Cidades

Estrela do Sul

Bairro que transpira cultura festeja 29 anos de criação na Capital

Bairro que transpira cultura festeja 29 anos de criação na Capital

Montezuma Cruz

06/08/2011 - 13h30
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Situado na Zona Norte de Campo Grande, na divisa com o fundo de vale do Córrego Segredo, o bairro Estrela do Sul fez 29 anos na última terça-feira, comemorou neste sábado, com uma vasta programação de torneios de vôlei, futebol e dança, com o apoio da Fundação Municipal de Cultura (Fundac).
É o bairro com maior motivação cultural da cidade, pois os nomes de suas ruas lembram filmes, óperas e livros mundialmente famosos. Se os professores das duas escolas locais forem justificar os nomes dados às 25 ruas locais terão assunto para, pelo menos, meio semestre. Eles revelam uma vastidão cultural que inclui a ópera O Barbeiro de Sevilha, de Gioacchino Rossini; o livro Macunaíma, de Mário Andrade, retratando um anti-herói que representa o povo brasileiro, mostrando atração pela cidade grande de São Paulo e pela máquina; e o filme épico Dr. Jivago, baseado no livro homônimo de Boris Pasternak, narrando a história de um médico e poeta que inicialmente apoiou a revolução russa, mas, aos poucos, se desiludiu com o socialismo.
Foi em agosto de 1982 que o então governador Pedro Pedrossian – hoje com 82 anos – inaugurou o Conjunto Habitacional Estrela do Sul, entregando chaves a 1.450 famílias. A geminação das casas e a construção de outras levou mais gente para o bairro, fazendo a população aumentar para os atuais 13 mil moradores.
Entre outros feitos, a Associação dos Moradores do Estrela do Sul (Ames) firmou parceria com estabelecimentos comerciais e colocou 124 placas indicativas de ruas nas esquinas. Quinze comerciantes participaram, incluindo os três supermercados de redes.
“Não se perca no bairro” foi o sugestivo nome da campanha, explicou o presidente da entidade, João Marcelo Pereira, que está no cargo desde 2009. Todas as quartas-feiras, das 18h30 às 20h30, ele e os demais diretores prestam orientação social e jurídica aos moradores naquilo que eles necessitam.
Munido de uma prancheta na qual anota os itens da festividade para hoje, o diretor Dercides Nunes apresenta a realidade do bairro, enquanto aguarda a chegada do caminhão cultural da Fundac.
“Os jovens jogam futebol nesse campinho aí; jogam vôlei na quadra e brincam na quadra de areia; buscamos esse envolvimento deles com o lazer e sentimos bons resultados.” O gramado do campo está impecável.
Ionedis Vilela, diretor da Escola Arthur de Vasconcelos Dias, entusiasma-se com os seus 1.053 alunos, quase o dobro do total da Escola Padre João Greiner, que tem pouco mais de seiscentos.
Vilela lembra que o bairro promove a inclusão de jovens e idosos: os primeiros têm a opção de participar de aulas de capoeira, samba e balé; a “melhor idade”, mobilizada pelo Centro de Convivência do Idoso e pela Associação de Apoio ao Idoso, têm atividades alternadas de segunda a quinta-feira.
Eles fazem fisioterapia, educação física, artesanato e biodança, conta o diretor de esportes da Ames, Lourival Pereira. “Precisa ver os velhinhos em ação: dançam até capoeira”, ele nos convida para uma das aulas.

 

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PARALISAÇÃO DOS ÔNIBUS

Audiência termina sem conciliação e greve dos ônibus continua em Campo Grande

Motoristas ficaram indignados com a decisão judicial, a qual determina que 70% da frota volte a funcionar em horários de pico.

16/12/2025 19h22

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Motoristas do transporte coletivo urbano de Campo Grande lotaram o plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, na tarde desta terça-feira (16), para acompanhar a audiência que debateu sobre a greve que paralisou os ônibus desde segunda-feira (14).

A audiência terminou sem conciliação e possibilidades entre o Consórcio Guaicurus, Município de Campo Grande e os profissionais da categoria. No entanto, o desembargador César Palumbo Fernandes determinou que 70% da frota voltasse a funcionar nos horários de pico.

"Não pode existir greve de 100% dos serviços essenciais. A determinação judicial deve ser cumprida. Amanhã, no primeiro período, a categoria vai estar trabalhando. Amanhã, pela manhã, o sindicato vai garantir que haja no período compreendido entre 6h e 8h30, 70% da frota funcionando. De 8h30 a 17h, 50% da frota atendendo a população. Entre as 17h e as 20h, 70% da frota. E após, 50% da frota no horário normal.", disse o desembargador.

Além disso, a multa, caso os ônibus não voltem a circular na manhã de quarta-feira (17), imposta ao Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, aumentou de R$ 100 mil para R$ 200 mil por dia de descumprimento da decisão.

Apenas metade da folha salarial de novembro foi paga, sendo que a outra parte não tem previsão de pagamento. Ao todo, a dívida em aberto chega a R$ 1,3 milhão líquidos a serem repassados aos trabalhadores.

Diante da decisão do desembargador, os profissionais da categoria se indignaram, levantaram e saíram da audiência. Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STCU-CG), disse que a greve está mantida por decisão dos próprios motoristas.

"A gente tá muito chateado com a Justiça do Trabalho por entender que quem paga a conta é sempre o trabalhador. No nosso entendimento, 70% ele simplesmente acabou com a greve. Infelizmente, vai continuar parado. Não é o que a gente quer, a população tá sofrendo muito, vai para três dias sem ônibus em Campo Grande, mas o trabalhador também precisa receber, todo mundo que trabalha precisa receber seus vencimentos", concluiu Demétrio Freitas.

O que disse o Município?

Na audiência, representando a Prefeitura de Campo Grande, a procuradora-geral do Município Cecília Saad afirmou que os repasses foram feitos pelo Executivo e, devidamente, depositados na conta do Consórcio Guaicurus.  De acordo com a representante, o valor destinado, na última sexta-feira (12), foi de R$  3.074.148,73.

Ela também relatou que, em junho/julho de 2024, foi publicado no Diário Oficial do Estado, que o governo se comprometeu em repassar quatro parcelas em torno de R$ 3 milhões, sendo duas no ano de 2025, e a terceira e a quarta em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente.

Diante destas afirmações, ela solicitou ao juiz o prazo de 24 horas para juntar a documentação e comprovar o pagamento ao Consórcio, o qual foi aceito pela autoridade.

Consórcio afirma que não tem dinheiro

Temis de Oliveira, presidente do Consórcio Guaicurus, confirmou o recebimento por parte da Prefeitura, mas alega que há outras pendências a serem pagas além da folha salarial, como os gastos com manutenção, diesel, mecânico, etc.  

"Hoje, o consórcio não tem caixa para pagar a parcela de 50% de novembro. Desses R$ 3 milhões (recebidos), haviam recursos que eram devidos de meses passados e a gente tinha outros compromissos".

"Sem aporte de alguma dessas verbas (cerca de R$ 4 milhões a serem recebidas pelo Consórcio), não temos mais saúde financeira, crédito nos bancos para poder buscar e resolver esses acordes", disse o prsidente Temis de Oliveira. Ele complementa: "Nós vamos procurar conversar com a Prefeitura para receber o que nós temos a receber ainda e negociar, negociar o tempo inteiro".

O presidente do Consórcio Guaicurus lembra que há o cumprimento do quarto termo aditivo do contrato, que precisa ser apurado mensalmente e um valor a ser recebido, algo que não ocorre desde 2022.

"Tem uma obrigação da AGEREG para, ao final de cada mês, fazer a apuração da diferença da tarifa pública para a tarifa técnica ou tarifa de remuneração e a prefeitura buscar os meios para pagar. Isso não tem sido pago desde 2022. Nós buscamos o recebimento dessas verbas também".

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ALERTA

OMS emite alerta sobre falsificação de medicamento usado no tratamento do câncer de mama

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa

16/12/2025 19h00

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado Divulgação

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a circulação de versões falsificadas do medicamento palbociclibe, comercializado sob o nome Ibrance.

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado.

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa.

Ao todo, nove lotes do produto foram relatados à organização em novembro deste ano, com registros na Costa do Marfim, Egito, Líbano, Líbia e Turquia.

Segundo o comunicado, os produtos falsificados foram oferecidos aos consumidores por meio de plataformas online e também encontrados em farmácias dessas regiões.

Fabricado pela Pfizer, o Ibrance tem alto custo. No Brasil, conforme dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a menor dosagem do medicamento pode chegar a R$ 10.182.

Lotes falsificados

Os lotes confirmados como falsificados são: FS5173, GS4328, LV1850 e TS2190.

Já os lotes considerados suspeitos, ou seja, possivelmente falsificados, são: GK2981, GR6491, GT5817, HJ8710 e HJ8715.

A OMS classifica esses medicamentos como falsificados por apresentarem, de forma enganosa, informações sobre identidade, composição e origem.

Testes realizados pela Pfizer indicaram que as amostras analisadas não continham nenhum princípio ativo farmacêutico.

Além disso, foram identificadas discrepâncias nas embalagens. Alguns produtos falsificados chegaram a utilizar números de lote legítimos, mas apresentavam anomalias na embalagem, na serialização e na impressão das cápsulas.

Riscos e recomendações

De acordo com a OMS, o uso de medicamentos falsificados, como no caso do Ibrance, pode resultar em falha no tratamento, progressão descontrolada do câncer e aumento do risco de morte devido à ausência de efeito terapêutico.

A organização orienta que profissionais de saúde comuniquem quaisquer reações adversas inesperadas, ausência de resposta ao tratamento ou defeitos de qualidade às autoridades regulatórias nacionais ou aos sistemas locais de farmacovigilância. Em caso de identificação de lotes suspeitos ou falsificados, a recomendação é notificar a OMS.
 

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