Cidades

NÚMEROS EM QUEDA

Áreas de queimadas caem mais da metade no Cerrado e Pantanal

Monitoramento aponta que não só a terra foi poupada, como ocorrências de incêndios florestais atendidas pelos bombeiros também diminuíram

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Elaborado pelo Centro de Monitoramento do Tempo e Do Clima (Cemtec) e pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), o Governo do Estado divulgou que os biomas do Cerrado e Pantanal tiveram uma redução de mais da metade das áreas de queimadas. 

Conforme o balanço feito entre 1º de janeiro e o último dia 31, em relação aos registros de 2022, a redução de área queimada do Cerrado sul-mato-grossense foi de 55,8%, e de 62,8% para Pantanal de Mato Grosso do Sul. 

Vale destacar que, só no ano passado, o Mato Grosso do Sul registrou 136,6 mil hectares de área queimada no Pantanal, número que caiu para 50.826 ha neste ano. Essa queda foi observada também em relação aos focos de calor no bioma, que foram de 810 em 2022 para 306 (-62,2%). 

Também, até o domingo (03) a região pantaneira aparece, ao lado do sudoeste e do norte do Estado, como os espaços onde estão previstas altas temperaturas neste fim de semana, chegando até mesmo à casa dos 39°C, enquanto a umidade fica baixa do ar fica baixa, girando em 10 e 30% nessas localidades citadas. 

Ainda que o texto descreva um risco "mínimo" de fogo, na maior parte de Mato Grosso do Sul, o documento é cauteloso em apontar que principalmente nas regiões norte, sudoeste e pantaneira a ameaça é "alta", citando inclusive às 14h da próxima segunda-feira (04) como um período crítico.  

Já quando observada o desempenho e situação do Cerrado sul-mato-grossense, a queda nas áreas queimadas aparece, entretanto, contrariando os índices de foco de calor. Enquanto a região teve menos vegetação destruída por incêndios, o bioma, porém, viu um aumento nos focos de calor, se comparado com 2022. 

Esse aumento foi de aproximadamente 10%, com o ano passado registrando 795 focos de calor, e 2023 observando um leve aumento, para 876 dessas concentrações registradas. 

Menos fogo, menos ocorrência

Como bem destaca o Corpo de Bombeiros Militar, o CBMMS atua nas regiões desde 17 de maio deste ano, empregando efetivo de 93 agentes bombeiros e bombeiras em ações de "prevenção, preparação e combate aos incêndios florestais". 

Diante disso, o CBMMS sinaliza um declínio nas ocorrências de incêndios florestais atendidas pela corporação, caindo de 3.394 casos no ano passado, para 2.982 em 2023. 

Quando analisada a previsão desses focos de calor, no trimestre de setembro, outubro e novembro (chamado SON), a probabilidade futura é baixa, atingindo a área de cerca de 11 territórios dos 79 sul-mato-grossenses. 

Já quando observada a previsão de probabilidade de fogo no trimestre SON, boa parte do Estado aparece com os "status" de "atenção" e "alerta", com esse índice sendo extremamente alto em Terenos, enquanto as regiões sul e leste aparecem em "observação" bem próxima da baixa probabilidade. 

Dados do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) apontam que, MS vem seguindo o ritmo de reduções, já que a queda de 2021 até o ano passado foi de 12% nos registros. 

Esses números mostram que, em 2021, a área desmatada 55.959 hectares, caindo para 49.162 ha no último ano, segundo balanço realizado pelo projeto MapBiomas Alerta, detalhados no Relatório Anual do Desmatamento no Brasil. 

Sustentabilidade

MS inaugura usina sustentável para produção de hidrogênio com energia solar e água

Instalada na UFMS, essa é a primeira usina de hidrogênio verde do Centro-Oeste.

25/04/2025 16h17

MS inaugura usina sustentável para produção de hidrogênio com energia solar e água

MS inaugura usina sustentável para produção de hidrogênio com energia solar e água Divulgação/Saul Schramm

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Instalada na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), foi inaugurada na manhã desta sexta-feira (25) a primeira usina de hidrogênio verde do Centro-Oeste. A unidade tem capacidade para produzir uma tonelada de hidrogênio por mês utilizando energia solar e água, um processo limpo e sustentável. 

O projeto foi uma parceria da UFMS com a RBCIP (Rede Brasileira de Certificação, Pesquisa e Inovação) e a empresa de energia renovável Green World Energy Hydrogen (GWE) e representa um marco na transição genérica do Estado. A estimativa é que a usina atraia investimento de R$2 bilhões até 2030. 

O governador Eduardo Riedel participou da inauguração e ressaltou a relevância da usina para Mato Grosso do Sul. 

“O que representa esta usina para Mato Grosso do Sul é muito relevante, a transição energética é um tema que faz parte do nosso eixo estratégico. Com ambiente de negócio favorável, conseguimos contribuir para atração de negócios e investimentos no setor”.

Riedel também pontuou que o empreendimento faz parte da política para tornar Mato Grosso do Sul carbono neutro até o ano de 2030. 

“94% da nossa matriz energética já é limpa. Isso não é o futuro, é o presente. O hidrogênio verde abre novas rotas tecnológicas e nos permite formar profissionais qualificados aqui mesmo”, afirmou e ressaltou que ambiente e pesquisa trazem “crescimento e desenvolvimento sustentável, para gerar empregos e renda em um nível cada vez maior”. 

Para a reitora da UFMS, Camila Ítavo, “investir em ciência é um investimento em desenvolvimento e educação. Para construir um projeto como este precisamos de coragem e colaboração. Somos uma universidade que tem como valores a sustentabilidade, inovação e empreendedorismo. Este é um caminho que não tem mais volta, de apresentar projetos estratégicos para nosso Estado”. 

A usina

A usina terá capacidade de produzir uma tonelada de hidrogênio por mês. Esse hidrogênio verde é produzido a partir da eletrólise da água (H2O) - que é a decomposição química da água em oxigênio (O2) e hidrogênio (H2) por meio de passagem de corrente elétrica - utilizando uma energia solar sem emissão de carbono. 

Essa quantidade coloca o Estado à frente da transição energética e da pesquisa em hidrogênio verde no Brasil, por meio do Laboratório Multiusuário de Estudos sobre o Hidrogênio Verde da UFMS. Serão capacitados 500 profissionais para atuar na área, entre professores e engenheiros. 

A UFMS também vai testar aplicações do hidrogênio em Biometano, que é um combustível renovável; sistemas de carga rápida para veículos elétricos; e armazenamento de energia. 

 A usina também vai funcionar como base, através de um sistema composto por painéis solares, eletrolisador (equipamento que separa hidrogênio e oxigênio) e sistema de controle e monitoramento, que permitirá um acompanhamento remoto e análise de dados para fins científicos e tecnológicos. 

Em 2024, Mato Grosso do Sul atingiu capacidade instalada total de 9.843 MW (megawatt) de energia, 11% a mais em relação a 2023. Deste número, 94% corresponde a fontes renováveis. Isso mostra “o compromisso do Estado com a sustentabilidade, com energia mais limpa, para criar um ambiente inclusivo, próspero e verde”, afima o governo do Estado. 

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Cidades

Restauração do monumento dos Tuiuiús do aeroporto deve levar quatro meses

Após ter cedido durante um temporal em 2023, a obra começou a ser revitalizada no início do mês, no aeroporto de Campo Grande

25/04/2025 15h33

Imagem Divulgação

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No início de abril, a restauração do Monumento do Pantanal Sul, popularmente conhecido como “Tuiuiús do Aeroporto”, teve início, e a ave símbolo do Pantanal começa a tomar forma.

Como acompanhou o Correio do Estado, no dia 3 de dezembro de 2023, em decorrência de uma chuva de 103,8 mm, seguida por ventos que atingiram 57 km/h, uma das esculturas acabou caindo.

No dia 25 de março deste ano, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) aprovou o Projeto de Lei 290/2024, que torna o tuiuiú a ave símbolo do Pantanal Sul-Mato-Grossense.

Monumento

A inspiração para a criação do trio, que recebeu os nomes de Zé Bicudo, Majestoso e Asa Branca, surgiu na mente de Cleir Ávila, que, ao visualizar o voo das aves, pensou em aviões decolando.

Por isso, o monumento, que é um dos principais cartões-postais de Campo Grande, foi feito pensando no design das aeronaves.

“É uma alegria muito grande poder novamente revitalizar essa obra, 25 anos após sua criação. Me lembro que, observando o voo dos tuiuiús, percebi a semelhança com a aerodinâmica das asas das aeronaves, e foi quando me dei conta de que nada poderia representar melhor o Pantanal e o aeroporto que esse movimento aéreo da ave”, conta Cleir.

Dessa forma, cada ave foi feita representando uma fase: pouso, abastecimento e decolagem.

Além da escultura que caiu com o vendaval, as outras duas também passarão por processo de revitalização.

O artista relatou que a modelagem feita há 25 anos não terá qualquer detalhe alterado, já que “a memória” da escultura continua viva.

“O que trocamos foram os perfis, mantendo a modelagem original”, explica.

Em breve, os Tuiuiús do Aeroporto estarão prontos para recepcionar quem chega ou deixa a Cidade Morena.

Imagem Divulgação

Parceria

A restauração está sendo feita em parceria com Luiz Carlos da Silva e Francisco Bezerra, que é amigo de Cleir e participou da construção do monumento em 1999.

A novidade fica por conta da filha do artista plástico, Yarima Ávila, engenheira civil, que está atuando como responsável pela obra.

Em meio à vida sendo devolvida ao monumento  que, neste momento, são ferragens, concreto e muitos cálculos , o amor pela arte toca Cleir.

“Estava muito triste em ver a escultura caída, e agora estou realizado por trabalhar aqui e pela oportunidade de atuar com uma equipe comprometida. Agradeço à Débora Figueiró, minha produtora, pela luta para que este trabalho acontecesse e, acima de tudo, à AENA e ao Sicredi, com quem tenho uma parceria de anos, com muito respeito e admiração pelo olhar voltado à nossa arte, cultura e tradição”, detalha o artista.

Ainda compõe a equipe Cleber Brito, que trabalhou com Cleir durante a criação de uma obra em Terenos.

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