Cidades

FORÇA POLICIAL

Após quatro anos de espera, Estado regulamenta porte de arma para policiais penais

Portaria regulamenta cautela e suspensão dos armamentos aos policiais devidamente capacitados

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Se há tempos a categoria dos agentes penais busca o porte de armas, a portaria assinada pelo diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Rodrigo Rossi Maiorchini, trouxe essa garantia regulamentada, na edição do Diário Oficial de Mato Grosso do Sul desta quarta-feira (06)

Esse texto traz três capítulos e 18 artigos que regulamenta as chamadas "concessões e suspensões de cautela" de armas de fogo para esses agentes, divididas em três tipos: 

  • Cautela individual
  • Cautela simples em intendência e 
  • Cautela de lotação

Ainda, conforme o texto da portaria, o uso do armamento institucional dentro das unidades penais ficará restrito aos locais de revista e embarque de presos, em atividades de escolta e intervenção prisional. 

Tema discutido há tempos no Estado, a portaria normatiza o porte da arma institucional para os agentes, entretanto, como pontua o Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsapp), nota-se que os parâmetros adotados destoam da realidade vivida por esses policiais. 

Diretor-presidente do Sinsapp, André Luiz Santiago, exemplifica a situação do texto com o 12º artigo da portaria, onde trata que: "o uso de arma institucional cautelada, quando uniformizado, dar-se-á somente na forma ostensiva com coldre e cinto tático, independente da lotação do Policial Penal" 

André esclarece que, criados desde 2019, não há um uniforme oficial implantado pela gestão Estadual, sendo que também não são distribuídos aos agentes coldres ou cintos táticos. 

"Esse uniforme preto, com um brasão do estado como polícia penal, foi algo adotado pelo servidor, onde o próprio buscou se equipar, comprar equipamento e até mesmo ter o porte de arma particular. Porque a instituição foi omissa, morosa, e ainda não resolveu essas questões que são básicas", expõe André. 

O que falta

Carreira em formação, com a transformação da de agente penitenciário, os policiais penais recebem capacitações específicas de formação policial e até então não usavam armas e, ainda que a portaria esteja de forma padrão com as demais forças de segurança, há cobranças a serem feitas à administração pública. 

André Santiago comenta a portaria tem uma coerência nas exigibilidades. "Mas fica pendente a cobrança que nós temos que fazer do órgão para a disponibilização de material, a cautela não é só entregar a arma, tem que entregar esse cinto tático, o coldre, é um material que tem que ser entregue para esse policial, senão ele vai ter que usar a arma aonde no bolso, velada", questiona. 

Enquanto diretor-presidente do Sinsapp, que tem constantes visitas e inspeções aos presídios do Estado, ele evidencia que, até então, os servidores quem estão adquirindo por conta própria esses itens, e cobra uma portaria que regule esses itens básicos, tal qual o uniforme. 

"E é uma coisa simples que a gestão através de portaria pode publicar, só existe uma legislação, que ela vai ter que ser cancelada, que é a legislação do COP, que lá estabelece uniforme paro COP, ou seja, somente o grupamento especial que tem uma previsão legal de uniforme no Estado", complementa. 

Após um grupo armado ser flagrado nas imediações do presídio semiaberto Centro Penal Agroindustrial Gameleira, o coro que pede a proteção dos agentes engrossou quando esses passaram a executar funções antes exercidas por policiais militares. 

Na época, André já citava a necessidade de regulamentação, para que o Estado fosse obrigado a fornecer uniformes e armamentos. 

Ainda em dois de junho deste ano, o Decreto Estadual n.º 14.109/14, que tratava sobre “o porte de arma de fogo, de uso permitido fora do serviço, aos servidores em efetivo exercício pertencentes ao quadro da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário”, foi revogado por estar defasado e limitando o serviço dos agentes. 

 

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TRAGÉDIA

Ponte entre Tocantins e Maranhão desaba; uma morte é confirmada

Bombeiros buscam por desaparecidos no Rio Tocantins

22/12/2024 19h00

Ponte que liga os estados de Tocantins e Maranhão desabou

Ponte que liga os estados de Tocantins e Maranhão desabou Divulgação / Bombeiros

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A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, sobre o Rio Tocantins, desabou na tarde deste domingo (22). A ponte liga os estados de Tocantins e Maranhão. O governador do Maranhão, Carlos Brandão, confirmou uma morte, uma pessoa resgatada e dois desaparecidos.

A ponte na BR-226 liga os municípios de Estreito (MA) e de Aguiarnópolis (TO). “Lamentamos pelas vítimas do colapso da ponte que liga o Maranhão ao Tocantins. Até o momento temos um óbito confirmado, uma vítima resgatada, hospitalizada em Estreito, e duas vítimas desaparecidas. Somente com o resultado das operações de mergulho teremos como comprovar o número total de desaparecidos”, escreveu, em publicação nas redes sociais.

“As equipes do nosso governo do Maranhão seguem oferecendo todo o suporte necessário aos técnicos do governo federal, para garantir o socorro e contornar os transtornos causados pela interrupção da via”, acrescentou Brandão.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o colapso ocorreu por volta de 14h50. O Corpo de Bombeiros do Maranhão e do Tocantins estão realizando buscas no rio por pessoas desaparecidas.

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, também confirmou que há vítimas, que houve a queda de veículos e motocicletas e que a profundidade no local é acima de 50 metros. “Nos unimos no apoio ao resgate de vítimas”, se manifestou, também pelas redes sociais.

O vão central da estrutura de 533 metros de extensão cedeu e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) alertou para interdição total no local. “Equipes da autarquia estão se deslocando para o local visando avaliar a situação, apurar as possíveis causas e tomar as medidas necessárias”, informou.

Rotas alternativas

O órgão divulgou as rotas alternativas. Os usuários do Tocantins devem acessar a estrada que vai de Darcinópolis a Luzinópolis, chegar na BR-230 e seguir até o km 101 (cidade de São Bento). Em seguida pegar a direita, sentido Axixá e Imperatriz (MA).

Quem vai do Maranhão deve acessar a BR-226 em Estreito até Porto Franco. De Porto Franco os usuários devem seguir pela BR-010 até Imperatriz.

previsão

Semana do Natal será chuvosa em todo o Mato Grosso do Sul, mas calor continua

Segunda-feira tem alerta de perigo para chuvas intensas, enquanto nos demais devem ocorrer as chamadas chuvas de verão, que são pancadas rápidas e isoladas

22/12/2024 18h00

Semana será chuvosa em Mato Grosso do Sul

Semana será chuvosa em Mato Grosso do Sul Foto: Paulo Ribas / Correio do Estado

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O verão mal começou, mas as condições climáticas características da estação já predominam na semana do Natal em Mato Grosso do Sul, com calor e chuvas rápidas e isoladas. Para esta segunda-feira (23), há alerta de perigo potencial de temporais no Estado.

De acordo com o Climatempo, a grande disponibilidade de umidade e de calor que existe sobre o Brasil facilita a formação das nuvens carregadas, com potencial para a chuva forte.

Além disso, a organização da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) será responsável por grande parte da chuva em algumas regiões, de intensidade mais fraca a moderada.

Na segunda, alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) coloca os 79 municípios em perigo potencial de chuvas intensas, entre 20 e 30 milímetros por hora, e ventos de até 60 km/h.

Desta forma, há o risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

Para os demais dias, são esperadas as chamadas chuvas de verão, que são precipitações irregulares, com pancadas de chuvas rápidas e isoladas, mas eventualmente fortes.

O calor continua e a máxima deve ficar acima de 30°C em todo o Estado.

Em Campo Grande, as temperaturas oscilam entre 21°C e 31°C na semana. Há possibilidade de tempestade na segunda-feira, enquanto nos outros dias o céu deve ter períodos de abertura de sol e nublado.

Na regiões oeste, o calor será maior, com máxima prevista de 34°C. No entanto, o início e fim dos dias deve ter temperaturas amenas, com mínima de 18°C, e fazer mais calor na parte da tarde. Deve chover de forma isolada de segunda a sexta.

Coxim, no norte, a semana do Natal será bem chuvosa. Previsão do Inmet aponta para a possibilidade de chuvas e trovoadas ao decorrer de todos os dias, com temperaturas entre 20°C e 34°C.

Verão

Conforme prognóstico do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), o verão, que começou no último sábado (21), será de calor intenso, forte 'mormaço' e chuvas de rápida duração, as famosas "chuvas de verão".

A estação vai até 20 de março e será marcada por forte calor, que deve superar as médias históricas para o período.

Este cenário favorece a formação de ondas de calor, nos momentos em que não houver ocorrência de nuvens e chuvas.

As chuvas, contudo, deverão ter rápida duração e ocorrer de maneira irregular. Essa irregularidade pode agravar a recuperação das condições hídricas da região, o que acende um alerta para o setor agropecuário.

Conforme o Cemtec, mesmo que as chuvas se mantenham dentro da média histórica no próximos meses, isso não será suficiente para reverter o cenário de seca que afeta a região central do país, incluindo o estado de Mato Grosso do Sul. Nesse sentido, para os pesquisadores, o cenário é de incerteza.

Essa tendência incerta está diretamente relacionada ao fenômeno La Niña. O evento climático provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o que impacta na ocorrência irregular das chuvas e na imprevisibilidade do clima no estado.

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