No último sábado (11), em Ivinhema, um ciclista de 62 anos foi atacado por dois cachorros que estavam soltos na rua, quando passava de bicicleta. Os animais o derrubaram e o morderam. A dona dos cães teria presenciado a cena e nada feito para impedir o ataque. Se um vizinho não interferisse, os ferimentos teriam sido maiores. Na quarta-feira passada (8), em Campo Grande, um casal de cães da raça pitbull atacou um idoso. Um policial militar que saía do banco atirou, matando um dos animais e deixando o outro ferido. Também na Capital, no dia 6 de janeiro, um pitbull assustou moradores Bairro Rouxinóis ao fugir e matar um vira-lata. Com a onda de ataques em Mato Grosso do Sul neste início de ano, a Polícia Militar faz recomendações para os donos dos cachorros.
Segundo o comandante-geral da PM, Coronel David, a prevenção é importante. Os donos de cachorros, além de se adequarem e obedeceram às normas legais de guarda e condução, também precisam ficar atentos, para que eles não escapem. Segundo as leis, estadual e campo-grandense, é obrigatório o uso de guias e coleiras, com placa de identificação, para que os cães possam andar em logradouros públicos. Se os animais forem de médio e grande porte, exigem-se ainda que quem os conduzir tenha no mínimo 16 anos e força física compatível para controlar o animal. Também é necessário manter os animais afastados de portões campainhas, medidores de água e luz e caixas de correspondências para garantir a proteção de trabalhadores e transeuntes. Por fim, a lei estadual demanda que nos imóveis que abriguem cães bravios haja placas informativas sobre o fato.
A essas orientações a Polícia Militar soma a necessidade de se saber onde está o animal e prendê-lo antes de abrir o portão ou sair de casa. Também recomenda que os cães sejam ensinados e adestrados para não fugirem ou atacarem as pessoas.“Cachorro de qualquer raça pode ser adestrado. No Batalhão de Polícia Militar de Choque temos cães policiais de diversas raças, inclusive pitbull, que recebem tratamento, atenção médica e carinho. Educando o animal o risco de ataque diminui sensivelmente, mas é preciso também mudar a mentalidade dos proprietários. As pessoas precisam se conscientizar da responsabilidade que é ter um animal. Demanda cuidado diário, com o cachorro e com a comunidade”, finalizou o coronel David.