma live nas suas redes sociais, eles mudaram de ideia e o chamaram para subir e discursar. Em seu discurso, Pollon denunciou o uso eleitoreiro das manifestações por alguns políticos do Estado".
Jair Bolsonaro
As manifestações acontecem após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser alvo de uma operação da Polícia Federal em 18 de julho, por ordem da Suprema Corte.
Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica e cumprir medidas cautelares como toque de recolher e proibição das redes sociais.
A medida do ministro Alexandre de Moraes se deu após pedido da Procuradoria-Geral da República devido à "concreta possibilidade de fuga" do ex-presidente.
Ele também foi proibido de manter contato com o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) que, desde março, se mudou para os Estados Unidos em uma tentativa de conseguir apoio do país a uma medida de anistia para o pai.
Em todo o País, foram realizadas manifestações em Brasília, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (BH), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Joinville (SC) e, pelo menos, mais dez pontos espalhados.
Não há registros de que Bolsonaro participaria diretamente de algum dos encontros, já que uma das normas impostas pelo uso da tornozeleira é o impedimento de sair aos fins de semana.
*Colaborou Daniel Pedra


