Cidades

LIXO ELETRÔNICO

Campo Grande poderá ter pontos públicos de coleta do e-lixo

Se projeto for sancionado, a coleta será fixa nos órgãos públicos

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O descarte correto de lixo eletrônico mais conhecido mundialmente como e-lixo é extremamente importante para evitar o acúmulo de sujeira em córregos e reservas ambientais. Isso porque os equipamentos têm uma composição química com substâncias altamente tóxicas ao meio ambiente e sua decomposição pode trazer muitos prejuízos à saúde humana.

A categoria eletrônica inclui “produtos da linha branca”, como refrigeradores, máquinas de lavar e microondas, além de aparelhos eletrônicos como televisores, computadores, telefones celulares, tablets, drones, assim como pilhas, baterias, cartuchos e toners.

O destino dos resíduos virou um desafio no mundo. O Brasil é detentor do título de sétimo maior produtor de lixo eletrônico do mundo, ficando atrás de China, Estados Unidos, Japão, Índia, Alemanha e Reino Unido, respectivamente, segundo o portal Techtudo. 

Pensando nisso, o projeto de Lei com intuito de implantar pontos de coleta contínua de lixo eletrônico nos órgãos públicos de Campo Grande foi aprovado pelos vereadores da Câmara Municipal em segunda discussão e votação simbólica durante sessão ordinária desta terça-feira (19). 

Isso porque, a cidade ainda não conta com pontos de coletas fixos e públicos, e eventualmente a administração municipal realiza eventos para recolher os materiais inservíveis, mas tamanha produção de lixo eletrônico resulta em descarte incorreto. 

Para o autor do projeto, vereador Otávio Trad (PSD), a proposta é conscientizar a população acerca dos riscos à saúde e ao meio ambiente em decorrência do descarte inadequado do lixo eletrônico. “Outro objetivo é fomentar a realização de campanhas de conscientização da população acerca da importância do descarte adequado de lixo eletrônico”, disse. 

De acordo com o projeto, será de responsabilidade da Administração Pública Municipal, das pessoas jurídicas e das pessoas o descarte do lixo eletrônico produzido na cidade. 

Além disso, o Programa será realizado por postos de coleta em órgãos públicos determinados pela prefeitura. 

Também haverá campanhas de educação ambiental com veiculação de informações sobre a responsabilidade de destino adequado do lixo eletrônico pós-consumo e os riscos à saúde.

A prefeitura poderá firmar parceria privada e/ou instituições, associações e organizações não governamentais para aplicação do programa.

Saúde

Com 25 mil pacientes precisando de exames, Justiça ordena redução da fila de espera

A apuração do MPMS levantou que a espera mais longa pelo procedimento de ressonância magnética é de seis anos. Com isso, estabeleceu o prazo de 100 dias para consultas e seis meses para cirurgias

19/11/2024 18h45

Bruno Henrique / Arquivo / Correio do Estado

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Com 25.727 pacientes de todo o Estado aguardando para passar por exames, a Justiça determinou que o tempo de espera seja reduzido, com previsão de multa de R$ 10 mil por dia de atraso.

A demanda represada de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), cuja espera pode chegar a seis anos, aguarda os seguintes procedimentos:

  • Tomografia computadorizada;
  • Ressonância magnética com e sem sedação;
  • Eletroneuromiografia;
  • Radiografias simples.

Caberá ao Estado avaliar a situação clínica de cada paciente para estabelecer o prazo máximo de espera: 100 dias para consultas e seis meses para casos em que seja necessária intervenção cirúrgica.

No processo, foi identificado que a espera causa sofrimento físico e psíquico aos pacientes que possuem doenças que podem ser diagnosticadas por meio desses exames, com risco de agravamento devido à demora.

Outro ponto levantado é que a falta de atendimento adequado causa muitas ações na Justiça. Isso gera altos custos para o governo e também para o Judiciário, que precisa ser acionado repetidamente para garantir o direito das pessoas à saúde.

Além disso, foi observado que a falta de atendimento também resulta em diversas ações na Justiça, o que acaba gerando altos custos tanto para o governo quanto para o Judiciário.

Ressonância Magnética

Em 2019, foi realizada uma investigação que incluiu reuniões com o objetivo de solucionar o problema das filas de espera na saúde.

Nesse processo, foi descoberto que as filas mais longas são para os seguintes exames:

  • Ressonância magnética - 13.356 pessoas esperando
  • Radiografias simples - 6.196
  • Tomografia computadorizada - 2.921
  • Ressonância magnética com sedação - 1.389
  • Eletroneuromiografia - 1.145

Para se ter uma ideia, com relação à ressonância magnética, o pedido mais antigo no sistema de regulação da Prefeitura de Campo Grande foi registrado em julho de 2018, o que corresponde a uma espera de seis anos.

Já para realizar a eletroneuromiografia, o pedido com mais tempo de espera é de 2020, ou seja, quatro anos aguardando pelo exame.

A investigação do MPMS começou quando estudavam o caso de um bebê de 2 anos, que estava esperando há pelo menos um ano e meio para passar pelo procedimento de ressonância magnética de crânio, necessário para dar continuidade ao tratamento de encefalopatia crônica não evolutiva.

O Estado pode entrar com recurso para reverter a decisão.

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Campo Grande

Jovem é torturada por irmãos do tráfico em boca de fumo

Yasmin das Silva Santos confessou as agressões físicas e psicológicas contra a vítima em razão de uma dívida contraída pela jovem

19/11/2024 18h30

Jovem foi torturada e teve os cabelos arrancados

Jovem foi torturada e teve os cabelos arrancados Reprodução/

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Yasmin da Silva dos Santos, 21 anos, foi presa nesta terça-feira (19), após confessar ter torturar e manter uma jovem de 19 anos em cárcere privado, por motivos de vingança devido a uma receptação de uma motocicleta em Campo Grande. O crime foi filmado e publicado pelas redes sociais. O seu irmão de 21 anos, também foi preso por participação no crime. 

O caso foi descoberto após familiares da jovem procurarem a Polícia Civil no último dia 14 de novembro, registrando o boletim de ocorrência de desaparecimento. 

Diante das informações, a Polícia Civil traçou uma linha de investigações e conseguiram localizar a jovem após obter vídeos que passaram a circular por grupos de WhatsApp, no qual a desaparecida era torturada, agredida fisicamente e psicologicamente, inclusive com corte de cabelo, para que ela confessasse que havia contraído uma dívida, sem pagar. 

Jovem foi torturada e teve os cabelos arrancadosDHPP/ Polícia Civil 

De posse das imagens, o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em  ação continua com o Batalhão de Choque, identificou os autores da tortura e do cárcere privado, sendo dois irmãos, uma mulher de 20 anos e um homem de 21.

Aos policiais, os irmãos confessaram ter praticado as agressões físicas e psicológicas contra a vítima em razão de uma dívida. Eles relataram que ela havia penhorado uma motocicleta em uma boca de fumo, devendo pagar ao traficante R$7.200,00 para resgatar o bem.

Então, sob a promessa de que se resgatasse a motocicleta no ponto de venda de drogas, receberam R$1.000,00 a mais, ou seja, R$8.200,00, assim procederam os irmãos, ficando, entretanto, na posse do bem, como garantia do pagamento. Todavia, ao invés de pagar os R$8.200,00, a vítima registrou uma ocorrência de furto da motocicleta, decorrendo a prisão de um dos autores pela prática de receptação.

Diante desse quadro os irmãos resolveram se vingar da vítima, produzindo e divulgando o macabro vídeo. A vítima, ontem, entrou em contato com a mãe dela e relatou que, apesar de muito machucada diante das agressões sofridas, estava a salvo, escondida na casa de uma amiga.

Nesse contexto, a ocorrência policial de desaparecimento foi alterada para tortura e cárcere privado e os dois irmãos, que não estavam mais  em situação de flagrante delito, foram indiciados e irão responder pelos dois crimes.

 

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