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Brasil terá "Wikipedia" das plantas da Amazônia

Brasil terá "Wikipedia" das plantas da Amazônia

IG

25/06/2011 - 18h30
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Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) estão desenvolvendo uma nova ferramenta que promete revolucionar o conhecimento sobre a biodiversidade da Amazônia. O Wikiflora ou Wikibio, uma espécie de Wikipedia florestal, está em fase embrionária e pretende ser apresentado pelos pesquisadores na Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) em junho de 2012.
Alberto Vicentini, pesquisador do Inpa e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Botânica do instituto, afirmou que a ideia do projeto surgiu em fevereiro deste ano, durante uma visita do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante à Reserva Ducke, em Manaus. Esta reserva é a área mais estudada da Amazônia brasileira, com centenas de espécies catalogadas. Na ocasião, os pesquisadores do Inpa revelaram a necessidade de fazer um levantamento mais ágil da biodiversidade local. Apenas na Reserva Ducke, que tem 10 mil hectares de floresta tropical (o equivalente a 10 mil campos de futebol), estima-se que existam, pelo menos, mil espécies de plantas ainda não registradas.
“O ministro, sensibilizado pela debilidade da ciência botânica na região norte do Brasil, gostou tanto do livro e da ideia da plataforma digital que decidiu apoiar fortemente a iniciativa fazendo dela uma proposta de ministério a ser capitaneada pelos três institutos de pesquisa do MCT na Amazônia: o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, de Manaus, o Museu Emílio Goeldi, de Belém, no Pará, e o Instituto Mamirauá de Tefé (Amazonas)”, explicou Vicentini.

“A Amazônia é a região que abriga a maior diversidade de plantas e a maior extensão de florestas tropicais do mundo. No entanto, o conhecimento dessa diversidade botânica é muito incipiente, muitas áreas nunca foram exploradas cientificamente e muitas novidades ainda são descobertas mesmo em áreas consideradas bem conhecidas”, complementou. O projeto não tem uma data especifica para ser concluído.

O pesquisador afirmou ainda que existe uma preocupação muito grande com relação à produção de conhecimento da biodiversidade da Amazônia e que o Wikiflora deve atenuar esse problema, atraindo mais pessoas para a botânica. “O número de pesquisadores que produzem esse conhecimento básico e que atuam na Amazônia é muito baixo e esse tipo de profissional, o taxonomista, é uma espécie ameaçada de extinção. , pontuou. “Wikiflora seria também um instrumento para fortalecer a botânica da região Norte, carente de pessoal especializado no assunto”, complementou.
Parceria

Na semana passada, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) anunciou uma parceria com a IBM para o desenvolvimento da plataforma digital que vai abrigar a wikiflora. Hoje, existe até um domínio da ferramenta na internet, o wikiflora.org, mas o modelo conceitual dessa plataforma ainda está em fase de elaboração.

O que se tem é um esboço, que vem sendo abastecido por dados de alguns projetos do próprio Inpa. “Dois fundamentos guiaram a criação dessa plataforma embrião: liberdade de inovação para criar ferramentas que permitam conhecer espécies, manipular dados e disponibilizar informação e a estruturação de um repositório de dados taxonômicos brutos, que atrele informações diretamente a testemunho, seja ele uma árvore marcada em algum lugar ou uma amostra depositada num herbário”, explicou o professor.
"O Wikiflora não é apenas um catálogo ou enciclopédia das espécies de plantas da Amazônia, mas uma ferramenta que pode modernizar a maneira pela qual os botânicos reconhecem e descrevem espécies, além de também favorecer a democratização da produção desse conhecimento ao permitir que pesquisadores não botânicos e o público contribuam com informações sobre plantas”, complementou.

Albertini também pontuou que esse projeto irá ajudar em atividades de conservação e preservação ambiental já que agências ambientais e empresas de manejo florestal também serão usuárias do sistema. “É uma ferramenta importante também para promover o uso sustentável da biodiversidade e atividades de bioprospecção. Todas essas atividades dependem de espécies bem delimitadas e ferramentas adequadas de identificação”, finalizou.

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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