Cidades

MATO GROSSO DO SUL

Após 10 anos sem reforma agrária, Incra voltará a assentar sem-terra em MS

Superintendente do Incra anunciou que parte das 5 mil famílias que aguardam lotes, serão acomodadas em assentamento em Anaurilândia

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O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) voltará a assentar sem-terra ainda este ano. A confirmação foi dada pelo superintendente regional do Incra de Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto da Silva, na manhã desta sexta-feira (5), durante a cerimônia de posse dos superintendentes do desenvolvimento agrário e da pesca e agricultura.

Ao Correio do Estado, o superintendente afirmou que atualmente existem 29.600 famílias assentadas em Mato Grosso do Sul e, aproximadamente, cerca de 5 mil no aguardo por terras em todo o Estado. “Nós estamos aqui desde 2014 sem assentar uma única família, nós queremos rapidamente retomar o processo de assentamento”.

De acordo com Silva, está sendo construído um planejamento junto aos movimentos agrários que será divulgado em breve, com objetivo de assentar as famílias que ainda estão na fila à espera por terra.

“Este ano ainda a gente já vai realizar um assentamento, estamos construindo um plano para a curto e médio prazo zerar essa fila. No entendo, esse planejamento ainda não está pronto. Nós estamos construindo com os movimentos, o Incra vai planilhar isso até o mês de junho e será divulgado”, explicou o superintendente.

Paulo Roberto da Silva explicou que a entrega das terras acontecerá para as famílias da região leste do Estado, no município de Anaurilândia, cidade localizada a 372 km de distância da Capital. "Nós já temos a terra assegurada e os procedimentos de legalização estão sendo realizados”, afirmou o superintendente.

No entanto, não se sabe ainda o número de sem-terra que serão assentados na região nem quando acontecerá a entrega do lote. Segundo o superintendente do Incra, essas e outras decisões serão tomadas junto ao Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, que deve vir ao Estado entre o fim de maio e começo de junho.

Assentamento Nazareth

O último processo de assentamentos aconteceu em 2014 no município de Sidrolândia, ainda durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e parou quando Michel Temer (MDB) assumiu a presidência da República. Na gestão de Jair Bolsonaro (PL), houve entregas de títulos, mas as famílias não foram assentadas.

O Assentamento Nazareth, abriga 171 famílias. A área soma 2.600 hectares da antiga Fazenda Nazareth, situada no município de Sidrolândia. Juntos, os assentamentos Três Corações, Conquista e Estrela, além de outros na Capital, somam 4.623,2 hectares.

Conforme o Incra, o Assentamento Três Corações é um dos mais antigos do Estado e está situado no Distrito de Anhanduí, que abriga cerca de 147 famílias. A área soma 2.257,2 hectares da Fazenda Morro Bonito. 

Uma das estradas que levam ao Três Corações parte de Nova Alvorada do Sul – a 120 quilômetros de Campo Grande. São cerca de 40 quilômetros de deslocamento, passando por uma ponte de madeira sobre o Rio Anhanduí.

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"MÃO AMIGA"

Bombeiros de MS 'heróis no RS' participam do 7 de setembro em Brasília

Integrantes do corpo militar sul-mato-grossense viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul

07/09/2024 15h35

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal Reprodução/GovMS

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Bombeiros e policiais militares de Mato Grosso do Sul, que partiram rumo ao Rio Grande do Sul durante as tragédias que assolaram o Estado sulista - foram parte do tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), neste sábado (7) feriado da Independência do Brasil.

Ao todo três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio prestado às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul, sendo:

  • Tenente Vinícius Castro, do CBMMS;
  • Sargento Abraão Anicésio, do CBMMS
  • Cabo João Figueiredo, do CBMMS 
  • Cabo Carlos Eduardo Hickmann, da CGPA da PMMS
  • Anderson Luiz Veras Silva dos Santos, da CGPA da PMMS

 

Tanto o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, como a Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo da Polícia Militar, prestaram apoio importante ao Estado sulista durante ações de resgate e evacuação da população. 

Relembre

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo FederalReprodução/GovMS/Álvaro Rezende

No fim de abril deste ano as chuvas assolaram o Rio Grande do Sul, com danos de inundações e deslizamentos em boa parte do território, com os sul-mato-grossenses sendo enviados já em 03 de maio. 

Esse primeiro grupo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, durante cerca de duas semanas, resgatou mais de 304 pessoas e 309 animais, com uma segunda equipe enviada em 11 de maio para trocar os grupos de apoio. 

Cabe lembrar que, em agradecimento ao ato de Mato Grosso do Sul, houve ainda a disponibilização de militares e equipamentos por parte do governador Eduardo Leite, para ajudar no combate às queimadas no Pantanal de MS. 

Momento que simbolizou a união entre os Estados foi o salvamento da bandeira do RS, feito por agentes militares de Mato Grosso do Sul, material que foi devolvido e entregue de Eduardo para Eduardo em solenidade feita em 1º de agosto. 

**(Colaborou Felipe Machado)

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BALANÇO

Painel da CGU soma 571 denúncias de assédio sexual neste ano

No painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União, mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações

07/09/2024 15h09

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União. Arquivo

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Denúncias e reclamações de assédio sexual já somam 571 casos neste ano, segundo informações de ouvidorias de 173 órgãos públicos federais, como ministérios, universidades, hospitais, empresas estatais e autarquias. 

Esse número aparece no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União (CGU), onde mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações.

A lista é puxada pela Universidade Federal de Rondônia (32 registros), pelo Ministério da Saúde (23), pela Universidade Federal de Pernambuco (20) e pela própria CGU (20).

Nessa sexta-feira (6) à noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH), Silvio Almeida, depois de denúncias de assédio sexual.

Até o momento, não há nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União.

A relação segue com manifestações originárias do Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, cada um com 11 casos.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro tem dez ocorrências. A universidade Federal do Ceará e o Ministério das Mulheres, nove registros cada.

O Comando da Aeronáutica, a Universidade Federal do Pará e a Universidade de Brasília, com oito ocorrências cada, formam a lista das instituições com mais denúncias e reclamações.

Cerca de 60% dos registros no painel da CGU identificam o tipo de denúncia. A maioria é de “conduta de natureza sexual”. No mês de agosto, houve alta de registros, com 122 casos ou 21% das ocorrências anotadas pelas ouvidorias de órgãos públicos federais.

Há pouca informação sobre os denunciantes e reclamantes. Três quartos não informaram a localização ou a cor. Entre as 88 pessoas que identificaram sexo, 66 eram mulheres (75%) e 22 eram homens. 

 

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