Ação conjunta da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat) com a Polícia Militar Ambiental (PMA) resultou na apreensão de 22 aves silvestres que eram mantidas em cativeiro, em uma residência no bairro Rita Vieira, em Campo Grande.
Dentre os animais, estava um exemplar do pássaro popularmente conhecido como bicudo, espécia que consta em lista de ameaçadas de extinção.
A ação foi realizada nessa quinta-feira (3) e, segundo a PMA, os animais, de diferentes espécies, não tinham registro no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadorista de Pássaros (SISPASS), em desacordo com a legislação ambiental vigente.
Em razão das irregularidades constatadas, foi lavrado auto de infração ambiental, com aplicação de multa no valor total de R$ 15.500,00 ao responsável.
Deste total, são R$ 10,5 mil referentes a manutenção das aves em cativeiro sem autorização e R$ 5 mil pela posse da espécie ameaçada.
Todas as aves foram recolhidas e encaminhadas ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), onde receberão os cuidados necessários.
O responsável foi conduzido à Decat e responderá criminalmente pelas infrações cometidas.
Risco de extinção
O Sporophila maximiliani, conhecido como bicudo, está na lista de animais em risco de extinção. A ave é uma das mais visadas pelo tráfico de animais silvestres no Brasil.
Segundo biólogos, o canto do bicudo lembra o som de uma flauta, o que desperta o interesse e faz com que ele seja alvo de captura ilegal por colecionadores ou pessoas que o comercializam como ave de gaiola.
Ao longo dos anos, houve uma grande queda populacional da espécie no País, sendo considerada extinta em grande parte de sua área de ocorrência original.
Atualmente, há projetos e ações que visam a reintrodução do bicudo em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). As atividades concentram-se principalmente no norte de Minas Gerais.




