Cidades

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Apesar do aumento no número de casos, Covid não preocupa para o Carnaval, diz secretário

Recomendação segue sendo que as pessoas tomem as doses de reforço, principalmente as que pertencem a grupos de risco

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Nas primeiras três semanas de 2024, a Secretaria Estadual de Saúde registrou aumento de 304,3% nos casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul.

O primeiro boletim epidemiológico do ano, publicado no dia 3 de janeiro, indicava 138 novos casos da doença, e três óbitos confirmados - todos datados de anos anteriores. Já o boletim mais recente, divulgado na última semana, confirmou 558 novos casos e cinco óbitos - três deles em 2024.

Questionado pelo Correio do Estado sobre a possibilidade de uma nova onda de infecções com a aproximação do Carnaval, festividade em que os foliões aglomeram nas ruas de diversos municípios do Estado, o secretário estadual de saúde, Maurício Simões Corrêa, se mostrou tranquilo, por considerar que a Covid-19 pode ser tratada como apenas "mais uma" síndrome respiratória.

"A preocupação com infecções não é só com a Covid-19, mas com todas as doenças virais. Ambientes de aglomeração propiciam o contágio. A vacinação é o ponto mais importante, e boa parte da população já se imunizou", considerou o secretário.

Segundo Maurício, o importante neste momento é alertar aqueles que ainda não vacinaram, ou que não foram tomar as doses de reforço, para que se imunizem.

"O número de pessoas é que ainda não tomaram a dose de reforço ainda é muito grande. Saiu recentemente um estudo da Lancet, que é a uma das publicações mais importantes internacionais, alertando que os casos mais graves de Covid-19 ainda acontecem em pessoas que têm imunosupressão e, fundamentalmente, são essas pessoas que não fizeram reforço da vacina", pontuou.

A secretária adjunta da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), Rosana Leite, vê com cautela a questão do Carnaval.

"O Carnaval sempre preocupa, porque ele tem aglomerações. Toda a situação de aglomeração é preocupante. Então a gente sempre orienta, principalmente para que as pessoas que estão com sintoma ou em estado gripal, que usem máscara, se hidratem e se cuidem", reforçou.

Ainda segundo Rosana, é normal que o número de casos da doença apresente um leve aumento após o período festivo.

"A gente tem outra situação em Campo Grande: muitas vezes as pessoas viajam no Carnaval, e aí pode acontecer que elas voltem já infectadas, então a gente já tem a previsão desse aumento, existe esse alerta", acrescentou.

Para o Carnaval, a recomendação da saúde segue a mesma dos últimos meses: vacinação e uso de máscaras caso sintomas da doença apareçam.

"Mato Grosso do Sul é um dos poucos estados que conseguiu manter um estoque de vacina e distribuir para todos os municípios, ou seja, a vacina está disponível, então fica o alerta aos que não se vacinaram que procurem os postos de vacinação. E se tiver um sintoma, ainda que leve, a pessoa deve evitar aglomeração e, se for possível, usar máscara", recomendou o secretário Maurício Simões.

Nova variante

A previsão é de que uma nova variante da doença, a JN1, chegue nos próximos dias em Mato Grosso do Sul. 

"Pelo histórico e experiência que tivemos com a Covid-19, nós temos essa previsão de que a nova variante logo chegue aqui", afirmou a secretária adjunta da Sesau, Rosana Leite.

Segundo Rosana, a nova variante tem como característica alta transmissibilidade, mas costuma apresentar sintomas leves.

"A Sesau disponibiliza tanto testes como a vacinação, orientando as pessoas, principalmente os grupos de de risco, crianças idosos a tomarem o seu reforço, caso já tenham tomado há mais de 6 meses", pontuou.

Vacina

Atualmente, conforme os dados do vacinômetro da SES, 79.46% da população do Estado está com esquema vacinal completo.

A orientação das autoridades é que as pessoas mantenham a vacinação em dia e completem o ciclo de imunização contra a Covid-19 e outras doenças.

Além disso, a partir de agora, apenas os grupos de risco devem tomar vacina todo ano, como explica o médico infectologista Julio Croda.

"Quem já tomou quatro doses e não faz parte desse grupo não vai precisar mais tomar outras doses, pelo menos não pelo SUS. Se a pessoa quiser atualizar por causa de uma nova variante, a aplicação da dose pode ser feita como é hoje no caso da Influenza, que podemos tomar em clínicas privadas", sugeriu.

Sintomas da Covid-19

  • Febre
  • Tosse seca
  • Perda do olfato
  • Perda do paladar
  • Falta de ar
  • Dificuldade para respirar
  • Dor ou pressão do peito

Transmissão

O meio de transmissão da Covid-19 se dá por inalação ou contato com gotículas de saliva, secreções respiratórias ou superfícies contaminadas. Portanto, a transmissão pode ocorrer por meio de:

  • Tosse
  • Espirro
  • Catarro
  • Apertos de mão
  • Contato pessoal próximo
  • Contato com objetos contaminados

Prevenção

Existem inúmeras formas de se prevenir o contágio e proliferação da Covid-19. Confira:

  • Vacinação contra Covid-19
  • Uso de máscara
  • Uso de álcool gel
  • Lavagem das mãos com água e sabão
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca
  • Não compartilhar objetos pessoais
  • Ventilar ambientes
  • Evitar aglomerações e espaços fechados

Dengue

Durante a entrevista, o Secretário Estadual de Saúde mencionou que a preocupação da pasta, neste momento, é com uma possível epidemia de dengue.

"Nós sabemos que existem epidemias em outros estados, essa é a nossa preocupação", comentou Maurício Simões.

Em 2023, 42 pessoas morreram de dengue no Estado, número 75% superior do que o registrado em 2022 (24), e 200% maior do que o registrado em 2021 (14).

Fonte: SES

Neste ano, a Saúde já confirmou 43 casos de dengue em Mato Grosso do Sul, e ainda considera 492 casos prováveis.

Muitas das medidas para evitar a proliferação do Aedes aegypt, mosquito transmissor da doença, podem ser tomadas pela sociedade, como por exemplo:

  • Evitar água parada, em qualquer época do ano, mantendo bem tampado tonéis, caixas e barris d' água ou caixas d’água;
  • Acondicionar pneus em locais cobertos;
  • Remover galhos e folhas de calhas;
  • Não deixar água acumulada sobre a laje;
  • Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana
  • Fazer sempre a manutenção de piscinas.

Em caso de dúvidas ou denúncias a respeito da dengue e criadouros do mosquito, entre em contato com o Plantão CIEVS Estadual através do disque-notifica pelos telefones: (67) 9 8477-3435, 0800-647-1650 ou (67) 3318-1823.

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CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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