Artigos e Opinião

ARTIGO

Sônia Puxian: "Quem não
gosta de dinheiro?"

Jornalista

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Pois é! Quando o assunto é dinheiro, tudo muda! O que é bom, fica melhor. O que estava difícil, encontra solução, e gastar à vontade é o resultado do dinheiro fácil e da fartura das notas que alegram qualquer um que faça uso delas com extravagância.

Mas o que é preciso para se ter muito dinheiro? A resposta não é fácil, assim como não é fácil obter muito dinheiro da noite para o dia. Mas o que chama a atenção é que alguns estão sendo contemplados com o dinheiro fácil. Bastam algumas ligações, algumas conversas e algum “acerto” para a magia do dinheiro aparecer e fartar os cofres dos que “trabalharam muito”. E onde ficam esses cofres? Ugh!

Quem não gosta de dinheiro? Todos gostam, todos querem, poucos têm. Mas entre gostar, querer e ter, a distância é grande. Quem quer? Todos! Quem planeja ter grandes quantias e encontrar um caminho “fácil”? Poucos. E, entre esses poucos, muitos estão se animando com a forma ilícita de obtê-lo e isso não é bom. Se o dinheiro vem de maneira ilícita, vai faltar para o bolso do trabalhador, portanto tem de vir de fonte limpa.

E onde fica a fonte limpa? No trabalho, dedicação, honestidade, meta seguida à risca e tempo para fazer crescer a quantia de um dinheiro fruto de trabalho honesto. Mas existem também outras fontes: as mais fáceis, leves e que rendem muita quantia da noite para o dia. O caro leitor conhece muitas origens dessa natureza que nem convém citar ou relembrar.

De toda forma, o dinheiro que vem fácil pode também sair pela porta do fundo e não voltar mais. Na maioria das vezes, ele encontra dificuldades no caminho e, no trajeto de casa, ele pode se perder e bater em porta errada. Algumas vezes, pode até ser pego antes de chegar em casa ou ainda no estacionamento. Hummmm...

Tudo isso você já sabe, agora o que você não sabe, ou, se sabe, precisa relembrar é que o dinheiro existe e pode ser alcançado por todos, vai depender do caminho que cada qual escolher, então vale citar algumas formas mais dinâmicas.

Veja o que diz o autor do livro “Os Segredos da Mente Milionária”, T. Harv Eker: “O dinheiro é um lubrificante. Ele lhe permite ‘deslizar’ pela vida, em vez de ‘se arrastar’ por ela. Proporciona liberdade – para você comprar o que desejar e fazer o que quiser do seu próprio tempo. Com ele, você tem condições de desfrutar o que há de melhor e também a oportunidade de ajudar outras pessoas a satisfazer as suas necessidades básicas. Acima de tudo, ser rico faz com que você não precise gastar a sua energia preocupando-se com a falta de dinheiro”. Muito bom!

Pois é! O dinheiro é responsável por muitas situações, assim como a falta dele. Quando o assunto é dinheiro, existem muitos caminhos, alguns deles fáceis; outros, mais longos e sofridos. Quem tem muito dinheiro, quer mais; quem tem pouco, procura um meio de aumentar; e quem não tem, está às voltas com uma maneira de obtê-lo, seja como for.   

Independentemente de qual for o caminho, anote aí o que diz  T. Harv: “Por força da lei da atração, o universo faz o que está ao seu alcance para dizer sim e atender aos seus desejos. Mas, se você tem mensagens contraditórias nos seus arquivos de riqueza, ele não compreende o que você quer”. O importante é ter determinação e meta estabelecida de onde se pretende chegar e seguir em frente, afinal quem não gosta de dinheiro?.

Você já parou pra se perguntar o que quer? Qual é a sua meta e qual é o caminho a seguir? “O principal motivo que impede a maioria das pessoas de conseguir o que quer é não saber o que quer. Os ricos não têm nenhuma dúvida de que almejam fazer fortuna”, diz o autor.

Para finalizar, vale destacar, segundo T. Harv: “A questão é simples. O seu campo focal determina o que você encontrará na vida. Concentre-se nas oportunidades e verá oportunidades. Atenha-se aos obstáculos e terá obstáculos”. Escolha o seu foco e seja feliz...

EDITORIAL

É preciso passar um pente-fino na Cosip

O que a sociedade exige e com razão é transparência permanente sobre a aplicação da Cosip. Trata-se de uma contribuição pesada no bolso do contribuinte

20/12/2025 07h15

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A deflagração da Operação Apagar das Luzes, nesta sexta-feira, pelo Grupo Especializado de Combate à Corrupção (Gecoc) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), é mais um daqueles episódios que deixam claro que a iluminação pública de Campo Grande guarda muito mais sombras do que se imaginava.

E, ao que tudo indica, ainda há muito a ser revelado sobre contratos, cifras e responsabilidades envolvendo um serviço essencial para a cidade.

Campo Grande figura entre os municípios que mais arrecadam no Brasil com a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). Trata-se de uma arrecadação robusta, bilionária ao longo dos anos, paga mensalmente pelo cidadão na conta de energia elétrica.

Ainda assim, a realidade vista nas ruas é contraditória: bairros inteiros convivem com postes apagados, avenidas mal iluminadas e áreas que se tornam vulneráveis à criminalidade justamente pela ausência de luz.

A investigação que apura fraudes estimadas em R$ 62 milhões lança uma pergunta inevitável: como é possível faltar iluminação em um município que arrecada tanto?

Reportagem publicada pelo Correio do Estado no ano passado mostrou que a Cosip de Campo Grande superava, à época, a arrecadação de Curitiba – cidade com mais que o dobro da população. Mesmo assim, a capital sul-mato-grossense convive com um serviço precário e reclamações recorrentes da população.

O mais preocupante é que essas suspeitas de irregularidades surgem em meio a um discurso constante de crise financeira propagado pela administração municipal.

Se confirmadas, as fraudes não estariam ocorrendo em um cenário de escassez, mas sim em um verdadeiro manancial de recursos. Isso agrava ainda mais o quadro, pois revela que o problema pode não ser falta de dinheiro, mas falhas graves de gestão, fiscalização e zelo com o dinheiro público.

É legítimo esperar explicações detalhadas sobre os contratos firmados, os critérios de pagamento e a execução dos serviços. Mas isso, por si só, não basta. O que a sociedade exige – e com razão – é transparência permanente sobre a aplicação da Cosip. Trata-se de uma contribuição pesada no bolso do contribuinte, que deveria retornar em forma de ruas iluminadas, mais segurança e melhor qualidade de vida.

Nesse contexto, o trabalho do Gecoc merece reconhecimento. Mais uma vez, o MPMS cumpre seu papel institucional de investigar, cobrar respostas e iluminar áreas em que a administração pública falhou.

Combater a corrupção não é apenas punir culpados, mas também criar condições para que os serviços públicos funcionem melhor e com mais eficiência.

Iluminação pública não é luxo. É segurança, mobilidade e dignidade urbana. Se há dinheiro sobrando e luz faltando, algo está profundamente errado – e precisa ser corrigido com urgência, transparência e responsabilidade.

ARTIGOS

Redes sociais: o "estacionamento" da reputação corporativa

Qual é o limite entre a liberdade de expressão do trabalhador e a proteção da honra e da imagem empresarial

19/12/2025 07h45

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No ambiente corporativo contemporâneo, a fronteira entre opinião pessoal e responsabilidade profissional se tornou quase invisível. Com a hiperconectividade, qualquer manifestação nas redes sociais tem potencial para alcançar ampla visibilidade. Um único comentário ofensivo de um funcionário é capaz de comprometer a confiança interna, afetar a reputação da marca e desencadear litígios.

Quando as manifestações de funcionários ultrapassam o limite da crítica construtiva e se convertem em acusações ou declarações com potencial de impactar negativamente a imagem e a credibilidade da organização, abre-se espaço a um debate essencial: qual é o limite entre a liberdade de expressão do trabalhador e a proteção da honra e da imagem empresarial?

A repercussão, em casos como esse, costuma ser imediata. Colegas, clientes, fornecedores e demais parceiros têm acesso ao conteúdo, potencializando seus efeitos e ampliando o risco reputacional.

Qualquer que seja o caminho de resposta, a análise jurídica deve ser cuidadosa. A Consolidação das Leis do Trabalho (art. 482, alíneas j e k) prevê a possibilidade de dispensa por justa causa quando o empregado pratica ato lesivo à honra ou à boa fama de qualquer pessoa “no serviço”, especialmente quando dirigido ao empregador ou superiores hierárquicos.

A jurisprudência tem entendido que publicações em redes sociais podem produzir efeitos equivalentes aos de condutas praticadas no ambiente físico de trabalho, legitimando a aplicação da penalidade.

A Constituição Federal (art. 5º, incisos IV, V e X) assegura a liberdade de expressão, mas estabelece limites claros quando essa manifestação viola direitos relacionados à honra, à imagem e à dignidade. Já o Marco Civil da Internet reforça mecanismos de responsabilização de plataformas mediante notificação, permitindo respostas mais ágeis a conteúdos ilícitos.

Com a evolução da sociedade, a linha que separa opinião de ofensa se tornou cada vez mais tênue. A liberdade de expressão é garantida, mas não é absoluta: quando a crítica se transforma em injúria ou difamação, há quebra de confiança, podendo configurar justa causa, inclusive quando a conduta ocorre fora do expediente.

O desafio, agora, reside na interpretação. A definição do que constitui “crítica legítima” ou “falta grave” ainda é variável entre diferentes julgadores, o que aumenta o risco de reversão de penalidades, pedidos de indenização e danos à reputação corporativa.

Em um ambiente empresarial cada vez mais exposto ao escrutínio público, sobretudo nas redes sociais, torna-se imprescindível que as organizações adotem políticas claras, protocolos seguros de apuração e documentação robusta para fundamentar suas decisões e que as decisões e a gestão de tópicos sensíveis considerem estratégia, cautela e respaldo técnico.

Condutas inadequadas de colaboradores podem gerar impactos relevantes, mas a resposta empresarial deve estar alinhada à legislação e às melhores práticas de governança.

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