Cidades

CARNAVAL 2019

Bloco da Valu arrasta multidão na Esplanada Ferroviária

Estimativa do Corpo de Bombeiros é de 15 mil pessoas no evento

Continue lendo...

O Bloco da Valu abriu o carnaval de rua em Campo Grande com muita música e animação dos foliões que invadiram a Esplanada Ferroviária neste sábado (2). A estimativa do Corpo de Bombeiros é de que aproximadamente 15 mil pessoas estiveram no local, isso sem contar as pessoas que seguiram o cortejo do trio elétrico, chamado carinhosamente de Charanga. 

A concentração teve início às 14h e por volta das 16h, a Charanga do Cordão percorreu as seguintes vias: Rua General Melo, Avenida Calógeras, Rua Antônio Maria Coelho e Rua Rui Barbosa. O retorno aconteceu pela Avenida Mato Grosso, Rua 14 de julho, encerrando novamente na General Melo e a festa na Esplanada prossegue até às 22h. 

Ao som de marchinhas tradicionais, famílias, jovens, adultos e crianças aproveitavam a confraternização idealizada por um grupo de amigos há 12 anos. O objetivo dos organizadores do Cordão da Valu é promover uma diversão saudável na rua, da qual toda população possa participar. 

APROVAÇÃO POPULAR

A servidora pública, Ausdy Santos, conta que é campo-grandense, mas, todos os anos prefere participar do carnaval em Corumbá, pela animação e tradição da festa. No entanto, este ano resolveu ficar na Capital e não se arrependeu. "Está muito bonita a festa, as pessoas estão animadas e tranquilas. Assim dá gosto aproveitar a festa", observa. 

Para as irmãs, Janaina Alves, 18 anos, e Michele Alves, 22 anos, o cordão é o melhor da cidade e se sentem tranquilas em irem sozinhas, pois, sabem que existe um cuidado especial com os foliões. "Minha mãe não se importa quando a gente vem, porque sabe que tem policiamento, bombeiros, enfim, nos sentimos seguras para brincar e encontrar os amigos", relata a irmã mais velha. 

Para o comerciante, Rodrigo Carvalho de Bueno, 48 anos, foi uma surpresa participar de um cordão de carnaval, porque achava que não existiam mais em Campo Grande. Ele conta que mora há 17 anos em Taquarussu, mas, não conhecia a folia dos blocos. "Me lembra a adolescência e juventude, quando a família toda brincava junta. Estou satisfeito de ter vindo com minha esposa e filhos", opina. 

CONVIDADOS E HOMENAGENS

Ainda hoje (2), a festa terá a apresentação da bateria da Escola de Samba Igrejinha e do canto Edir Valu, especialista em sambas tradicionais. Na terça-feira (5), acontecerá o segundo encontro, também na Esplanada Ferroviária. 

Ano passado, o cordão homenageou os 100 anos do cordão do Bola Preta, um dos mais famosos e tradicionais cordões de carnaval, sediado no Rio de Janeiro. Este ano, a homenagem será feita para o grupo de afoxé Filhos de Gandhy, que completa 70 anos de fundação, na Bahia. 

Equipes da Polícia Militar, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, brigadistas, segurança privada, posto médico com ambulância, Vara da Infância e Adolescência e uma tenda da Cruz Vermelha permanecem durante todo o evanto para prevenir e atender ocorrências entre os foliões. 

Além disso, a organização promove várias campanhas de conscientização para preservação do prédio histórico (Esplanada), proibição de comércio de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos e contra assédio sexual. 

SERVIÇO

Na terça-feira (5), o Cordão da Valu volta a se apresentar na Esplanada Ferroviária, a partir das 15h, com cortejo e festa que termina às 22h. 

 

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

Continue Lendo...

Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

Assine o Correio do Estado

BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

Continue Lendo...

A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).