Parece que vai demorar, mas 2026 já está logo ali. O próximo ciclo eleitoral se anuncia, e a polarização – que há tempos se instalou no País – continua firme nas conversas, nas redes e nas manchetes.
A disputa entre os campos ligados ao presidente Lula e ao ex-presidente Bolsonaro segue alimentando o debate nacional, moldando o comportamento dos eleitores, o discurso dos partidos e até o equilíbrio de poder nos estados.
O problema é que esse cenário de extremos, que já se tornou rotina em vários países, impõe barreiras ao diálogo real – aquele que busca convergência, racionalidade e resultados concretos. A política brasileira, muitas vezes, parece mais empenhada em vencer debates do que em resolver problemas.
Mas há exceções. O desafio brasileiro hoje é superar a lógica da trincheira: não é mais uma questão de direita ou esquerda, mas de gestão eficiente. No meio do barulho ideológico, começam a se destacar experiências administrativas que colocam o planejamento e o compromisso com resultados acima das disputas partidárias. Mato Grosso do Sul é um exemplo cada vez mais nítido dessa postura.
O Estado desponta como um dos principais polos de investimento do País – especialmente no setor de celulose, com previsão de crescimento do PIB acima da média nacional. Além disso, avança em indicadores sociais, como a redução da pobreza extrema e o pleno emprego.
Na pauta ambiental, Mato Grosso do Sul consolida uma agenda de vanguarda, com a meta ousada de se tornar carbono neutro até 2030, duas décadas antes do compromisso global definido pela ONU.
Esses resultados não são obra do acaso. Eles nascem de uma governança que valoriza a estabilidade institucional, a segurança jurídica e o diálogo permanente entre governo, iniciativa privada e sociedade civil.
Em tempos de radicalismo, o exemplo sul-mato-grossense mostra que moderação, planejamento e responsabilidade são instrumentos mais poderosos do que o confronto e o discurso fácil.
Mesmo com divergências ideológicas, diferentes setores têm se alinhado em torno de metas comuns. É o caso de lideranças políticas que, apesar das diferenças, reconhecem a importância da estabilidade e da eficiência na gestão pública. Essa disposição ao entendimento que falta à política nacional é o que sobra em Mato Grosso do Sul.
O Brasil precisa reencontrar esse caminho: o da política que serve à sociedade, e não o da sociedade que serve à política. A eficiência pública, a convergência e a construção coletiva não são apenas virtudes administrativas – são condições indispensáveis para o desenvolvimento sustentável e para devolver credibilidade à política.


