Cidades

INFRAESTRUTURA

Após quatro anos de PPP da Sanesul, cidade do interior de MS não tem esgoto

MPMS foi à Justiça pedir rede de esgoto na cidade; instituída há 4 anos, a parceria público-privada promete universalizar o serviço

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Ação civil do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) apurou que, mesmo após quatro anos da parceria público-privada (PPP) da Sanesul em andamento, ainda há irregularidades na rede pública de esgoto da cidade de Itaquiraí.

A partir de um levantamento em que o MPMS informa o que foi realizado pela Sanesul, foi apurado que o município de Itaquiraí não tinha indicadores que pudessem averiguar o porcentual de atendimento da rede de esgoto na cidade.

Foi este cenário de zero esgotamento sanitário no município localizado a 407 quilômetros da Capital que fez o MPMS ingressar com ação civil pública, primeiramente, contra o município e, depois, com a prefeitura tendo convocado a concessionária Sanesul ao processo, contra a empresa estatal. 

Conforme a ação civil pública, em resposta à falta desse sistema de saneamento básico, a prefeitura de Itaquiraí “limitou-se a apontar que notifica e orienta os cidadãos quando surge alguma irregularidade, por meio do Departamento de Vigilância Sanitária”, descreve o MPMS.

Ao ser questionada, a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) esclareceu ao MPMS que existe um projeto executivo para implantar esse sistema em Itaquiraí. 

No entanto, acrescentou que não há previsão para a implantação, uma vez que Itaquiraí não figura na lista de contemplados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

A Sanesul tem convênios com a Superintendência Estadual da Funasa em Mato Grosso do Sul (Suest-MS) para a ampliação da estação de tratamento de esgoto (ETE) e do sistema de abastecimento de água (SAS).

Com a situação exposta da falta da rede de esgoto no município, o MPMS concluiu que não restava alternativa a não ser o ajuizamento da demanda, ainda mais por se tratar de serviços essenciais, como a captação e o tratamento do esgotamento sanitário.

Diante dos fatos, o MPMS pede que a Justiça decida em favor de seu pedido: que o município de Itaquiraí ou a Sanesul construam a rede de captação e tratamento de esgoto sanitário, de modo a atender 100% da população, fixando prazo de dois anos para a conclusão do trabalho, sob pena de pagamento de multa diária.

SANESUL

Em resposta à ação civil pública ingressada pelo MPMS, a Sanesul informou à reportagem do Correio do Estado que iniciou neste ano as obras da primeira etapa de implantação da rede de esgoto em Itaquiraí.

“A Sanesul já está realizando as obras da primeira etapa de implantação do sistema de esgotamento sanitário de Itaquiraí. Essas obras fazem parte do contrato de parceria público-privada (PPP). A Sanesul segue desempenhando as atividades previstas, com o objetivo de alcançar a universalização do serviço de coleta e tratamento de esgoto até atingir 98% da população, em todos os municípios abrangidos pelo contrato de PPP, até o ano de 2031”, informou a Sanesul, em nota.

No mês passado, a empresa divulgou que intensifica suas ações para expandir a cobertura da rede de esgotamento sanitário no Estado. 

Entre os novos investimentos com obras de ampliação do sistema de esgoto o município de Itaquiraí é citado, além de outros 25 municípios no Estado.

AMBIENTAL MS PANTANAL

Prometida ainda na gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja, a universalização da rede de esgoto no Estado está em andamento há quatro anos.

Em maio de 2021, foi criada a Ambiental MS Pantanal, a partir da parceria público-privada entre a Sanesul e o Grupo Aegea.

Desde então, a meta de universalização da rede de esgotamento sanitário até 2031 é válida para os 68 municípios onde a Sanesul atua.

No primeiro ano de operação, a Ambiental MS Pantanal ligou mais de 4,7 mil moradias à rede de esgoto. No mesmo período, foram realizados 12,8 mil serviços de desobstrução, para que o esgoto pudesse fluir com segurança até as estações de tratamento.

Além disso, foram feitos mais de 5 mil serviços preventivos na rede e 22,7 mil serviços preventivos nas estações elevatórias que fazem parte da estrutura.

A PPP surgiu com a meta de acelerar os investimentos para que o Estado atinja a universalização do saneamento básico dentro da próxima década. 

A assinatura do contrato de PPP ocorreu no dia 5 de fevereiro de 2021, na esteira da vitória da Aegea em um leilão promovido em outubro de 2020, logo após a sanção do marco legal do saneamento. 

Com o cumprimento da meta estabelecida pela PPP, mais de 1,7 milhão de pessoas terão acesso ao saneamento básico ao fim de 2031, para isso, estima-se um investimento de cerca de R$ 1 bilhão em obras por parte da iniciativa privada.

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MATO GROSSO DO SUL

'Cabeça' do tráfico no interior, "Grego" é preso por policiais do Denar

Mandado de prisão foi cumprido contra homem apontado como líder da organização criminosa, há aproximadamente um ano sob a mira de investigações

20/12/2025 13h01

"Grego" foi preso longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital, em Três Lagoas Reprodução/PCMS

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Durante cumprimento de mandado de prisão nesta última sexta-feira (19), policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam um indivíduo popularmente conhecido como "Grego", identificado como o "cabeça" em um esquema de tráfico de drogas no interior de Mato Grosso do Sul, longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital. 

Em Três Lagoas, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o mandado de prisão foi cumprido contra o homem apontado como líder da organização criminosa, que está sob a mira de investigações há aproximadamente um ano. 

Essas apurações, ainda segundo a PCMS, identificaram uma verdadeira "teia" criminosa que atuava por diversos municípios sul-mato-grossenses, agindo desde o transporte até a distribuição das substâncias entorpecentes. 

Esquema no interior

Informações repassadas pela Denar detalham os levantamentos da Delegacia, que indentificou um transporte do tráfico que começava na região do fronteira da Bolívia, na "Cidade Branca" de Corumbá. 

A partir do "coração do Pantanal", as substâncias eram distribuídas e abasteciam desde Ribas Rio Pardo, Inocência e Três Lagoas, chegando até mesmo à "Cidade Morena" Capital do MS, tudo através de "rotas previamente definidas e com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo", explica a PCMS em nota. 

Além disso, segundo apurado nas investigações, até mesmo casas de prostituições serviriam como pontos usados pelo grupo, servindo especialmente como espaços para a comercialização dos entorpecentes, mas também para movimentar os valores ilícitos e dificultar o restreamento do dinheiro movimentado pela quadrilha. 

Com as investigações a autoridade policial pÔde representar pela prisão preventiva de "Grego", o que foi deferido pelo Poder Judiciário, para posterior monitoramento prévio realizado pelos agentes policiais em Três Lagoas. 

Como esse investigado cumpria uma pena em regime aberto, os policiais identificaram que ele não estaria residindo nos endereços cadastrados e, após a confirmação da sua localização o homem pôde ser preso preventivamente. 

"Cabeças caindo"

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez neste ano que forças de segurança pública sul-mato-grossenses "derrubam" indivíduos identificados como "cabeças" em esquemas criminosos. 

Ainda em agosto as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PC, PM e PRF), junto da  Coordenadoria de Perícias e Grupo Aéreo, prenderam Melquisedeque da Silva no município de Sonora, a 360 quilômetros de Campo Grande. 

Investigações identificaram esse homem como o então atual líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município, envolvido em um caso recente de homicídio na cidade de Coxim.

Já no começo desse mês, agentes da Polícia Federal prenderam em Três Lagoas um portugês foragido do País lusitano, incluído inclusive na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), "condenado por estar envolvido em uma rede transnacional de distribuição de entorpecentes", segundo a PF. 

Além disso, há cerca de dez dias a Operação "Casa Bomba II" também prendeu chefes de organização criminosa, em uma ação que envolveu helicóptero, o batalhão de choque e o Canil.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

 

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SAÚDE

Mato Grosso do Sul tem três casos confirmados da gripe K

Casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1)

20/12/2025 12h00

UPA Tiradentes em Campo Grande

UPA Tiradentes em Campo Grande MARCELO VICTOR

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Ministério da Saúde confirmou três casos da gripe K, nesta sexta-feira (19), em Mato Grosso do Sul.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS) identificou a presença do vírus e enviou a amostra para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP), onde positivou para o subclado K da Influenza A (H3N2).

Os casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1). Os infectados são:

  • bebê de cinco meses, do sexo feminino
  • mulher de 73 anos
  • homem de 77 anos

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), dois pacientes não apresentavam comorbidades, enquanto um possuía histórico de hipertensão e diabetes.

Apenas um dos casos evoluiu para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com necessidade de internação hospitalar. Atualmente, todos já estão bem, já se recuperaram e estão em casa.

Os três pacientes não possuem registro de viagem internacional, contato com viajantes ou relato de deslocamento para outros estados.

Até o momento, quatro casos foram confirmados no Brasil, sendo três em MS e um no Pará. Após a confirmação, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

Veja a nota compartilhada pelo Ministério da Saúde:

"Ministério da Saúde intensificou as ações de vigilância da Influenza A (H3N2), em especial do subclado K, que, na América do Norte, tem sido mais frequente em países como Estados Unidos e Canadá. A medida ocorre em resposta ao alerta epidemiológico emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), que aponta aumento de casos e de internações por gripe em países do hemisfério norte associados a esse vírus, incluindo países da Europa e da Ásia.

No Brasil, até o momento, foram identificados quatro casos do subclado K: um importado, no Pará, associado a viagem internacional, e três no Mato Grosso do Sul, que seguem em investigação para confirmação da origem. A amostra do caso do Pará foi analisada pela Fiocruz/RJ, laboratório de referência nacional, enquanto as amostras do Mato Grosso do Sul foram processadas pelo Instituto Adolfo Lutz (SP). Nas duas situações, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos respectivos estados identificaram a presença do vírus e enviaram para os laboratórios de referência nacional para sequenciamento, conforme os protocolos da vigilância".

Veja a nota compartilhada pela SES-MS:

"A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informa que, considerando a Nota do Ministério da Saúde e o Alerta Epidemiológico emitido pelo Estado, foram detectadas três amostras do subclado K da Influenza A (H3N2) em Mato Grosso do Sul. Ressalta-se que não se tratam de casos suspeitos, uma vez que todos já foram confirmados laboratorialmente por meio de vigilância genômica. As amostras foram inicialmente processadas pelo Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública), que identificou a presença do vírus Influenza A. Conforme os protocolos estabelecidos pela vigilância em saúde, as amostras biológicas foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (SP), laboratório de referência nacional, onde foi realizado o sequenciamento genético que permitiu a identificação do subclado K, uma variante do vírus Influenza A (H3N2).

Quanto à existência de casos suspeitos no estado, a SES esclarece que não é possível afirmar com precisão, uma vez que a Influenza A (H3N2) é um vírus que já circula regularmente. Pessoas com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave podem estar infectadas por diferentes vírus respiratórios, como Influenza A (H1N1 ou H3N2), Influenza B, covid-19 ou outros agentes. A identificação do subclado ou da variante do vírus somente é possível por meio do sequenciamento genético, realizado no âmbito da vigilância laboratorial. Diante da confirmação dos casos, a SES, por meio da Coordenadoria de Emergências em Saúde Pública, emitiu Alerta Epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do estado".

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo. 

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