Cidades

DILÚVIO

Asfalto desfeito, carro arrastado e obra cedendo: chuva deixa rastro de destruição em Campo Grande

Recorde: volume de chuva passou dos 73 milímetros

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Chuvas intensas que atingiram Campo Grande - em dois momentos - deixaram um rastro de destruição na cidade, tendo causado de asfalto e carros sendo levados pela enxurrada a obras importantes tendo estruturas caindo, na tarde desta quinta-feira (20). Às 19h o volume de chuvas chegava a 73 milímetros (sem que a chuva tivesse parado).  

Segundo o meteorologista Natálio Abrahão, somente até o fim da tarde de hoje, já havia chovido 21 mm na Capital e pelo mesmo 32 mm no Distrito de Anhanduí, porém, estes números ainda devem aumentar porque ainda há locais com chuva.   

COLUNA ABAIXO

Logo no início da tarde, na “primeira chuva”, parte da canalização da obra de contenção de enchentes do Rio Anhanduí, na Avenida Presidente Ernesto Geisel, em Campo Grande cedeu e caiu na água. O trecho da via que cedeu é de uma parte que, aparentemente, já estava concluída. Atualmente, o canteiro de obras está paralisado, por falta envios de recursos federais, conforme a prefeitura de Campo Grande.

No início deste mês, o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, informou que os trabalhos seriam retomados em março, depois do período de chuvas. Os três lotes da reforma foram orçados em R$ 29,4 milhões. 

ASFALTO DESFEITO

Duas vias importantes tiveram seus asfaltos danificados durante a precipitação. Na avenida Salgado Filho, próximo à Avenida das Bandeiras, a via ficou cheia de buracos porque o asfalto se desfez. Outro ponto crítico, na Avenida Rachid Neder com a Ernesto Geisel, o córrego segredo transbordou e a correnteza arrancou o asfalto do local. Depois que a água abaixo, os pedaços ficaram espalhados pela pista - Esta não é a primeira vez que isto acontece no cruzamento.

Na Avenida Fernando Corrêa da Costa, entre as ruas Pedro Celestino e Padre João Crippa, alagou e ficou intransitável ao ponto que os motoristas precisaram subir nas calçadas para fugir da enxurrada.  Na avenida Capibaribe, um caminhão foi arrastado pela correnteza e parte da avenida ficou alagada. O motorista não sofreu nenhuma lesão e não quis comentar o incidente. 

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DRAMA E CARROS ILHADOS

Conforme apurado pelo Correio do Estado, o Corpo de Bombeiros atendeu pelo menos sete ocorrências em que carros ficaram ilhados no meio dos alagamentos ou foram arrastados pela enxurrada. No Bairro São Francisco, uma mulher e sua filha ficaram presas no meio do alagamento. Os bombeiros precisaram usar uma retroescavadeira, que era usada no canteiro de obras do Belas Artes, para retirá-las - Elas foram resgatadas sem ferimentos.

Segundo o Coronel Fábio Catarinelli, da Defesa Civil, a recomendação é que os motoristas não se arrisquem a passar por áreas alagadas. “Pessoas não devem se colocar em situação de risco. Se a água passar do meio fio, não entrar porque a água impede de ver se tem algum buraco, defeito no asfalto, bueiro destampado”, orientou ele.

Parte de uma ponte, na Rua Robin Hood, no Bairro Estrela do Sul, cedeu e será interditada por segurança. Segundo relato de leitor, o Terminal Guaicurus também ficou alagado e os usuários tiveram que esperar mais de 45 minutos pelo transporte coletivo devido suprimento de algumas linhas.

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PREFEITO

O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), pronunciou-se sobre o temporal que atingiu a cidade nesta quinta-feira. “Foram mais de 60 milímetros em 31 minutos. Nossas equipes estão nas ruas, com força total, para recuperar os prejuízos causados”, disse. Sobre muro de contenção no Rio Anhanduí, que veio abaixo com a chuva, Trad afirmou que a prefeitura inicia os trabalhos para recuperar a margem do rio nesta sexta-feira.  "Está tudo sob controle. Estamos com mais de 100 homens trabalhando, máquinas para tudo o que é lugar", disse. 

Ouça a declaração do prefeito Marcos Trad (PSD) Divulgação

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Veja mais vídeos:

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*Colaboraram: Valdenir Rezende, Álvaro Rezende, Adriel Mattos, Yarima Mecchi e Eduardo Miranda 

Educação

Enade: inscritos devem responder questionários até 23h59 de hoje

Exame teórico será aplicado neste domingo

23/11/2024 20h00

Estudante com prova do Enade

Estudante com prova do Enade Foto: UFT/Divulgação

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Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2024 das Licenciaturas neste domingo (24) devem responder ao Questionário do Estudante até as 23h59 (horário de Brasília) deste sábado (23).

A prova teórica será aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para 283.550 inscritos.

O questionário do Estudante coleta informações que permitam caracterizar o perfil dos estudantes e o contexto de sua formação acadêmica, consideradas pelo Inep como relevantes para a compreensão dos resultados teóricos e práticos dos estudantes no Enade e para subsidiar os processos de avaliação dos cursos de graduação.

O preenchimento completo do Questionário do Estudante é um dos itens que caracteriza a efetiva participação do estudante no exame.

Anualmente, a inscrição no Enade é obrigatória para todos os estudantes de cursos de licenciatura habilitados à avaliação teórica ou à avaliação prática, vinculados às áreas avaliadas, conforme o edital.

A partir desta edição, o exame passa a ter dois tipos de avaliação: a teórica, tradicionalmente realizada, e a nova prova prática dos estudantes de graduações direcionadas à docência.

Cada uma das avaliações terá um cronograma específico.

Áreas de conhecimento avaliadas

O exame das licenciaturas será aplicado em cursos de 17 áreas de conhecimento diferentes. A edição de 2024 avaliará licenciaturas das áreas de artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.

O exame terá foco na avaliação dos cursos que formam professores para a educação básica. O Inep informa que o objetivo é aprimorar as avaliações e a formação de docentes no Brasil.

Aplicação da prova
Para saber o local de aplicação da prova, bem como obter informação sobre atendimento especializado e tratamento pelo nome social, quando for o caso, o participante deve acessar o Cartão de Confirmação de Inscrição, disponível no Sistema Enade, com CPF . O acesso ao documento só é liberado após o preenchimento do Questionário do Estudante.

Neste domingo, os portões de acesso aos locais de provas serão abertos às 12h (horário de Brasília) e fechados às 13h. O início da aplicação será às 13h30, com encerramento às 18h para os participantes regulares. Os estudantes que solicitaram tempo adicional e tiveram o pedido aprovado pelo Inep terão mais uma hora para finalizar a prova.

Orientações para o Enade 2024

Neste domingo, o participante deverá comparecer ao local das provas com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, Cartão de Confirmação de Inscrição e documento de identidade original com foto válido.

Antes da participação na prova, é importante que o inscrito guarde, no envelope porta-objetos, o telefone celular e quaisquer outros aparelhos eletrônicos desligados, além de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, gorro ou similares), e material de papelaria (caneta de material não transparente, lápis, réguas e borracha, entre outros).

Também não é permitido ficar com celulares e quaisquer outros aparelhos eletrônicos descritos no edital ou fone de ouvido.

O envelope porta-objetos deve ser mantido, durante todo o período de prova, debaixo da carteira, lacrado e identificado.

Enade

Realizado anualmente pelo Inep, o Enade é um dos componentes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O exame avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos previstos nas diretrizes curriculares, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para formação geral e profissional, bem como o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

Decisão

Caixa demite ex-vice-presidente por assédio sexual e moral

Decisão foi publicada no Diário Oficial da União

23/11/2024 18h00

Agência bancária da Caixa Econômica Federal

Agência bancária da Caixa Econômica Federal Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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Por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), a Caixa Econômica Federal demitiu, por justa causa, o ex-vice-presidente Antônio Carlos Ferreira de Sousa. Funcionário de carreira do banco, ele estava afastado do cargo desde julho de 2022, quando sugiram denúncias de assédio sexual e moral durante a presidência de Pedro Guimarães, que comandou o banco entre 2019 e 2022.

A CGU publicou na sexta-feira (22) a portaria do desligamento no Diário Oficial da União. Durante a gestão de Guimarães, Sousa foi vice-presidente de Estratégia de Pessoas e de Logística e Operações.

Além da demissão, o ex-vice-presidente está impedido de ocupar cargos comissionados ou funções de confiança no Poder Executivo Federal por 8 anos. Desde a divulgação das denúncias, Sousa estava afastado do cargo, mas continuava a trabalhar na Caixa.

Na época da divulgação das acusações de assédio moral e sexual por Pedro Guimarães, que pediu demissão em junho de 2022, a Caixa criou um canal interno de denúncias. Com base nos relatos recebidos no Contato Seguro da Caixa, o banco investigou os casos e constatou várias ocorrências de assédio por parte de Sousa.

Em nota, a Caixa afirma que não tolera nenhum tipo de assédio por parte de dirigentes ou empregados. O banco também informou ter começado a investigar os casos por meio da corregedoria interna e que o processo seguiu as regras de administração pública.

“Com a finalização das investigações feitas dentro dos ritos da governança, o banco enviou o relatório conclusivo à Controladoria-Geral da União (CGU) em outubro de 2023. O ex-dirigente já estava afastado do cargo desde julho de 2022. Com a ciência da decisão da CGU, a Caixa iniciará as providências devidas para o cumprimento”, informou a assessoria de imprensa do banco.

Histórico
Em junho de 2022, surgiram denúncias em série de casos de assédio sexual e moral durante a gestão de Pedro Guimarães na Caixa. Imediatamente após a divulgação dos relatos, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho passaram a investigar os casos. Além do então presidente, vice-presidentes e diretores foram acusados.

Guimarães pediu demissão no dia seguinte à publicação das denúncias, e outros vice-presidentes do banco renunciaram em seguida.

Desdobramentos

Em março de 2023, Guimarães virou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias da Caixa. A ação tramita sob sigilo, e a defesa do executivo nega as acusações.

Em uma outra ação, movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a Caixa foi condenada a pagar R$ 3,5 milhões de indenização por um evento no interior de São Paulo em que Guimarães obrigou funcionários a fazer flexões em estilo militar.

Acordos

Em abril do ano passado, a Caixa fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal para pagar uma indenização de R$ 10 milhões para encerrar a denúncia das funcionárias. Em janeiro deste ano, o banco assinou um termo de ajuste de conduta (TAC), que concedeu vantagens em processos internos de seleção a funcionários que sofreram perseguição na gestão de Guimarães.

O banco foi condenado em outros processos em São Paulo, no Amazonas e no Distrito Federal. Somadas as condenações e os TAC, o banco até agora desembolsou cerca de R$ 14 milhões em indenizações, que poderiam ser mais altas se não houvesse acordo. Sem eles, a instituição financeira teria de pagar multa de até R$ 300 milhões. No ano passado, a Caixa informou que cobraria de Pedro Guimarães, na Justiça, o dinheiro das indenizações.

Em março deste ano, a Comissão de Ética da Presidência da República aplicou uma “censura ética” a Guimarães. Aplicada a autoridades que deixaram o cargo, a penalidade prevê apenas advertência. A ação contra Guimarães na Justiça Federal ainda está na fase de audiências.

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