O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 250 milhões à produtora de celulose Suzano para a restauração ecológica de 24.304 hectares de áreas degradadas em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Maranhão e Pará.
Os recursos são provenientes do Fundo Clima, e a iniciativa contempla regiões de preservação permanente e reserva legal localizadas nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia.
De acordo com o BNDES, o projeto contribuirá também para a regularização ambiental de mais de mil imóveis rurais distribuídos nesses estados. Além da recuperação florestal, o financiamento prevê capacitação de proprietários e trabalhadores rurais em técnicas de restauração, bem como a geração de empregos diretos e indiretos nas fases de plantio, manutenção, monitoramento e produção de insumos.
Segundo o banco, cerca de 60% da área total a ser restaurada pertence a imóveis de parceiros da Suzano, o que reforça a estratégia de engajar produtores e fortalecer cadeias produtivas locais. “O projeto impulsiona um modelo de negócios emblemático no setor de florestas, tendo uma empresa de grande porte atuando como vetor de reflorestamento com espécies nativas para seus fornecedores”, destacou o BNDES em nota.
O presidente do banco, Aloizio Mercadante, afirmou que a iniciativa está alinhada às prioridades ambientais do governo federal. “O BNDES tem articulado e impulsionado a restauração florestal como ferramenta crucial para combater a crise climática, reduzir emissões de gases de efeito estufa e promover o desenvolvimento sustentável, que é uma prioridade do governo do presidente Lula”, disse em agenda.

Foto: André Telles / BNDES
A Suzano informou que o crédito contribuirá para o avanço de suas metas de sustentabilidade, entre elas a de conectar 500 mil hectares de vegetação nativa até 2030. De acordo com Malu Paiva, vice-presidente executiva de Sustentabilidade, Comunicação e Marca da empresa, a parceria com o BNDES fortalece a atuação da companhia em projetos de reflorestamento com espécies nativas e reforça o compromisso com a recuperação da biodiversidade.
A restauração ecológica, explica o banco de fomento, é um processo que busca recompor a funcionalidade e a diversidade dos ecossistemas afetados por atividades humanas, especialmente em terras desprovidas de vegetação nativa ou em estágio insuficiente de conservação. O projeto, segundo o BNDES, serve de modelo para o setor florestal e para outras atividades econômicas interessadas em integrar sustentabilidade e desenvolvimento regional.
Além da regularização ambiental das propriedades, a restauração das áreas degradadas proporcionará a recuperação da vegetação nativa, a redução de áreas com processos erosivos, a proteção de nascentes e recursos hídricos, o incremento da biodiversidade, a criação ou o restabelecimento de corredores ecológicos e a captura e fixação de carbono.
O processo de escolha das áreas onde ocorrerá a restauração leva em consideração a formação de corredores ecológicos e sua conexão com Unidades de Conservação.
*Com informações de Estadão Conteúdo


