Cidades

BIOMA EM CHAMAS

Atrasado 36 anos, Congresso dá primeiro passo para proteção do Pantanal

Aprovada por senadores da Comissão de Meio Ambiente (CMA), medida aborda desde regularização fundiária até combate à grilagem de terras e ocupações como políticas nacionais de prevenção

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Nesta quarta-feira (03), a proposta batizada de Estatuto do Pantanal teve voto favorável e foi aprovada como texto substitutivo do relator, e posteriormente ratificado em turno suplementar, sendo que leva agora, para a Câmara dos Deputados, temas como combate à grilagem de terras e ocupações como políticas nacionais de prevenção do bioma que hoje sofre com as chamas. 

Ainda em junho desse ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) apontou, de certa forma, "prevaricação" por parte do legislativo, que não editou norma com foco em proteger o Pantanal, o que estava previsto desde a Constituição de 1988.

Bioma dividido entre o Mato Grosso do Sul (65%) e Mato Grosso (35%), foi o julgamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (a ADO num.63), que teve como relator o ministro André Mendonça, que estipulou para o Legislativo o prazo de 18 meses para regulamentar o tema. 

No texto da ADO, o Supremo frisa que o artigo t. 225, § 4º da Constituição, além de considerar Amazônia; Mata Atlântica, o Pantanal e outros biomas como patrimônio nacional, determina a necessidade de leis que garantam a preservação quanto ao uso da flora e recursos naturais. Confira: 

Titular na Comissão de Meio Ambiente do Senado - presidida por Leila Barros (PDT/DF) -, a senadora Tereza Cristina fez questão de apontar na sessão de hoje, que tanto Mato Grosso do Sul quanto o vizinho do norte já organizaram leis locais consideradas até mais "ferrenhas" que a atual proposta. 

"É uma lei guarda-chuva, inovadora, que traz princípios fundamentais como o poluidor- pagador, o protetor e recebedor, desenvolvimento sustentável, participação social, respeito às diversidades locais, uso sustentável dos recursos naturais, entre outros", disse a senadora sul-mato-grossense. 

"Primeiro passo"

Em detalhamento da proposta, a Agência Senado cita que, com a medida, ficam estabelecidos esses princípios para uso e proteção, focando ainda no desenvolvimento sustentável e "respeito às diversidades locais e regionais". 

Entre os objetivos para as políticas públicas lista: 

  • Valorização de produtos e serviços do Pantanal
    *Como forma de diversificação da economia regional
  • Promoção do desenvolvimento da agropecuária 
    *Por meio do capacitação e extensão rural
  • Incentivo a alternativas tecnológicas ao uso do fogo. 

Além disso, a proposição considera diretrizes com foco na recuperação nativa do bioma por meio da integração das políticas das três esferas de governo. 

Quanto aos parâmetros para políticas nacionais, com foco na prevenção e combate do desmatamento não autorizado, a regularização fundiária aparece como um dos principais itens listados, seguido por: combate à "ocupações desordenadas e incentivo ao Cadastro Ambiental Rural". 

Isso seria uma forma de integrar as informações do bioma, com registro em base de dados para controle do ambiente dessas propriedades e posses rurais dentro do bioma pantaneiro. 

Também, a proposta que, caso não tenha recurso para ainda ser analisada em Senado, deve chegar em breve à Câmara dos Deputados, também aborda pontos como

  1. Manejo integrado do fogo de forma responsável;
  2. Turismo no bioma pantaneiro, além do 
  3. Selo "Pantanal Sustentável". 

Situação do Pantanal

Balanços apontam que, desde o dia 31 de maio, os combates aos incêndios florestais se intensificaram no Pantanal, chamas essas que já consumiram desde janeiro deste ano cerca de 627 mil hectares do bioma. 

Como confirmou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva - segundo matéria da Agência Brasil, após 3ª reunião na sala de situação do Governo Federal -, a PF apura cerca de 19 focos, indicando que 85% dos incêndios estão acontecendo em propriedades particulares. 

O MPF aponta que o Pantanal até então já registrou mais de três mil focos, com cerca de 600 mil hectares de terra destruídos até então. 

Dados divulgados recentemente, pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), mostram que desde 2020 os incêndios no Pantanal acontecem nos mesmos locais, com uma reincidência em pelo menos cinco das 13 propriedades investigadas. 
**(Com assessoria)

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Insegurança

Criminosos sobem em árvores para invadir e furtar comércios em Campo Grande; veja video

Com furtos à luz do dia e árvores sendo usadas como 'trampolim', comerciantes pedem manutenção e reforço na segurança da região central

06/03/2025 18h53

Imagem Divulgação

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Comerciantes que estão sofrendo com furtos de fios e produtos estiveram reunidos com a Guarda Civil Metropolitana para debater a situação do reforço na segurança, tendo solicitado junto a Prefeitura de Campo Grande inclusive, a poda de árvores, que estão sendo usadas por criminosos para acessar os estabelecimentos.

A situação, apontada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), segundo o presidente da entidade, Adelaido Vila, está causando desmotivação entre os comerciantes, a ponto de alguns sequer procurarem as autoridades competentes para registrar ocorrência, por desacreditarem que algo efetivo possa ser feito.

Em plena luz do dia, nesta quarta-feira (05), na rua Rui Barbosa esquina com a 14 de Julho, nem o circuito de imagens de segurança dos proprietários inibiu a ação de um homem que foi flagrado se aproximando de uma bicicleta para cometer o furto.

Em uma tentativa de alinhamento, os principais proprietários de lojas estiveram reunidos com representantes da Guarda Civil Metropolitana. Adelaido explicou que a Polícia Militar também recebeu convite; entretanto, não enviou um porta-voz.

Na conversa, os comerciantes apresentaram diversos casos de furtos, incluindo o de fios de energia elétrica, situação em que solicitaram a poda de árvores, já que os criminosos estão subindo e se lançando sobre as marquises dos comércios para furtar a fiação.

A GCM se comprometeu a aumentar o efetivo em uma tentativa de coibir os furtos, que estão causando prejuízos.

“Estamos vivendo, na área central, um momento bem delicado. Estamos buscando a integração entre a Polícia Militar e a Guarda Municipal, já que a GCM tem essas imagens. A gente tem ali ladrões de loja conhecidos, pessoas que entram nos comércios, levam um monte de coisas e ameaçam os seguranças”, explicou Adelaido, que completou:

“No período noturno, o lojista não tem tido paz por conta do furto de fios elétricos e arrombamentos de lojas. Estamos vivendo uma situação bem complicada.”

Vale lembrar que, em novembro de 2024, após assaltos, comerciantes decidiram tirar CACs para proteger os comércios, o que Vila apontou como uma situação “bem arriscada”.

Em um caso específico, uma empresária, após sofrer três furtos, foi abordada por um homem que se passou por cliente e acabou sendo assaltada ao chegar para trabalhar.

Nesta ocasião, ela revidou a tiros, e a CDL divulgou que outros comerciantes estavam tirando CACs em uma tentativa de lidar com a criminalidade.

"Estamos chegando a uma condição muito complicada. A gente sabe que há uma grande quantidade de câmeras na região central que não são monitoradas pela Guarda Civil Municipal. A gente precisa dessa integração entre a PM e a GCM para ir para cima desses meliantes, que tiram o sono de quem está trabalhando."

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Aumento de casos

MS registra 149 novos casos em uma semana e soma 20 mortes por Covid-19 em 2025

Números foram divulgados nessa quarta-feira (5) em boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde; 11.336 pessoas morreram no estado desde 2020

06/03/2025 18h30

Idoso toma dose de vacina contra Covid-19 em Campo Grande

Idoso toma dose de vacina contra Covid-19 em Campo Grande Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado

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Em apenas 6 dias, Mato Grosso do Sul registrou uma nova morte e 149 novos casos de Covid-19 na última semana, conforme o boletim da 9ª semana epidemiológica, divulgado nesta quarta-feira (5) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Com os novos registros, o estado soma um total de 1.556 casos confirmados e 20 mortes pela doença em 2025.

O índice de casos confirmados de Covid-19 em Mato Grosso do Sul, apenas nos últimos seis dias, representa um aumento de 10,6%, se comparado com o último levantamento da SES, que indicou 1.407 casos confirmados na última sexta-feira (21).

Óbitos

Ainda conforme o documento, mais uma nova morte foi confirmada em decorrência da doença nesta última semana, somando 20 em 2025.

A vítima fatal foi um idoso de 92 anos, morador do município de Ponta Porã, a 345 quilômetros de Campo Grande. A vítima tinha Doença Cardiovascular Crônica como comorbidade. Conforme a SES, a data de notificação da doença ocorreu no dia 17 de fevereiro, e a de óbito, na última segunda-feira, 24 de fevereiro.

No penúltimo boletim epidemiológico, um outro idoso de 98 anos que residia em Campo Grande também não resistiu às complicações da Covid-19.

Desde o início da pandemia em 2020, Mato Grosso do Sul já teve 638.341 casos confirmados e 11.337 mortes por Covid-19.

Entre os municípios com maior incidência de pacientes positivos, estão Campo Grande com 271; Ponta Porã, com 116; e Costa Rica, com 80.

Vacinação

Ainda conforme o levantamento, a cobertura vacinal monovalente em Mato Grosso do Sul está em 83,6%.

O índice é menor que a média nacional, que possui 86,5% de cobertura monovalente em todo o país.

Grupos de risco

A orientação das autoridades é que as pessoas mantenham a vacinação em dia e completem o ciclo de imunização contra a Covid-19 e outras doenças. A recomendação é ainda maior para os grupos de risco:

  • Pessoas com imunidade comprometida;
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com 60 anos ou mais;
  • Crianças de 6 meses a 4 anos;
  • Pessoas com comorbidades;
  • Doses podem ser procuradas nas unidades de saúde de todos os municípios de Mato Grosso do Sul.

Se atente aos sintomas!

É possível que o cidadão esteja infectado com o vírus da Covid-19 caso apresente os seguintes sintomas:

  • Febre
  • Tosse seca
  • Perda do olfato
  • Perda do paladar
  • Falta de ar
  • Dificuldade para respirar
  • Dor ou pressão do peito

Transmissão

O meio de transmissão da Covid-19 se dá por inalação ou contato com gotículas de saliva, secreções respiratórias ou superfícies contaminadas. Portanto, a transmissão pode ocorrer por meio de:

  • Tosse
  • Espirro
  • Catarro
  • Apertos de mão
  • Contato pessoal próximo
  • Contato com objetos contaminados

Prevenção

Existem inúmeras formas de se prevenir o contágio e proliferação da Covid-19. Confira:

  • Vacinação contra Covid-19
  • Uso de máscara
  • Uso de álcool gel
  • Lavagem das mãos com água e sabão
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca
  • Não compartilhar objetos pessoais
  • Ventilar ambientes
  • Evitar aglomerações e espaços fechados

Com informações do Ministério da Saúde

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