Diante da atual situação de emergência, através da titular da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), Dra. Rosana Leite de Melo, a Capital anunciou a ampliação de 30 leitos em dois hospitais da Cidade Morena, durante agenda na manhã de hoje (05) na região central para lançamento da campanha Maio Amarelo.
Conforme repassado pela doutora Rosana, desde o dia 02 de abril houve ativação do chamado Centro de Operações de Emergência (COE), responsável por estratégias como o remanejamento de leitos, por exemplo, diante do aumento de internações, principalmente crianças e adolescentes, por H1N1 e o vírus sincicial respiratório.
A tendência, conforme boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é que dentro das próximas cinco semanas seja registrado um alto risco de circulação dos vírus respiratórios, razão pela qual houve decreto do estado de emergência.
"Nós vamos ampliar, aproximadamente, mais 30 leitos, no Hospital do Câncer e no do Pênfigo", afirmou Rosana Leite durante agenda hoje (05) na Praça Ary Coelho em Campo Grande.
Essa ampliação de leitos, como abordou o Correio do Estado, já estava nos planos da Sesau desde a ativação do COE, com a ideia inicial sendo conseguir 50 leitos de unidades filantrópicas.
Vale lembrar que, com o decreto de emergência, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) instituiu algumas medidas de urgência, como:
- Liberação da vacinação para todos os públicos a partir de segunda-feira (28), em todas as unidades de saúde de Campo Grande;
- Obrigatoriedade da utilização de máscaras dentro das Unidades Básicas de Saúde - (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs);
- Instituição do Plano de Contingência de Atendimento Pediátrico, com atendimento pediátrico 24h em duas UPAs — Universitário e Coronel Antonino — além do Pronto Atendimento Infantil do CRS Tiradentes, com a transferência e o referenciamento de casos entre as UPAs.
Perigos e prevenção
Rosana explica que o cenário do estado de emergência motivou a ampliação da vacinação, antes mesmo do Dia "D" em 10 de maio, na tentativa de frear a contaminação para todo o público.
A secretária ainda reforça que o H1N1 tem causado doença grave mesmo em pessoas adultas, manifestando-se pela falta de ar e fazendo com que trabalhadores sequer consigam desempenhar suas funções.
"É uma cultura que tem tido, 'porque eu sou saudável, me alimento bem, pratico esporte, eu não preciso vacinar'. Não é assim". Você que se alimenta bem, pratica esporte, você pode não ter a doença grave, mas você vai se contaminar, ela vai ser assintomática com você, mas você vai transmitir para o seu ente querido, seja seu filho, seu pai", complementa Rosana.
Para além das estratégias de ampliação do grupo vacinal, a própria chefe do Executivo de Campo Grande, Adriane Lopes, lembrou as medidas tomadas pelo município para tentar diminuir a contaminação na Capital.
"Começamos a vacinar em vários pontos estratégicos da cidade. Nós estamos com campanhas preventivas nas escolas, em várias regiões da cidade e também pela vacinação com portas abertas em shoppings; no centro; em igrejas, onde houver público, estamos pedindo para que as pessoas nos ajudem, para divulgar e também vacinar", conclui Adriane.

Para o Presídio de Segurança Máxima da Capital a verba não utilizada seria de R$ 5,8 milhões - Foto: Gerson Oliveira


