Cidades

Complexo do Alemão

Assassino de Tim Lopes é recapturado

Assassino de Tim Lopes é recapturado

Rio de Janeiro

29/11/2010 - 02h25
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O traficante Eliseu Felício de Souza, o Zeu, foi preso na tarde de ontem no Complexo do Alemão. Condenado em 2002 pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, ele estava foragido desde julho de 2007, quando obteve permissão para visitar a família e fugiu.

De acordo com a polícia, Zeu foi encontrado em casa e não resistiu à prisão. Ele foi apresentado à imprensa em um dos acessos do complexo de favelas, onde ficará detido com outros suspeitos até o fim do dia, quando todos serão encaminhados para a delegacia.

Segundo a polícia, moradores da comunidade estão ajudando os agentes de segurança a identificar e localizar os criminosos. Em agosto deste ano, o Disque Denúncia do Rio ofereceu uma recompensa de R$ 10 mil por informações que levassem à captura do criminoso.

A operação policial no Complexo do Alemão pode durar meses, de acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte. "Desde o começo dissemos que não resolveríamos tudo no mesmo dia. Temos um trabalho muito longo pela frente. Estamos verificando todas as possibilidades de encontrar pessoal e material. Nós precisamos checar tudo e agora é hora de fazer isso".

Mário Sérgio afirmou ainda que a população não assistirá mais à "procissão do mal", citando as imagens de dezenas de criminosos fugindo da Vila Cruzeiro para o Complexo do Alemão, exibidas na quinta-feira. "Hoje nós temos a certeza de que quando o Estado quer ele pode", acrescentou.

Assassinato
Tim Lopes desapareceu em 2 de junho de 2002 na Vila Cruzeiro, depois de ser reconhecido e capturado por traficantes ligados a Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, quando fazia reportagem sobre um baile funk onde haveria consumo de drogas e sexo explícito.

O jornalista foi levado para o morro da Grota, também no complexo do Alemão, onde foi esquartejado e queimado em pneus --método conhecido como "micro-ondas" e usado para apagar vestígios da morte. Zeu foi acusado de ser o responsável por queimar o corpo do jornalista.

prejuízo milionário ao narcotráfico

Polícia descobre 500 kg de cocaína em imóvel na fronteira

Agentes da Defron apreenderam 250 kg de cocaína e 250 de pasta base em Ponta Porã, fronteira com o Paraguai, nesta sexta-feira

05/10/2024 08h40

Traficante que estava preparando o entorpecente para ser despachado de Ponta Porã foi preso em flagrate pelo Defron

Traficante que estava preparando o entorpecente para ser despachado de Ponta Porã foi preso em flagrate pelo Defron

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Depois de um trabalho investigativo que se estendeu durante semanas em Ponta Porã, integrantes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) apreenderam meia tonelada de cocaína na tarde desta sexta-feira (4) na cidade que faz fronteira com o Paraguai. 

Um homem, identificado apenas como  A.S.F.S, foi preso em flagrante. Ele foi abordado do lado externo de um imóvel que estava sendo vigiado fazia pelo menos seis horas nesta sexta-feira. 

Segundo as informações iniciais, ele permitiu a entrada dos policiais e eles acabaram encontrando 250 quilos de cocaína pura e outros 250 de pasta base de cocaína. 

O local levantou suspeita dos investigadores por conta da altura dos muros, dos grandes portões eletrônicos e da movimentação atípica para aquela rua, Vasco da Gama, no Bairro Primavera. 

Conforme informações policiais, o homem preso estava com as mãos sujas de graxa, indicando que possivelmente esta preparando o carregamento para ser enviado para São Paulo ou outro grande centro urbano. A graxa, acredita a policia, seria para dificultar a identificação por cães farejadores. 

Ainda de acordo com os investigadores, o prejuízo aos criminosos foi estimado em cerca de R$ 31 milhões. 

BALANÇO

Desde o começo do ano, conforme dados disponíveis no site da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, 12 toneladas de cocaína haviam sido apreendidas em Mato Grosso do Sul até esta sexta-feira. No ano passado, no mesmo período, haviam sido interceptadas em torno de 14,5 toneladas. 

Estes números, porém, não representam a totalidade da droga interceptada no Estado, pois não contabilizam as apreensões feitas pela Polícia Federal ou aquelas feitas pela Polícia Rodoviária Federal e que são entregues em alguma delegacia da PF. E é justamente a PRF que é a responsável pelos maiores volumes de cocaína apreendidos historicamente no Estado. 

Investimentos

TCU "esquece" de MS e obras na BR-163 devem começar só no 2º semestre de 2025

Previsão da ANTT estima que a Corte de Contas emita um parecer sobre o novo contrato apenas em junho do ano que vem

05/10/2024 08h30

A BR-163 não recebe novos investimentos desde 2017, quando a CCR solicitou o reequilíbrio do acordo

A BR-163 não recebe novos investimentos desde 2017, quando a CCR solicitou o reequilíbrio do acordo Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Era para ser em janeiro, mudou para abril, foi para agosto e outubro e depois foi alterado para o início de 2025. Agora, a estimativa da repactuação do contrato de concessão da BR-163 com a CCR MSVia só deverá ocorrer em junho. 

Com isso, os investimentos ficarão só para o segundo semestre do próximo ano – ou daqui a nove meses. É que no mês passado a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) refez a previsão.

A autarquia federal reavaliou o calendário, e a retomada das obras de duplicação e de outras infraestruturas deverá ocorrer apenas depois de junho de 2025. Os novos termos deverão assegurar investimentos de 
R$ 12 bilhões em 35 anos.

O principal motivo das reformulações de expectativa para a assinatura do contrato está na análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU) das novas obrigações e dos termos aos quais a atual concessionária terá de obedecer.

O processo está na Corte de Contas há mais de um ano. Foi aberto em 27 de setembro de 2023, quando a previsão do governo do Estado era de que no máximo no início deste ano haveria uma definição.

Sem esse parecer, a repactuação não poderá ser realizada. Embora a minuta do Termo de Autocomposição – ou TAC, termo técnico do documento que estabelece regras e condições do acordo que será assinado, dando fim à controvérsia – esteja elaborada desde junho, ainda falta ser incluída na pauta de votação do plenário do TCU.

A assessoria de comunicação da Corte de Contas informou em agosto que não havia “data prevista para que o processo seja apreciado em plenário”. Sem essa análise, a retomada da duplicação e de novas obras e investimentos pela CCR MSVia na BR-163 só deverá ocorrer a partir de junho de 2025 ou daqui a nove meses – um ano e meio depois da estimativa inicial –, de acordo com a ANTT.

Esse é o novo prazo usado pela autarquia federal para que o contrato de repactuação seja efetivamente colocado em prática. Até lá, a concessionária continuará a fazer apenas manutenções da via e operações de tapa buracos no asfalto.

DOCUMENTO

Essa previsão foi apresentada por Cynthia Ruas Vieira Brayer, superintendente substituta de Concessão da Infraestrutura da ANTT, em processo que tramita internamente na autarquia federal e no qual a agência estuda se a CCR MSVia deverá assumir novas obrigações antes da repactuação.

Em documento do dia 16 de setembro, Cynthia afirmou que, “mesmo na eventualidade de aprovação da repactuação pelo TCU, a celebração do termo aditivo deverá ocorrer provavelmente no segundo trimestre de 2025, com a assunção da rodovia no segundo semestre de 2025. Assim, os processos administrativos deverão permanecer em conformidade com as disposições do contrato vigente”.

Ela explicou que “a proposta de termo aditivo de repactuação apresentada pela CCR MSVia se encontra atualmente conclusa para o ministro relator e está no aguardo de inclusão em pauta para deliberação pelo plenário [do TCU]”.

Outros dois despachos internos reforçaram a avaliação de que a análise do termo de repactuação com a CCR MSVia deverá demorar.

Um deles discorreu que, “na sequência, por meio do Despacho Cogin nº SEI 25093016, foi informado de que não há previsão para a conclusão do processo de relicitação, assim como para a repactuação do respectivo contrato”.

Já em outro foi afirmado que “destaca-se que a concessionária CCR MSVia está em processo de relicitação desde 2021 e que, atualmente, também participa de um processo de repactuação contratual, ambos sem previsão de conclusão em curto prazo”.

Além de depender da decisão do TCU, a nova previsão da ANTT com a repactuação do contrato leva em consideração que o governo federal deverá oferecer a administração da BR-163 para outros interessados, por meio de leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

Nesse processo, a União terá de conceder um prazo aos interessados, para que estudem o projeto de investimentos e se organizem antes de decidirem se vão querer ou não participar do certame.

A proposta é tentar reduzir a tarifa, uma vez que um estudo anterior da própria ANTT sobre a relicitação apontou que um novo leilão poderá dobrar o valor do pedágio, um aumento de 131%.

Foi estimado em até R$ 19,87 a cada 100 km em pista duplicada. Atualmente, com o reajuste de junho, a tarifa a cada 100 km é de cerca de R$ 8,60.

INVESTIMENTOS

Em setembro de 2023, o ministro dos Transportes, Renan Filho, e o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, apresentaram ao governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), uma prévia do plano de investimentos de R$ 12 bilhões.

Os recursos seriam aplicados em toda a rodovia até o fim da concessão, em 2059, sendo R$ 2,3 bilhões já para os três primeiros anos contratuais.

Essa prévia foi elaborada de forma consensual, conforme a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog). Contudo, a estimativa era de que a entrada dos recursos ocorreria ainda neste ano – o que definitivamente não acontecerá.

À época, Riedel exigiu o congelamento do valor do pedágio e investimentos em duplicação, construção de faixas adicionais, marginais e contornos.

Nessa proposta do ministério estaria a duplicação de cerca de 180 km entre as cidades de Bandeirantes e Nova Alvorada do Sul, o que contemplaria o trecho que corta Campo Grande. E isso incluindo também mais 10 km ao longo da rodovia, totalizando 190 km. Também havia a previsão de construir terceira faixa em 170 km.

Hoje, pouco mais de 150 km da via são duplicados, extensão mínima exigida pelo antigo contrato para que a concessionária pudesse iniciar a cobrança de pedágio. Essa obra foi realizada em um ano, de 2014 para 2015.

Após ter executado essa duplicação, a CCR MSVia parou de fazer a segunda pista sob diversas alegações. Entretanto, a rodovia deveria estar totalmente duplicada até este ano. Em Mato Grosso do Sul, a BR-163 não recebe investimentos desde 2017, quando a empresa solicitou o reequilíbrio do contrato.

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