Cidades

MEIO AMBIENTE 

Apreensão de carga de madeira ilegal em MS impulsiona investigação em aldeias indígenas

PF, Funai e Ibama fizeram operação em Porto Murtinho e Corumbá, onde vive o povo kadiwéu 

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Policiais federais e servidores da Funai e do Ibama apreenderam carga de madeira extraída ilegalmente de florestas perto das aldeias habitadas por indígenas do povo kadiwéu, situadas em Porto Murtinho e Corumbá, em Mato Grosso do Sul, na faixa de fronteira com o Paraguai e a Bolívia.  

Acampamentos erguidos pelos exploradores da madeira foram destruídos, contudo, ninguém capturado ainda. 

A superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em MS, Joanice Lube Battilane, disse ao Correio do Estado que a partir desta recente operação, o Ibama, com apoio da Funai e PF vai “reforçar as ações fiscalizatórias” nas aldeias indígenas em questão. 

Joanice disse, ainda, que a apreensão feita no território kadiwéu ocorreu depois que o órgão recebeu “denúncias que serviram de alvos para a fiscalização em campo”. Ela afirmou, também, que “é frequente recebermos denúncias de extração e venda de madeira da terra indígena kadiwéu”. 

As aldeias onde ocorreram as apreensões são parte do território kadiwéu, que mede 560 mil hectares. 

AUTUADO

Em nota divulgada pelo Ibama em MS, foram identificadas três áreas com exploração de madeira das espécies aroeira e angico, nas fazendas São Salvador, São Sebastião e Xamacoco, próximas as aldeias Alves de Barros e Campinas. 

Na fazenda São Salvador, acrescenta o comunicado, de posse de um indígena, foi encontrado um acampamento com três pessoas não indígenas que estavam realizando a exploração da madeira, numa área de cerca de um hectare de mata fechada.  

Foi lavrado um auto de infração em nome do indígena, que identificou-se como Antônio Marcelino, no valor de R$ 20 mil e a apreensão de duas motosserras, um trator e um container de óleo diesel de mil litros. 

Antônio disse aos policiais federais que havia contratado três homens não indígenas para cortar as árvores.  

"Pelas constatações. eles já vinham explorando madeira há tempo”, disse a superintendente regional do Ibama. 

Já na fazenda Xamacoco, perto da aldeia Alves de Barros, a equipe da fiscalização encontrou um acampamento que foi abandonado com a chegada da fiscalização.  

No local, os investigadores acharam tocos e palanques de aroeira que estavam sendo exploradas.  

Foram contadas 26 árvores de aroeira e uma de ipê. Não foram identificados os responsáveis que, de acordo com informações apuradas no local, foram contratados por indígena da aldeia Alves de Barros, Antônio Marcelino, no caso. 

Na fazenda São Sebastião, situada na aldeia Campinas foi encontrado material lenhoso abandonado, por exploração ilegal, não sendo identificado as pessoas responsáveis. 

ALDEIAS

A terra indígena kadiwéu é integrada por seis aldeias indígenas em que vivem também o povo terena. Possui extensas áreas de remanescentes florestais e está inserida nos biomas Cerrado e Pantanal.  

A exploração e o comércio ilegal de madeira, reforça o Ibama em MS, são recorrentes na região.  

Explorar madeira sem autorização ou adquirir é crime ambiental previsto em lei e pode motivar a reclusão de até dois anos e multa de R$ 5 mil por hectare de área explorada. 

 

Cidades

Shopping terá mutirão para cadastrar doadores de órgãos neste sábado

Durante a ação, será emitido a AEDO - documento digital que assegura a vontade da pessoa em ser doadora de órgãos

18/10/2024 18h00

Shopping terá mutirão a favor da doação de órgãos neste sábado

Shopping terá mutirão a favor da doação de órgãos neste sábado Divulgação: FAB

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Neste sábado (19), o Shopping Norte Sul Plaza terá mutirão de aconselhamento jurídico notarial que, neste ano, terá como foco a Doação de Órgãos. O horário de atendimento será das 10h às 16h.  

O evento faz parte da 2ª edição da Jornada Notarial, nele, os cidadãos poderão realizar a Autorização Eletrônica para Doação de Órgãos (AEDO), documento digital que assegura a vontade da pessoa em ser doadora de órgãos. Desde a 1° edição, já foram solicitadas mais de 200 autorizações de doações em cartórios de MS. 

O objetivo da ação, promovida pelo Colégio Notarial do Brasil – Seção Mato Grosso do Sul (CNB/MS) em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é conscientizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos e estimular a emissão de AEDOs, serviço digital que facilita o registro da intenção de doação de órgãos, contribuindo para reduzir a fila de espera que ultrapassa 60 mil pessoas no Brasil. 

Vale lembrar que não há necessidade de agendamento prévio e o atendimento será realizado por ordem de chegada. No entanto, os interessados devem comparecer ao local no horário indicado, portando documento de identidade com foto. 

Para a emissão da AEDO, o profissional coletará as informações do cidadão, gerar seu Certificado Digital Notarizado - uma assinatura digital que assegura a identificação da pessoa que realizará a doação - e registrar a intenção do solicitante na plataforma digital e-Notariado, que integra todos os serviços digitais do Brasil. 

É importante saber que cada cidadão pode ter apenas uma AEDO ativa, e caso deseje incluir outros órgãos na autorização, deverá revogar a anterior e emitir uma nova declaração. A emissão da AEDO é gratuita para o solicitante e pode ser feita pelo link.

“De forma simplificada, segura e gratuita, a AEDO vem com essa missão, de registrar em vida o desejo de ser um doador de órgãos. Ao tomar essa atitude, fica registrada uma orientação à família para que os órgãos sejam doados quando do falecimento, proporcionando esperança para quem aguarda por um transplante. Tomar essa decisão é um ato de amor que pode transformar o futuro de muitas pessoas”, destaca o presidente do CNB/MS, Elder Gomes Dutra.

 

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Aral Moreira

Madeireira multada em R$ 18,6 mil por armazenamento ilegal de espécies nativas

Os policiais encontraram 83 toras de espécies como piúva, cedro, faveiro, canafístula, jatobá e angico. A empresa foi questionada e não apresentou a documentação para o armazenamento

18/10/2024 17h30

Arvores nativas do Cerrado e da Mata Atlântica foram encontrados em uma madereira

Arvores nativas do Cerrado e da Mata Atlântica foram encontrados em uma madereira Imagens/ PMA

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Uma madeireira no município de Aral Moreira, a 377 quilômetros de Campo Grande, foi multada em R$ 18,6 mil por armazenar madeiras de espécies nativas do Cerrado e da Mata Atântica de forma ilegal, sem documentação de origem fiscal.

O flagrante ocorreu durante a Operação Protetor Biomas, quando os policiais avistaram 83 toras, totalizando 62 m³ de madeira, armazenadas em um galpão nos fundos da madeireira. Ao questionar o responsável do local, ele não apresentou a documentação de origem fiscal do produto.

Ainda de acordo com a polícia, foram encontradas espécies como piúva, cedro, faveiro, canafístula, jatobá e angico. 

Diante dos fatos constatados, o responsável pela propriedade foi autuado por armazenar madeira de origem nativa sem autorização do órgão ambiental competente, sendo aplicada uma multa no valor de R$ 18.600,00.

Sobre as árvores nativas encontradas, os policiais ambientais informam que as fiscalizações devem continuar para coibir práticas de desmatamento ilegal que afetem os biomas do cerrado e da Mata Atlântica.

Arvores nativas do Cerrado e da Mata Atlântica foram encontrados em uma madereira Imagens/ PMA

 

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