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Estragos

Falta de energia afeta vários bairros de Campo Grande após chuvarada de ontem

Pelo menos cinco bairros estão sem energia elétrica desde a noite de ontem (9). No trânsito, alguns semáforos também desligados

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Na manhã de hoje (10), a falta de energia elétrica, resultado da forte chuva de ontem (9), impactou ao menos 34 bairros de Campo Grande. Os bairros foram parcialmente afetados e a Energisa informou que já atendeu e solucionou 70% das reclamações recebidas.

De acordo com a concessionária, o temporal da noite passada provocou mais de 220 mil descargas atmosféricas (raios), danificando drasticamente a rede elétrica da cidade. Além disso, galhos de árvores e outros objetos foram lançados sobre a rede, resultando em rompimento de cabos e interrupções no fornecimento de energia.

"A empresa acionou imediatamente seu plano de contingência, aumentando o número de equipes para restabelecer a energia o mais rápido possível", diz a nota da Energisa.

Os bairros parcialmente afetados incluem:

Jardim São Lourenço Pioneiros

Parque Residencial Rita Vieira

Alves Pereira
São Francisco Universitário
Chácara Cachoeira Cruzeiro
Tiradentes Jardim Autonomista
Chácara dos Poderes Santo Amaro
Jardim dos Estados Coronel Antonino
Chácara das Mansões Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian
Parque do Lageado Mata do Segredo
Jardim Centro Oeste Vila Sobrinho
Vila Santo Antônio Conjunto Residencial Mata do Jacinto
Monte Castelo Jardim Panamá
Moreninha Jardim Paulista
Núcleo Industrial Nova Lima
Conjunto Aero Rancho Jardim Noroeste
Jardim Seminário Conjunto José Abrão
Vila Taveirópolis  

Além disso, a concessionária alerta que, em situações de tempestades, podem ocorrer curto-circuitos e rompimentos de cabos energizados que caem ao solo. A orientação é para que a população mantenha distância e não se aproxime, acionando a Energisa em caso de incidentes.

Semáforos desligados

O trânsito em Campo Grande também foi afetado pelos estragos causados pelas chuvas de ontem (9). Diversos semáforos ainda estão desligados, e os condutores devem redobrar a atenção devido à falta de sinalização nas ruas. 

Na região sul, próximo à UPA Universitário, todos os semáforos permanecem apagados desde ontem. Nos cruzamentos com as ruas Mário de Andrade e Acalifas, na Vila Polonês, além do semáforo desligado uma caçamba foi deslocada pela força da água.

No cruzamento da Via Parque com a Antônio Maria Coelho, próximo ao Parque das Nações Indígenas, o semáforo de três tempos segue inoperante, assim como o sinal no cruzamento com a Ivan Fernandes.

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Temporal

Poeira e fuligem causam quase 2,5 mil raios em Campo Grande

Partículas sólidas na atmosfera facilitam a formação de gelo e granizo, que causam as descargas elétricas

10/10/2024 09h52

Imagem Ilustrativa

Imagem Ilustrativa Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Mais de 2.450 raios atingiram Campo Grande durante a tempestade da noite da última quarta-feira (9). Segundo o levantamento do meteorologista da Uniderp, Natálio Abrahão, algumas regiões, como a do bairro Vila Progresso, onde choveu 46,8 mm, chegaram a ter ocorrência de granizo.

Tanto o granizo quanto os raios são causados pela concentração de partículas sólidas na atmosfera, como poeira e fuligem, por exemplo. Quem explica é o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul, Vinícius Sperling.

"Digamos que o 'vaporzinho' da água se gruda com as partículas sólidas. Essas partículas facilitam a formação do que chamamos de núcleos de condensação, e o processo segue, formando mais gotas de chuva e, consequentemente, gelo/granizo que são os precursores das descargas elétricas", explicou o meteorologista.

Quanto mais partículas na atmosfera, mais gotas de chuva são formadas, e de forma mais intensa, favorecendo a formação do granizo.

"Quando a atmosfera está muito carregada de partículas, aumenta a eficiência da formação de gotas de chuva e partículas de gelo. Por isso a gente viu muita descarga elétrica ontem", concluiu.

Vento e chuva

Monitoramento realizado pelo meteorologista da Uniderp, Natálio  Abrahão, identificou ventos de até 85,2 km/h em Campo Grande, no bairro Vila Santo Amaro, na região próxima ao Colégio Militar de Campo Grande. Na região do Imbirussu, os ventos chegaram a 51,2 km/h.

Quanto às chuvas, foram registrados 35,6 mm no Carandá Bosque; 46,8mm no Vila Progresso; 24,2 mm no Vila Santa Luzia; e 12,2 mm no Jardim Panamá.

Seca Histórica

Campo Grande tem 2024 como o ano mais seco da última década, com registros de chuvas abaixo da média histórica.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, de janeiro a setembro, o acumulado de precipitação em Campo Grande foi de 471,4 mm. Em 2023, nesse mesmo período, choveu 1.155,6 mm na Capital. Os dados apresentam uma diminuição de chuvas de 59%.

Na última década, o menor registro de acumulado de chuvas foi em 2021, de 765,2 mm à época. Ou seja, a precipitação deste ano ainda é 38% menor em comparação à série histórica.

Nesta década, a média de acumulado de precipitação em nove meses foi de 857 mm. O maior registro ocorreu em 2016, com 1.159,8 mm, enquanto o menor registro nesse quesito é justamente neste ano, com 418,6 mm.

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CLIMA

Após mudança no tempo e chuva, poluição recorde diminui em Campo Grande

Dados relativos à qualidade do ar mostravam cenário péssimo; agora, houve modificação na concentração de poluentes

10/10/2024 09h30

Chuva começou tímida a tarde, e aumentou durante a noite

Chuva começou tímida a tarde, e aumentou durante a noite Foto: Gerson Oliveira

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A chuva de ontem ajudou a reduzir os poluentes da fumaça concentrada no céu de Campo Grande. Até o fim da tarde desta quarta-feira, foram 3 milímetros de precipitação registrados. Apesar de ser uma chuva fraca, ela já trouxe alívio em meio às altas temperaturas que ocorreram na Capital no início desta semana.

De acordo com o Projeto QualiAr, por meio da Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (EMQAr/UFMS), além da queda de temperatura, o índice de concentração de poluentes no ar melhorou, passando de níveis péssimos para um patamar mais moderado.

Conforme reportagem do Correio do Estado, na madrugada desta terça-feira, o maior índice de concentração de poluentes no ar foi oficialmente registrado, com 236 microgramas por metro cúbico (µg/m³) à 1h.

Esse índice fez com que a cidade chegasse a atingir o nível péssimo de qualidade do ar, o pior da escala monitorada pelo QualiAr.

Conforme gráfico feito pela estação da UFMS, apenas neste mês, esse foi o segundo pico de concentração de material particulado (PM, na sigla em inglês), com diâmetro de 2,5 micrômetros (µm). O primeiro ocorreu no dia 2, quando a concentração chegou a pouco mais de 200 µg/m³ – até então recorde em Campo Grande.

Segundo Widinei Alves Fernandes, doutor em Geofísica Espacial pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), professor da UFMS e coordenador do QualiAr, o que tem ocasionado a maior frequência de altos índices de poluição no ar da Capital é a mudança na direção dos ventos causados por frentes frias e que trazem para Mato Grosso do Sul a fumaça de outras regiões do Brasil e até de outros países vizinhos.

“A gente vem passando por um período com bastante queimadas no Brasil inteiro, em função desse período de seca. Com a chegada dessas frentes frias, ocorre um deslocamento do corredor de ventos que passa pela Amazônia, pela Cordilheira dos Andes, vem descendo pela Bolívia, passa pelo Paraguai e se direciona para Mato Grosso do Sul,”, explicou Fernandes.

O professor acrescenta que essa condição atmosférica só vai ser alterada quando os focos de incêndios nos grandes biomas da Amazônia e do Pantanal cessarem.

“Enquanto estiverem queimando essas regiões, todas as vezes que nós tivermos a entrada da frente fria nós vamos ser impactados. Isso só vai mudar quando chegarem as chuvas e elas apagarem esses focos de calor dessas regiões”, informou.

O pior mês já registrado de qualidade do ar até agora foi setembro, quando, conforme dados do QualiAr, houve apenas cinco dias em que a qualidade foi considerada boa em Campo Grande.Conforme as informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ontem, antes da chegada da chuva, o pico de calor ocorreu às 11h, quando a temperatura máxima registrava 34°C na Capital.

Três horas depois, às 14h, o início da chuva despencou a temperatura para 29°C, uma queda de 5°C comparado ao calor registrado no fim da manhã. Após o fim da precipitação, já no início da noite, os termômetros registraram mais uma queda da máxima, que chegou a 24°C.

MELHORA NO TEMPO

A estação da primavera trará para MS chuvas mais regulares nos próximos três meses. De acordo com os dados 
do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), neste trimestre, as chuvas devem variar entre 400 mm e 500 mm em grande parte do Estado.

A tendência climática para esse período indica probabilidade de as chuvas ficarem dentro ou próximo da média histórica no Estado para o trimestre, seguindo um caminho oposto à tendência climatológica dos meses anteriores, que indicava precipitações abaixo da média.

SECA HISTÓRICA

Vivendo um período de baixos índices de umidade do ar, Campo Grande tem neste ano o mais seco da última década, com registros de chuvas abaixo da média histórica.

Segundo o Inmet, de janeiro a setembro, o acumulado de precipitação em Campo Grande é de 471,4 mm. Em 2023, nesse mesmo período, choveu 1.155,6 mm na Capital.

Os dados apresentam neste ano uma diminuição de chuvas de 59%. Na última década, o menor registro de acumulado de chuvas foi em 2021, de 765,2 mm à época. Ou seja, a precipitação deste ano ainda é 38% menor em comparação à série histórica.

Nesta década, a média de acumulado de precipitação em nove meses foi de 857 mm. O maior registro ocorreu em 2016, com 1.159,8 mm, enquanto o menor registro nesse quesito é justamente neste ano, com 418,6 mm.

Saiba

Por ser um período de transição entre a estação fria e a quente, historicamente, a primavera é considerada a estação com a maior frequência de ocorrência de tempestades severas.

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