Cidades

FIM DE RECESSO

Câmara deve votar nove projetos e Assembleia retoma CPI

Vereadores e deputados estaduais retomam sessões na próxima terça-feira

Izabela Jornada

30/07/2017 - 13h18
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Com o fim do recesso parlamentar, vereadores e deputados estaduais retomam os trabalhos legislativos nesta terça-feira (1º). Projetos importantes devem entram em pauta no próximo semestre, bem como retomada das reuniões de comissões e convocação de concursados da Assembleia Legislativa. 

A Câmara dos Vereadores está com nove projetos pautados para a próxima sessão e na Assembleia Legislativa, na quarta-feira à tarde, às 15h30, serão retomadas as reuniões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades fiscais do Governo do Estado.

Outra matéria que deve voltar para discussão em plenário na Assembleia é a polêmica Lei Harfouche. No semestre passado, o projeto de lei que levava o nome do procurador de Justiça, Sérgio Harfouche, foi alterado na sua nomenclatura. Devido aos desentendimentos que aconteceram em plenário, onde deputados discordaram da matéria, que é de autoria do parlamentar Lídio Lopes (PEN), o projeto voltou para geladeira. “Vamos esperar a poeira baixar para retomarmos as votações”, afirmou Lídio.

A expectativa do deputado do PEN é que neste semestre o projeto seja sancionado pelo Governo. “Essa matéria já foi discutida há dois anos”, disse ele.  

Além das atividades cotidianas da Assembleia, no próximo semestre a Casa de Leis deve convocar os concrusados do primeiro certame do Legislativo.

Com a implantação da segunda edição do Programa de Aposentadoria Incentivada (PAI) a Assembleia acabou adiando a posse dos aprovados no concurso e neste próximo semestre a convocação não será de uma vez só. “É necessário dar um valor indenizatório durante oito meses para os aposentados e para não sobrecarregar a folha, concursados serão empossados aos poucos”, explicou o presidente do Legislativo, deputado estadual Junior Mochi (PMDB). 

CONCURSADOS
No mês de junho, um grupo, em média de 30 aprovados, foram ao Legislativo para pedir agilidade na convocação. Aprovado para o cargo de policial Legislativo, Diogo Corrêa, 27 anos, reivindicou nomeação e declarou que o prazo de convocação sempre tem sido adiado”, disse. 

Lembrando que a homologação do certame aconteceu no fim de maio, Paulo Guilherme de Cristo, 23 anos, aprovado para o cargo de assistente Legislativo, disse que o prazo sempre está se “arrastando”. “Não querem tirar os comissionados, eles querem deixar o máximo de tempo por ser ano eleitoral”, reclamou.

O deputado estadual Amarildo Cruz (PT) declarou que os aprovados estão no direito deles. “O protesto é legítimo, mas eles precisam ter paciência. A Mesa Diretora tem entendimento claro. Os concursados podem ficar tranquilos”, disse o petista.

O primeiro secretário, deputado Zé Teixeira (DEM) também acalmou os aprovados. “Existe um trâmite que precisa ser respeitado. Decidimos percentual de cotas, tivemos várias reuniões. Precisa terminar a reforma (demissão de alguns servidores e remanejamento de cargos). Acreditamos que agora em agosto conseguiremos chamar, aos poucos, os aprovados”, declarou Teixeira. 

O presidente do Legislativo disse também que, na reforma, vários cargos foram excluídos para conseguir adaptar os concursados. “De 19, diminuímos para 7, os cargos da Casa. Estamos nos adaptando”, assegurou ele. 

Mochi também afirmou que o assessor responsável pelo concurso está nos “finalmente”. “Vamos chamar conforme a necessidade da Casa”, disse o presidente.

Decorrente da pressão popular e também do Ministério Público (MP), Assembleia Legislativa realizou seu primeiro concurso público no ano de 2016.

A Casa conta, em média, com mais de mil servidores no quadro atual e aprovados se organizaram e criaram comissão para reivindicar celeridade na nomeação de servidores. 

rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

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O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou 'com nós', mas nós não precisamos dele", postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

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O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

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