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Campo Grande tem uma das menores incidências de dengue no Estado

Há cinco anos Campo Grande não tem grande volume de casos; Saúde municipal credita essa melhora ao trabalho de agentes de saúde e ao método wolbachia

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Cinco anos depois da última epidemia de dengue, Campo Grande hoje vive outra realidade. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) expressa cautela para determinar se essa fase será ou não duradoura, em função da reintrodução do tipo 3 da doença, no entanto, atualmente, a Capital está entre os municípios com menor incidência da arbovirose em Mato Grosso do Sul.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o índice de casos notificados em Campo Grande, com dados do início deste mês, estava atrás apenas dos de Juti, Taquarussu e Novo Horizonte do Sul, municípios que até então sequer haviam registrado episódios da doença.

Segundo os números da Sesau, que estão mais atualizados, foram notificados 631 casos prováveis na Capital, ainda assim, a incidência por 100 mil habitantes continua baixa.

Conforme a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, a boa situação pode ser creditada a vários fatores, como a implantação do método wolbachia e o trabalho das equipes de saúde.

“A Wolbachia é uma das ferramentas que auxiliam no combate ao vetor causador de dengue. Essa ferramenta, aliada às demais atividades desenvolvidas pela Coordenadoria de Controle de Vetores, é que resulta nesses números positivos. As intensificações das visitas domiciliares, a borrifação com fumacê, o trabalho de educação em saúde realizado nas escolas e com a população... Então, é um conjunto de fatores”, avaliou Veruska Lahdo.

Outro fator que tem contribuído para a baixa proliferação da doença é a seca. No ano passado, a Capital teve o verão mais seco desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que começa em 1981. Este ano, até agora, o acumulado é ainda menor.

A última vez que houve um decreto de epidemia foi em 2020, quando mais de 20 mil casos de dengue foram notificados ao longo do ano. O número, apesar de parecer alto, é menor que o de anos anteriores, como em 2019, quando foram 44,9 mil casos notificados.

E foi justamente em 2020 que Campo Grande começou a implantar o método wolbachia, que consiste na soltura de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, da zika e da chikungunya se desenvolvam no mosquito. A medida ajuda a reduzir os casos porque busca introduzir na natureza insetos com a bactéria.

A soltura de mosquitos com a bactéria Wolbachia foi encerrada no ano passado. A partir de agora, a Sesau passará dois anos monitorando os resultados desse programa.

“O resultado é satisfatório, segundo a Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], com a maioria das áreas acima de 70% [de predominância do wolbito]”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau.

Apesar dos bons resultados dos últimos anos, sempre abaixo dos 20 mil casos notificados durante o ano todo, Veruska Lahdo prega cautela.

“Ainda tratamos com cautela porque em abril do ano passado tivemos mais de 2 mil notificações no mês. Ainda é cedo para falar [de um novo momento] por conta da reintrodução da dengue tipo 3 no País. Desde 2023, o Ministério da Saúde vem alertando sobre o retorno do sorotipo 3 da dengue, que há mais de 15 anos não circulava no País, e este ano confirmamos quatro casos deste tipo”, explicou.

“O retorno de um sorotipo que há muito tempo não circulava é um indicativo de epidemia, mas a gente vem monitorando os números e, por enquanto, só tivemos esses quatro casos confirmados”, afirmou Veruska.
O último registro de circulação do sorotipo 3 da dengue na Capital havia ocorrido em 2007, o que significa, segundo a Sesau, que grande parte da população, especialmente os mais jovens, nunca teve contato com este vírus.

EM TODO O ESTADO

Apesar dos bons resultados de Campo Grande, nem todas as cidades de Mato Grosso do Sul vivem um bom momento em relação ao número de casos de dengue. Segundo dados do último boletim epidemiológico da SES, 20 dos 79 municípios do Estado apresentam alta incidência da doença, sendo Jateí, Selvíria e Japorã os que estão em pior situação.

Em todo o Estado, já ocorreram 3,8 mil notificações, 1,2 mil confirmações da doença e 3 mortes. Dois óbitos ainda estão em investigação.

Os três óbitos foram de mulheres idosas. A primeira morte foi de uma mulher de 76 anos, em Inocência, e a segunda, de uma idosa de 65 anos, em Três Lagoas – ambas as mortes ocorreram em janeiro. O terceiro óbito ocorreu em fevereiro, uma mulher de 88 anos, em Nova Andradina.

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campo grande

Pet shop que prescreve medicamentos e aplica vacinas sem médico veterinário é condenado

Justiça considerou que atividades são típicas e privativas de profissional da área veterinária e determinou a contratação do profissional, além de manter multa

22/03/2025 16h31

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS Arquivo

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Um pet shop de Campo Grande, localizado nas Moreninhas, que faz prescrição de medicamentos e realiza vacinação sem um médico veterinário deverá contrarar um profissional e efetuar o registro do estabelecimento no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS).

A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) confirmou decisão que manteve auto de infração emitido pelo CRMV-MS contra a empresa.

Os magistrados seguiram o previsto na Lei nº 5.517/1968 de que a prática clínica e assistência técnica aos animais são atividades privativas da área veterinária. 

Conforme o processo, durante fiscalização do CRMV, foi constatado que o pet shop não tinha registro no conselho e nem um responsável técnico, mas oferecia os serviços de vacina e prescrição de medicamentos, e foi aplicada multa.

A empresária responsável acionou o Judiciário contestando a infração.

Ela argumentou que atua em um pet shop, no comércio de animais vivos, artigos de embelezamento e alimentos para animais de estimação, o que dispensaria a obrigatoriedade de inscrição no CRMV e a contratação de médico. 

Em primeira instância, a 2ª Vara Federal de Campo Grande julgou o pedido improcedente e manteve as sanções aplicadas pelo conselho. A mulher recorreu ao TRF3.  

Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal relator Souza Ribeiro, considerou comprovantes originários de fiscalização conjunta efetuada no estabelecimento.  

Segundo o magistrado, documentos demonstraram receituários timbrados da empresa com prescrições de remédios para animais diversos, além de medicação injetável em uso, carteiras de vacinação em branco e tabela de preços com a oferta de consultas, exames e vacinas. 

“Embora os atos constitutivos da empresa indiquem como objeto social tão somente a atividade de venda de medicamentos e alimentos para animais de estimação, os documentos apresentados pelo réu, oriundos de fiscalização conjunta do Procon e Decon/MS, demonstram a presença de receituários contendo prescrições de medicamentos para animais diversos com o timbre da empresa, medicamento injetável em uso, juntamente com seringas, carteiras de vacinação em branco”, fundamentou o relator. 

“O auto de infração goza de presunção de legitimidade e veracidade, pois se trata de ato administrativo, subscrito por servidor dotado de fé pública. As alegações apresentadas pela apelante em nada interferem no reconhecimento da legalidade da autuação”, concluiu o magistrado. 

Com esse entendimento, a Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.

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Militar da Marinha de MS é preso com droga avaliada em R$ 100 mil em MG

Ele saiu de Corumbá e tinha como destino a cidade de Uberaba, mas foi flagrado durante operação da Polícia Militar mineira com carga de supermaconha

22/03/2025 14h30

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro Foto: Divulgação / PMMG

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Um militar da Marinha do Brasil, de 33 anos, lotado no 6º Distrito Naval de Ladário, em Mato Grosso do Sul, foi preso por tráfico de drogas em Frutal (MG), na última quinta-feira (20).

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o flagrante aconteceu por meio do Grupo Tático Rodoviário da Polícia Militar Rodoviária (GTR/BPMRv), durante operação de combate ao tráfico de drogas na cidade de Frutal.

O militar estava em um Honda Civic e quando foi abordado, disse que iria visitar um amigo, mas entrou em contradição e não soube informar qual seria o endereço do suposto amigo, além de demonstrar nervosismo.

Diante da suspeita, os policiais fizeram uma vistoria minuciosa no veículo e encontraram oito pacotes de droga em um compartimento secreto dentro do tanque de combustível.

No total, foram apreendidos 4,3 quilos de skunk, conhecida como supermaconha, por ser de origem da planta cannabis sativa com concentração elevada de tetraidrocanabinol (THC).  A droga está avaliada em R$ 100 mil.

Segundo o site Portal Itatitaia, durante a abordagem, o militar quebrou o próprio celular e precisou ser imobilizado. Ele permaneceu em silêncio durante o flagrante. 

O militar foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Frutal, onde o caso será investigado. O nome do suspeito não foi divulgado.

Em nota, o Comando do 6º Distrito Naval, informou que está acompanhando o caso e irá colaborar com os órgãos competentes na investigação.

O que é skunk?

O skunk, conhecido também como “skank” ou “supermaconha”, é uma droga pertence ao grupo dos canabinóides, mas com efeitos mais potentes e nocivos ao cérebro do que a maconha tradicional.

O skunk é produzido a partir do cruzamento genético e do cultivo hidropônico da planta Cannabis sativa, a mesma que dá origem à maconha.

A droga é criada em laboratório através da manipulação de espécies com engenharia genética e tem uma concentração mais forte de THC (Tetra-hidro-canabidinol), substância psicoativa que age alterando os níveis de serotonina e de dopamina, os hormônios ligados às sensações de prazer e satisfação no cérebro.

Alguns estudos apontam que a concentração de THC do skunk pode ser de sete a dez vezes maior do que a encontrada na maconha, com uma porcentagem de aproximadamente 20% na droga sintética (ou de 40%, dependendo da versão “híbrida”) contra 2,5% na sua forma tradicional.

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