Cidades

ENTRE AS CAPITAIS

Campo Grande tem menor incidência da Covid-19

Boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde indica 140 casos da doença na Capital

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Campo Grande tem a menor incidência do novo coronavírus (Covid-19) entre as capitais brasileiras. Com 140 casos confirmados da doença e ocupando o topo do ranking estadual, a Capital tem 15,63 pessoas contaminadas a cada 100 mil habitantes. O levantamento foi feito pelo Correio do Estado, dividindo a quantidade de pacientes positivos pela população local, tomando por base as estimativas mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os boletins epidemiológicos publicados até esta segunda-feira.

Para que a comparação fosse justa, já que municípios maiores logicamente têm mais pessoas com o novo coronavírus, o resultado da conta foi multiplicado por 100 mil. Em números absolutos, Palmas é a capital com menos casos confirmados. O local tem 83 contaminados, dos quais dois morreram. O número parece baixo, mas, ao levarmos em consideração que a principal cidade do Tocantins tem 299 mil habitantes, a incidência da Covid-19 por lá é de 27,75.

Do mesmo modo, São Paulo concentra maior quantidade de casos confirmados a nível nacional. Conforme a Secretaria de Saúde, são 19.822 doentes na capital paulistana.  

Contudo, a megalópole tem mais de 12 milhões de pessoas e, com isso, a incidência da doença pandêmica (161,79 casos a cada 100 mil pessoas) está longe de ocupar o primeiro lugar no ranking nacional. O posto pertence a Teresina. Com 864.845 habitantes, algumas dezenas de milhares de diferença em relação a Campo Grande, o município piauiense tem 4.858 casos positivos do novo coronavírus, o que rende incidência de 561,72 casos dentro da faixa população utilizada nesta reportagem. Essa cidade também teve 14 óbitos causados pela doença.

Com 1,1 milhão de pessoas, São Luís ocupa a segunda colocação, com 2.963 pacientes contaminados e 197 mortes, o que lhe rende 268,90 infectados a cada 100 mil habitantes.  

Recife aparece em terceiro, com 247,43 casos confirmados nessa mesma faixa populacional. A capital nordestina tem 1,6 milhão de pessoas e 4.072 contaminados pela Covid-19. Por lá, também houve 273 mortes.

PISTAS

Para o epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz, Júlio Croda, a incidência baixa de Campo Grande em comparação com outras capitais se deve à tomada rápida de medidas de isolamento social em um momento em que nem se cogitava a perda do controle da doença a nível brasileiro.

“Foi um conjunto de atitudes. Primeiro, a decretação do isolamento social precoce; segundo, a implementação das barreiras sanitárias; terceiro, isolamento dos casos e contatos domiciliares por 14 dias; e quarto, a ampliação da testagem na medida do possível”, afirmou.

Vale frisar que a prefeitura foi uma das pioneiras em suspender as aulas, tendo sofrido inclusive críticas na época, quando havia apenas dois pacientes com a Covid-19. Uma semana depois, a mesma medida foi tomada a nível estadual.

Croda acrescenta que a guerra contra a doença ainda não acabou. “Nós estamos em um momento muito importante, achatamos a curva. Se observa isso pela incidência da doença. Agora, vamos para a fase do afrouxamento das medidas de isolamento. Nosso sucesso depende de como vamos lidar com isso”.

Segundo ele, as campanhas para uso de máscaras terão de ser intensificadas. “Pelo menos 70% da população vai ter de se proteger dessa forma ao andar na rua. Hoje, vemos que está bem abaixo disso, mas é algo que vamos ter de conquistar”, explica o epidemiologista.

Por isso, normas como a que permite embarcar no transporte coletivo apenas quem estiver usando equipamento de proteção são extremamente importantes.  

Os setores do comércio gradativamente são autorizados a reabrir. Rodoviária retomou as atividades parcialmente, somente em nível intermunicipal, mas a mais impactante delas está prevista para acontecer na segunda quinzena: o retorno às aulas.

“Agora, a grande questão é: retomando as atividades, será possível detectar e isolar precocemente os casos novos?”, conclui Croda.

Abolição do Estado

Saiba quem são os militares de MS indiciados pela PF por tentativa de golpe

De general da reserva a coronel que compôs tropas dos Black Kids e era "braço direito" do ajudante de ordens Mauro Cid

21/11/2024 18h22

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black Kids

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black Kids Reprodução Redes Sociais

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A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (21) 37 pessoas envolvidas na tentativa de golpe após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.

Entre os indiciados, que irão responder por ebulição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, estão um general da reserva e um coronel que compõe o pelotão conhecido como Black Kids de Goiás.

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black KidsReprodução Redes Sociais

Virgílio

O general da reserva Laércio Virgílio, de 70 anos, conforme a quebra de sigilo telefônico, mantinha contato com uma elite de militares cujo grupo ficou conhecido como “alta patente”.

O relatório da investigação, que foi tornado público, apontou conversas que ele teve com Ailton Gonçalves Moraes Bastos, com quem serviu na Brigada de Paraquedistas no Rio de Janeiro e também no 9º GAC, em Nioaque, no ano de 1999.

Em uma troca de mensagens com Ailton (que também foi indiciado), chegou a dizer abertamente que é “momento de ação”; veja:

"O meu próximo áudio agora, assim, vai te dar o conceito da operação, entendeu? O conceito da operação. Que tem que ser executado. Num... num... num tem mais, assim: não, será, que não será, o que que vai... Foda-se! Agora, entendeu, é ação. Então, esse próximo áudio, também, além do ZERO UNO, aí tem que ser passado pra todo aquele pessoal que você passa sempre, entendeu? Então agora, negão, é... assim... a... Já estamos em guerra, né? Só que agora é a... assim... Temos que executar essas ações. Vou dar o conceito da operação. É... A execução eu não tô mais em condições de fazê-la, senão eu ia até aí pra comandar essa porra aí dessa operação que eu vou falar agora pra você."

  • Entenda: “Zero Uno” é a forma como ambos se referiam ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ailton Gonçalves Moraes Barros, militar reformado com quem o general de Mato Grosso do Sul mantinha um contato estreito, chegou a ser eleito suplente de deputado estadual pelo PL do Rio de Janeiro. Terminou preso pela Polícia Federal, acusado de atuar na inserção no sistema de dados ilegais do cartão de vacina da Covid do ex-presidente. Ele está entre os indiciados.

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black KidsReprodução Redes Sociais

Corrêa Neto

O coronel Bernardo Romão Corrêa Neto comandou também o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado (10º R C Mec) em Bela Vista e permaneceu no cargo até 12 de janeiro de 2022, quando passou o comando e seguiu para compor os Black Kids em Goiás.

Corrêa Neto atuou na preparação e seleção de militares formados no curso das Forças Especiais (Black Kids) que agiriam durante a tentativa de golpe de Estado.

Bernardo é apontado pela Polícia Federal como homem de confiança do tenente-coronel Mauro Cid, o ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro.

Saiba: Enquanto o general Laércio Virgílio fazia parte do núcleo considerado como "inteligência" que discutia o engendramento do golpe com militares de alta cúpula, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto conduziria a tropa dos Black Kids, considerada elite do exército com formação pelo Curso de Operações Especiais.

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Coxim

Ex-sargento da PM é preso por estuprar a neta há oito anos

O crime aconteceu em 2016, quando o ex-sargento da PM abusou de sua neta quando tinha 10 anos

21/11/2024 17h30

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60ed556e 45ab 4bd5 8e7d 46b2d04365e4 1536x1152 PCMS/ Divulgação

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Ex-sargento da Polícia Militar, de 69 anos, foi preso nesta quinta-feira (21), condenado por estuprar a própria neta há 8 anos, no município de Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande.

Conforme informações da Polícia Civil, o crime aconteceu em 2016, quando a vítima, sua neta, tinha 10 anos de idade e foi estuprada pelo suspeito, que é um 3º Sargento aposentado da Polícia Militar. 

A ação, que contou com o apoio da guarnição do 5º Batalhão da Polícia Militar, também teve o auxílio da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Coxim.

O ex-sargento da policial militar está à disposição da justiça. Ele deve cumprir pena de abuso sexual, crimes de estupro praticado por menos que deve ultrapassar 18 anos de prisão

Como denunciar 

Polícia Miliar - 190: quando a criança está correndo risco imediato
Samu - 192: para pedidos de socorro urgentes
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres
Qualquer delegacia de polícia
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa
 

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