Sem mostrar um fim para a situação armada na Av. Duque de Caxias, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o grupo segue com o ato antidemocrático em frente ao Comando Militar D'Oeste, não sendo afastado nem pelo valor em multa, nem pelo clima, que deve ser de chuva. Além disso, alguns dos manifestantes começaram a tapar as placas dos veículos.
Em visita ao loca, a equipe do Correio do Estado constatou - no fim da manhã desta sexta-feira (11) - que manifestantes passaram a tapar as placas, levando em consideração que os mesmos estão sendo listados para futuras punições, conforme liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nesta manobra, há desde placas com a identificação completamente ocultada, até a manobra de posicionar os caminhões próximos uns dos outros, para dificultar a visualização dos números.
Há alguns dias, como apontou o Correio do Estado, as forças policiais de todo o Brasil foram colocadas em campo para "identificar" os participantes desses atos antidemocráticos.
Num primeiro momento, inclusive, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), apontou que cumpriria a liminar do Tribunal Superior Eleitoral, que indicava a "desobstrução imediata das vias" - o que incluía os atos na Duque de Caxias.
Em seguida, a Sejusp voltou atrás e corrigiu a informação, apontam que as forças policiais do Estado, atuariam apenas no repasse de informações para a Polícia Federal.
Trajados em verde e amarelo, o grupo já não quer mais ser identificado como "bolsonaristas", pois apontam que, de certa forma, "a causa virou maior que a pessoa", após as declarações de Jair Bolsonaro aceitando o resultado das eleições, onde disse que "cumprirá a Constituição".
Vale ressaltar que o Ministério Público Federal (MPF), já começou a enquadrar os financiadores desses atos antidemocráticos que acontecem em Mato Grosso do Sul.
Conforme o MPF, as denúncias se baseiam no artigo 286 do Código Penal, e já listam dono de restaurante; de transportadora e o presidente do Centro de Tradições Gaúchas de Dourados, conforme apuração do Correio do Estado.
Relembre
Diversos casos marcam as manifestações, e a resistência mesmo contra o valor da multa e as intempéries climáticas, estão longe de ser a ação que mais marcou o movimento na Capital.
Entre cartazes com dizeres em inglês, pedindo "Federal Intervention Now" e "Brazil was stolen", houve o marasmo do Estado em resolver a situação e até mesmo violência por parte dos manifestantes contra o trabalho da imprensa.
Como não poderia deixar de ser, os atos antidemocráticos que acontecem em Campo Grande vieram recheados de símbolos regionais.
Entre os manifestantes, como apontou o Correio do Estado, foi possível ver um cavalo, com a bandeira do Brasil estendida sobre seu traseiro, além do tradicional berrante e anúncio falso de que uma fraude nas eleições foi reconhecida.
(Valesca Consolaro colaborou).