Cidades

Campo Grande

Autor de ataque foi orientado a ser tratado após desenhar suásticas em sala de aula

Símbolos do nazismo foram desenhados em escola que o autor estudava; nesta quinta (18), ele voltou à escola municipal onde estudou e feriu a mãe de um aluno antes de ser contido

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O estudante de 15 anos detido nesta quinta-feira (18) por promover um ataque na Escola Municipal Bernardo Franco Baís, onde estudou até o ano passado, em Campo Grande, foi objetivo de uma ata disciplinar da Rede Estadual de Ensino, onde está matriculado atualmente.

É que o garoto foi flagrado no mês de março desenhando suásticas na carteira, fato que chamou a atenção de professores, que posteriormente solicitaram acompanhamento psicológico ao rapaz. 

Nesta quinta-feira (18), o estudante de 15 anos feriu com uma facada na lombar a mãe de um estudante da Escola Municipal Bernardo Franco Baís, por volta das 13h, quando se iniciava o turno da tarde. O ataque só não foi pior, porque ele foi contido por um dos educadores do local, e depois detido por guardas municipais e policiais militares. 

Ele teria planejado um ataque, acreditam os policiais e educadores, devidos às evidências do local do crime. Pudera: quando foi apreendido, ele portava quatro facas (inclusive a que usou para ferir a mãe do aluno) e uma marreta. 

O grande problema, conforme apurou o Correio do Estado com uma fonte que teve acesso aos procedimentos disciplinares do rapaz, é que a família dele não levou a sério as orientações da Secretaria de Estado de Educação (SED), de encaminhá-lo para atendimento psicológico. 

“Talvez, se de lá para cá ele tivesse o atendimento recomendado, não teria cometido os ataques”, disse o interlocutor, que terá seu nome mantido em sigilo. 

Também há a informação, que partiu de uma professora que também pede aninimato, de que ele já foi flagado com uma faca em uma outra ocasião.

“Esse menino foi meu aluno no ano passado, no 9º ano. Sempre teve conduta agressiva. Teve episódio de briga (agressão física) em sala de aula e também na minha aula, chamei a orientação escolar porque ele estava com uma faca na mochila (foi encaminhado para a direção da escola e chamamos a polícia e a mãe e o padrasto também)”.

A pessoa que fez o relato acima em uma rede social também garante que o caso foi registrado em ata da escola e que esse documento teve assinatura dela e de outras pessoas. 

Mesmo assim, o secretário de educação, Lucas Bitencourt, negou ontem e reafirmou na manhã desta sexta-feira que houvesse algum registro de anormalidade sobre o comportamento do ex-aluno na escola.

“Nas atas levantadas não tem nada. O que estamos fazendo agora é a inteligência da Guarda Municipal levantando esse histórico”. 

O estudante que atacou a mãe de aluno, e - ao que as testemunhas indicam - pretendia atacar outros ex-colegas na Escola Bernardo Franco Baís, está detido na Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), instituição dedicada às ocorrências envolvendo menores infratores. 

Símbolo nazista

A suástica é um dos símbolos do Partido Nacional Socialista (Nazi, na sigla em alemão), cuja principal liderança foi o ditador Adolf Hitler. Foi sob o governo de Hitler e do regime nazista que a Alemanha envolveu-se na 2ª Guerra Mundial, um dos conflitos mais sangrentos da história da humanidade. 

Dentre os crimes contra a humanidade cometidos pelo regime nazista comandado por Hitler, cuja suástica era o maior símbolo, o episódio mais trágico foi o holocausto, massacre que resultou em aproximadamente 7 milhões de mortos, conforme o Museu Norte-Americano do Holocausto.
 

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Cidades

Aneel aprova ajuste no cadastro da Tarifa Social de Energia Elétrica

A resolução aprovada nesta terça-feira (9), visa regularizar o cadastro de consumidores

09/12/2025 19h00

Crédito: Fernando Frazão / Agência Brasil

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 9, uma resolução visando regularizar os cadastros de consumidores elegíveis para a gratuidade no pagamento da tarifa de energia, no âmbito da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE).

O órgão regulador quer a correspondência entre o CPF do titular do benefício e o dado registrado no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

A mudança de endereço das famílias também está no radar. Há casos em que a unidade consumidora está fixada em determinado endereço, mas as informações no CadÚnico apontam para outro município.

A norma aprovada nesta terça visa evitar esses casos. Foi decidido que as distribuidoras devem encaminhar relatórios trimestrais da evolução da regularidade cadastral dos consumidores de baixa renda.

Os técnicos da Aneel deverão elaborar e apresentar em 2026 à diretoria uma análise sobre os impactos regulatórios e a diligência das distribuidoras na regularização da titularidade e do endereço das famílias beneficiadas com a TSEE

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE) e algumas distribuidoras pediram a exclusão da correspondência entre endereço da instalação, CadÚnico e Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Foi argumentado que haverá eventual exclusão de famílias que não conseguirem regularizar seu cadastro, por exemplo. A associação solicitou a criação de regra de transição de médio prazo.

A diretora e relatora, Agnes da Costa, apontou que está em curso na Controladoria-Geral da União (CGU) uma avaliação sobre a efetividade da política da TSEE nos exercícios de 2022 e 2023.

No relatório de avaliação preliminar, com previsão para conclusão em janeiro de 2026, a CGU já teria sinalizado que a falta de controle na identificação dos beneficiários acaba permitindo a concessão do benefício a pessoas não elegíveis.

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Cidades

Juiz nega prisão de suspeito de injúria racial contra delegada de Dourados

Fato ocorreu por meio de uma rede social enquanto Thays Bessa prestava esclarecimentos em uma transmissão ao vivo

09/12/2025 18h45

Foto: Reprodução / Redes Sociais

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A Justiça negou o pedido de prisão preventiva de um homem suspeito de cometer injúria racial contra a delegada Thays do Carmo Oliveira de Bessa, adjunta da Depac de Dourados, há dois meses. A decisão, assinada em 6 de dezembro, considerou que não há elementos concretos que justifiquem a medida extrema, nem risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.

Embora o Ministério Público tenha se manifestado favoravelmente, o juiz Caio Márcio de Britto entendeu que não havia demonstração concreta de que o investigado que reside em Minas Gerais pudesse interferir nas provas, fugir ou gerar risco processual.

O caso ocorreu em 2 de outubro de 2025, durante uma transmissão ao vivo da página Folha de Dourados no Facebook. Na ocasião, a delegada concedia entrevista sobre investigações em andamento quando um usuário publicou um comentário ofensivo, supostamente em alusão ao fato dela ser negra, conduta que, em tese, configura o crime de injúria racial previsto no artigo 2º-A da Lei 7.716/89.

Conforme a apuração, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva e pela expedição de mandados de busca e apreensão em endereços do suspeito, além do afastamento de sigilo telemático.

Segundo a decisão, boletins de ocorrência antigos, não possuem lastro judicial e não são suficientes para justificar a segregação cautelar. O magistrado ressaltou ainda que o fato já estava documentado nos autos e que o comentário publicado e depois retirado da rede social não depende de novas diligências invasivas para comprovação.

O juiz também rejeitou os pedidos de busca e apreensão, afirmando que não havia indícios de que computadores ou celulares armazenassem provas relevantes além das já disponíveis. Para ele, a medida configuraria uma “fishing expedition”, uma investigação especulativa e sem causa provável.

Saiba*

A delegada, que atua em Dourados, a cerca de 231 quilômetros de Campo Grande, foi alvo do comentário preconceituoso aproximadamente oito horas após a veiculação de um vídeo em formato quebra-queixo pelo portal Folha de Dourados. Com a decisão, o investigado permanece em liberdade enquanto o inquérito segue em andamento.

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