Artigos e Opinião

OPINIÃO

Sônia Puxiam: "Faça algo para si mesmo"

Jornalista

Redação

01/04/2017 - 01h00
Continue lendo...

Saber viver bem é uma arte para poucos! Nem sempre as pessoas conseguem viver a própria vida. É hábito seguir regras, levar em conta a opinião dos outros e se preocupar em agradar a todos. Que missão difícil! Se parar pra pensar, o ser humano pode simplificar sua vida: cuidar do seu caminho, levar em conta sua própria opinião e não se preocupar tanto com o que os outros pensam ou falam.

Parece fácil, mas não é! Resultado? As pessoas vivem pelos outros, aceitam a decisão dos outros, perdem a oportunidade de vivenciar suas próprias experiências... E aí tudo vai ficando mais difícil e sem solução. Imagina ter de “acertar” o tempo todo, e pior, “aceitar” o que o outro determina. Impossível! Acertar e aceitar: dois verbos de difícil conjugação. 

Existem muitos fatores que possibilitam a alguns entender melhor os atributos de um bom viver, e a outros, menos. Para quem está consciente do poder que tem em mãos quando o assunto é encarar situações de risco, fica mais fácil agir em direção à solução. Mas quem entrega a decisão a outros, aí, então, nada se resolve.  

Faça algo para si mesmo, que lhe traga benefícios. Preste atenção nas palavras que você profere e tire proveito disso. No livro “Aprendendo a Gostar de Si Mesmo”, a autora Louise Hay diz: “Quando fazemos afirmações positivas a nosso respeito, estamos abrindo espaço para que as energias do Universo fluam através de nós. Então, fazer afirmações positivas é uma das melhores formas de tratar-se com bondade, porque elas têm o poder de levantar em vez de derrubar”.

E preste atenção no que você pensa e fala a seu respeito. Veja o que diz a psicóloga Kátia Cristina Horpaczky, “Por que as pessoas não pensam e não falam a respeito da sua boa sorte e do seu sucesso com a mesma energia que pensam e falam da sua má sorte e de sua frustração? Essa questão sempre pega as pessoas de surpresa. Você acha seus problemas mais interessantes que seus sucessos? Você dá mais espaço para o que está errado do que para o que está certo? ”.

E mais: “Entenda, não é para ignorar os problemas de sua vida ou não reconhecer que algumas pessoas o magoaram. Quero dizer que, ao concentrarmos uma grande atenção no sofrimento, ele se tornará mais intenso e isso cria um hábito difícil de ser quebrado. Você não precisa pensar o tempo todo nos acontecimentos dolorosos da sua vida. Quando se dá muita ênfase às feridas, elas passam a exercer um poder muito grande sobre você”, diz a psicóloga.

Pelo que a própria vida nos ensina, o melhor mesmo é fazer o que você planejou e seguir adiante; afinal, cada um tem uma opinião. Além de ser impossível agradar a todos, o desgaste é maior. E, no final, o resultado é descontentamento de muitos e satisfação de poucos. Conseguiu agradar a todos? Não! Você já reparou que as pessoas que têm opinião própria não perguntam nada? Pois é! Elas são admiradas e, de sobra, ainda dizem que têm personalidade forte.      

Sabe de uma coisa? Muitas vezes, as pessoas não se dão conta do poder que têm em mãos. Basta não aceitar determinadas situações e elas desaparecerão, ou seja, perderão força. Mas isso pode gerar ansiedade e incerteza. Para livrar-se da ansiedade, em primeiro lugar é preciso entendê-la.

A ansiedade é o resultado de um processo de aceleração de nossa mente, desencadeada pelo contato com o novo, com o desconhecido que, geralmente, representa uma ameaça para a nossa estabilidade. A partir do momento em que a pessoa enfrenta os seus medos e cria novas situações, ela percebe que reagir é “mudar” as coisas. E isso é possível, desde que se tenha firmeza na decisão.   

Pra finalizar, uma frase de Friedrich Nietzsche: “Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar”. Uau! Tenham ótimos dias...

EDITORIAL

2026: o ano do cerco ao crime organizado

Que 2026 seja, de fato, o ano em que o Estado brasileiro avance além do discurso eleitoral e entregue à sociedade ações concretas, eficazes e permanentes

22/12/2025 07h15

Continue Lendo...

O ano de 2026 desponta no horizonte como um marco decisivo para o enfrentamento ao crime organizado no Brasil. Não por acaso, trata-se de um ano eleitoral, quando a segurança pública volta a ocupar o centro do debate político e social.

Mas seria um erro reduzir o endurecimento do discurso e das ações apenas ao calendário das urnas. A realidade impõe, por si só, uma resposta mais firme, coordenada e inteligente do Estado frente ao avanço das facções criminosas e à sofisticação de suas engrenagens financeiras e operacionais.

É verdade que, em anos eleitorais, governos tendem a intensificar operações e anúncios na área da segurança. A sociedade, cansada da violência cotidiana, cobra respostas.

Ainda assim, pouco importa a motivação inicial, desde que as ações sejam efetivas, estratégicas e produzam resultados duradouros. Combater o crime organizado não pode ser sinônimo de operações midiáticas ou ações pontuais. É preciso ir ao coração do problema: o dinheiro.

Descapitalizar e desmobilizar quadrilhas deve ser o objetivo central. Facções sobrevivem e se expandem porque movimentam cifras milionárias, lavadas por meio de empresas de fachada, contratos simulados, criptomoedas e uma infinidade de artifícios cada vez mais sofisticados.

Sem atacar a lavagem de dinheiro, qualquer combate ao crime será superficial e ineficaz. O mesmo vale para os golpes cibernéticos, que se multiplicam em velocidade alarmante, atingindo cidadãos comuns, empresas e o próprio poder público.

A criminalidade de rua também precisa ser enfrentada com seriedade. Roubos e furtos, especialmente de telefones celulares, tornaram-se uma epidemia urbana.

Para muitas famílias de baixa renda, o celular é o principal – e às vezes o único – patrimônio, além de ferramenta essencial de trabalho, comunicação e acesso a serviços básicos. Proteger esse bem é, também, proteger a dignidade de milhões de brasileiros.

No contexto regional, o alerta é ainda mais grave. Combater o crime organizado é também impedir que grandes facções ampliem seu domínio territorial.

Mato Grosso do Sul já convive com a presença do PCC e do Comando Vermelho, organizações conhecidas por sua capacidade de infiltração, violência e articulação interestadual.

Agora, conforme mostramos nesta edição, o Terceiro Comando Puro (TCP) também chegou ao Estado. Trata-se de mais uma engrenagem criminosa a disputar espaço, rotas, mercados ilegais e poder.

Esse cenário exige das forças de segurança muito mais do que retórica. É necessário levar esse combate a sério, com integração entre polícias, Ministério Público, Judiciário e órgãos de inteligência financeira. Investigações técnicas, compartilhamento de informações, uso de tecnologia e foco na asfixia financeira das facções precisam ser prioridades absolutas.

O crime organizado não se combate apenas com viaturas nas ruas, mas com inteligência, planejamento e coragem institucional.

Que 2026 seja, de fato, o ano em que o Estado brasileiro avance além do discurso eleitoral e entregue à sociedade ações concretas, eficazes e permanentes. A população já esperou demais.

ARTIGOS

Câncer na juventude: inesperado e devastador

Costuma ser associada a idosos, porém isso é um engano fatal, porque desde que nascemos, estamos sujeitos a ela

20/12/2025 07h45

Continue Lendo...

O diagnóstico de câncer não é algo simples, pois muitas vezes requer diversos exames. Mas, desde o momento em que se cogita a possibilidade, o reflexo desta simples suposição começa a impactar a vida do paciente e de todos à sua volta.

Esta doença costuma ser associada a idosos, porém isso é um engano fatal, porque desde que nascemos, estamos sujeitos a ela. São tipos e riscos diferentes, mas tanto um bebê quanto um idoso podem sofrer de câncer.

Um idoso entende a doença como consequência da sua longevidade, e um bebê não compreende o que está acontecendo. Porém, um jovem, que muitas vezes se acha imortal, com tantos anos de vida pela frente, sofre um abalo devastador, não apenas financeiro, mas também emocional.

Um jovem acha que pode superar qualquer obstáculo, e, de repente, a vida lhe coloca diante de uma doença que pode abreviar sua longa história, transformando o que seria um livro num simples artigo de uma página. 

Nada passa a ser racional. Alguns são mais receptivos, outros mais agressivos. O fato é que toda ajuda será necessária, e agora aquele jovem independente e invencível precisará entender que, sozinho, não vai a lugar nenhum.

Um jovem morrendo não é algo fácil para seus pais, família e amigos aceitarem. A doença se entranha na estrutura familiar e abala seus alicerces. 

A vida social é deixada de lado para enfrentar um tratamento no qual o paciente não sabe se sairá vivo ao final. Sua vida está por um fio, e ele precisa acreditar que vai dar certo, ter esperança. Por isso, o suporte emocional é um forte aliado no sucesso do tratamento.

Existem entidades privadas e governamentais que trabalham para reduzir o sofrimento criando bancos de sangue e órgãos, profissionais que dão apoio, organizações que apoiam financeiramente o tratamento, voluntários que se propõem a ajudar no dia a dia. 

Nessa busca por suporte, apesar do importante papel das entidades, é nas histórias contadas por meio de livros, filmes e outras famílias que o paciente encontra um colo para deitar, um ombro amigo. São experiências que foram vividas por outras pessoas, mas que servem de referência sobre as batalhas que estão por vir, as mudanças de hábitos, sequelas e dores.

São histórias de vida e de superação que transmitem acolhimento, trazem esperança e dão forças para seguir em frente na busca da cura de uma doença implacável que não tem idade.

Essas histórias criam conexões que afastam a solidão, trazem o conhecimento de quem passou pela mesma dor e ajudam a criar pontes para superar os maus momentos.

É importante que o jovem perceba que não está enfrentando essa batalha sozinho, que ele se sinta acolhido, que acredite no tratamento. Como toda doença, identificar cedo é importante e a melhor chance de cura. Vamos estar alertas porque ninguém está livre do câncer.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).