Artigos e Opinião

ARTIGO

Sônia Puxiam: "E agora, quem poderá intervir?"

Jornalista

Redação

27/10/2016 - 02h00
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 Boa pergunta! É claro que a resposta não poderia ser o “Chapolin Colorado”. Mas será que não? Ops! Brincadeirinha. Mas, brincadeira à parte, talvez até pudesse mesmo ser o Chapolin Colorado, porque até agora nada aconteceu, e quem sabe a única saída seja mesmo mais um capítulo do seriado de comédia na TV.

Analisem com calma e verifiquem quem já foi punido pra valer pelos erros cometidos em relação aos vultosos desvios de dinheiro; ao descaso para com a população frente ao setor da saúde, segurança e trabalho; aos danos ambientais causados pelo rompimento das barragens da Mineradora Samarco, e por aí vai. E o dinheiro desviado já foi devolvido na sua totalidade aos cofres do Brasil? 

A sociedade brasileira já está saturada de notícias, informação, detenção e soltura de políticos; manobras políticas para esconder a verdade e quando descoberta ser maquiada de outra forma para extinguir punição dos amigos e assim por diante. “Amigos” até certo ponto, porque na hora em que o ponto virar vírgula e a verdade aparecer, os “amigos” estão entregando os supostos “amigos” e ponto, sem vírgula. Hummmm!

Aí o que era verdade passa a ser mentira e o que era mentira passa a ser verdade. O que é verdade mesmo é a elevação do IPTU, IPVA, juros bancários, material escolar, mensalidades de Escola, combustível, alimentos, isso é verdade e não dá pra mascarar porque cada brasileiro convive diariamente com essa questão. Essa ninguém pode maquiar.           

Desvios de dinheiro, obras inacabadas, ruas esburacadas, merenda escolar de baixa qualidade, comércio com baixo rendimento, poupança com juros baixos, desemprego com alto índice, mais uma vez é verdade acompanhada de vírgula e reticências, porque ninguém sabe o que vai acontecer.     

E aí mais uma vez fica a pergunta no ar: “Quem poderá intervir?”. Mais dinheiro pra minoria e menos emprego para o trabalhador; mais privilégios para a classe política, menos poder de compra para a classe trabalhadora; mais dinheiro do povo para os impostos, menos dívidas para os governantes; até quando?
E no cenário de troca, troca, sai presidente, entra vice, sai ministro, entra outro, prende um, solta outro, o Brasil está vivendo momentos de incertezas e confusão. A verdade dos fatos está à mercê de quem sabe mais e nas mãos de quem fala menos. Ugh! 

Ninguém encontrou ainda uma alternativa para essa fúria incontrolada de dívidas que assola o país e que encontra no dinheiro da população sofrida e no aumento dos impostos a “saída” para os seus desmandos financeiros. Está demais essa “saída”, é hora de fechar a porta.

E assim vai se desenhando o rumo de uma nação sem rumo! Um país rico por natureza, forte em sua grandeza, mas fraco para resolver esse turbilhão de corrupção que engasga o crescimento e tranquilidade do gigante que a cada novo episódio perde o fôlego. 

Sabe de uma coisa, acho que o melhor mesmo é entregar a situação desolada em que o país se encontra nas mãos do Chapolin Colorado, afinal temos que contar com sua astúcia uma vez que a situação está descontrolada e a salvação não tem porta de entrada, mas a única “saída” até agora tem sido o dinheiro do povo brasileiro.

Ops! Onde está o Chapolin Colorado? Quer saber? Nem Chapolin poderá intervir, não contamos com sua astúcia. Se houver outra solução que apareça, ou o gigante vai continuar engasgado...

EDITORIAL

2026: o ano do cerco ao crime organizado

Que 2026 seja, de fato, o ano em que o Estado brasileiro avance além do discurso eleitoral e entregue à sociedade ações concretas, eficazes e permanentes

22/12/2025 07h15

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O ano de 2026 desponta no horizonte como um marco decisivo para o enfrentamento ao crime organizado no Brasil. Não por acaso, trata-se de um ano eleitoral, quando a segurança pública volta a ocupar o centro do debate político e social.

Mas seria um erro reduzir o endurecimento do discurso e das ações apenas ao calendário das urnas. A realidade impõe, por si só, uma resposta mais firme, coordenada e inteligente do Estado frente ao avanço das facções criminosas e à sofisticação de suas engrenagens financeiras e operacionais.

É verdade que, em anos eleitorais, governos tendem a intensificar operações e anúncios na área da segurança. A sociedade, cansada da violência cotidiana, cobra respostas.

Ainda assim, pouco importa a motivação inicial, desde que as ações sejam efetivas, estratégicas e produzam resultados duradouros. Combater o crime organizado não pode ser sinônimo de operações midiáticas ou ações pontuais. É preciso ir ao coração do problema: o dinheiro.

Descapitalizar e desmobilizar quadrilhas deve ser o objetivo central. Facções sobrevivem e se expandem porque movimentam cifras milionárias, lavadas por meio de empresas de fachada, contratos simulados, criptomoedas e uma infinidade de artifícios cada vez mais sofisticados.

Sem atacar a lavagem de dinheiro, qualquer combate ao crime será superficial e ineficaz. O mesmo vale para os golpes cibernéticos, que se multiplicam em velocidade alarmante, atingindo cidadãos comuns, empresas e o próprio poder público.

A criminalidade de rua também precisa ser enfrentada com seriedade. Roubos e furtos, especialmente de telefones celulares, tornaram-se uma epidemia urbana.

Para muitas famílias de baixa renda, o celular é o principal – e às vezes o único – patrimônio, além de ferramenta essencial de trabalho, comunicação e acesso a serviços básicos. Proteger esse bem é, também, proteger a dignidade de milhões de brasileiros.

No contexto regional, o alerta é ainda mais grave. Combater o crime organizado é também impedir que grandes facções ampliem seu domínio territorial.

Mato Grosso do Sul já convive com a presença do PCC e do Comando Vermelho, organizações conhecidas por sua capacidade de infiltração, violência e articulação interestadual.

Agora, conforme mostramos nesta edição, o Terceiro Comando Puro (TCP) também chegou ao Estado. Trata-se de mais uma engrenagem criminosa a disputar espaço, rotas, mercados ilegais e poder.

Esse cenário exige das forças de segurança muito mais do que retórica. É necessário levar esse combate a sério, com integração entre polícias, Ministério Público, Judiciário e órgãos de inteligência financeira. Investigações técnicas, compartilhamento de informações, uso de tecnologia e foco na asfixia financeira das facções precisam ser prioridades absolutas.

O crime organizado não se combate apenas com viaturas nas ruas, mas com inteligência, planejamento e coragem institucional.

Que 2026 seja, de fato, o ano em que o Estado brasileiro avance além do discurso eleitoral e entregue à sociedade ações concretas, eficazes e permanentes. A população já esperou demais.

ARTIGOS

Câncer na juventude: inesperado e devastador

Costuma ser associada a idosos, porém isso é um engano fatal, porque desde que nascemos, estamos sujeitos a ela

20/12/2025 07h45

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O diagnóstico de câncer não é algo simples, pois muitas vezes requer diversos exames. Mas, desde o momento em que se cogita a possibilidade, o reflexo desta simples suposição começa a impactar a vida do paciente e de todos à sua volta.

Esta doença costuma ser associada a idosos, porém isso é um engano fatal, porque desde que nascemos, estamos sujeitos a ela. São tipos e riscos diferentes, mas tanto um bebê quanto um idoso podem sofrer de câncer.

Um idoso entende a doença como consequência da sua longevidade, e um bebê não compreende o que está acontecendo. Porém, um jovem, que muitas vezes se acha imortal, com tantos anos de vida pela frente, sofre um abalo devastador, não apenas financeiro, mas também emocional.

Um jovem acha que pode superar qualquer obstáculo, e, de repente, a vida lhe coloca diante de uma doença que pode abreviar sua longa história, transformando o que seria um livro num simples artigo de uma página. 

Nada passa a ser racional. Alguns são mais receptivos, outros mais agressivos. O fato é que toda ajuda será necessária, e agora aquele jovem independente e invencível precisará entender que, sozinho, não vai a lugar nenhum.

Um jovem morrendo não é algo fácil para seus pais, família e amigos aceitarem. A doença se entranha na estrutura familiar e abala seus alicerces. 

A vida social é deixada de lado para enfrentar um tratamento no qual o paciente não sabe se sairá vivo ao final. Sua vida está por um fio, e ele precisa acreditar que vai dar certo, ter esperança. Por isso, o suporte emocional é um forte aliado no sucesso do tratamento.

Existem entidades privadas e governamentais que trabalham para reduzir o sofrimento criando bancos de sangue e órgãos, profissionais que dão apoio, organizações que apoiam financeiramente o tratamento, voluntários que se propõem a ajudar no dia a dia. 

Nessa busca por suporte, apesar do importante papel das entidades, é nas histórias contadas por meio de livros, filmes e outras famílias que o paciente encontra um colo para deitar, um ombro amigo. São experiências que foram vividas por outras pessoas, mas que servem de referência sobre as batalhas que estão por vir, as mudanças de hábitos, sequelas e dores.

São histórias de vida e de superação que transmitem acolhimento, trazem esperança e dão forças para seguir em frente na busca da cura de uma doença implacável que não tem idade.

Essas histórias criam conexões que afastam a solidão, trazem o conhecimento de quem passou pela mesma dor e ajudam a criar pontes para superar os maus momentos.

É importante que o jovem perceba que não está enfrentando essa batalha sozinho, que ele se sinta acolhido, que acredite no tratamento. Como toda doença, identificar cedo é importante e a melhor chance de cura. Vamos estar alertas porque ninguém está livre do câncer.

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