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São Paulo

Cão morre após atraso em voo, afirma dona

Cão morre após atraso em voo, afirma dona

folha

20/09/2011 - 01h00
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Um cachorro da raça pug morreu na terça-feira (13) após ficar cerca de 10h na caixa usada para transportar animais em voos. Segundo os donos do animal, o cão teve parada cardiorrespiratória ao desembarcar em Vitória (ES) depois de um atraso no embarque em São Paulo.

A jornalista Mariana Castelar de Oliveira, 26, afirmou que ela e o marido mudaram de São Paulo para Vila Velha (ES) em janeiro. Na semana do incidente, eles vieram para São Paulo buscar os três cachorros pug --duas fêmeas e um macho, chamado Santiago.

"Nós ligamos para a Gol para saber como transportar os três animais. Eles explicaram que só transportavam dois, mas que era para preencher um formulário para a liberação do terceiro. Nós fizemos isso e, às 5h30, como a empresa nos orientou, estávamos no aeroporto de São Paulo", afirmou Mariana, que viajou com o marido --que é esteticista canino-- e a filha de um ano e quatro meses.

Ainda de acordo com ela, os funcionários levaram os três cachorros para serem colocados nas caixas de transporte, mas houve um atraso para o check-in de tudo. "Sugeriram para a gente embarcar às 10h50 em vez das 7h, mas esse voo atrasou mais de três horas. Meu marido pediu aos funcionários para que pudéssemos ver os cães e levar água, porque estava muito calor. Porém eles informaram que não era permitido e que os animais estavam bem", disse a jornalista.

Mariana contou que desembarcou em Vitória às 15h --cerca de 10 horas depois da chegada no aeroporto de São Paulo. Quando os animais foram entregues, dentro das caixas, o macho Santiago estava com a respiração ofegante.

"Saímos correndo do aeroporto e fomos para um veterinário, que ainda tentou reanimá-lo, mas ele não resistiu e morreu por parada cardiorrespiratória."

A jornalista afirmou que o cão tinha três anos e meio e era saudável e que, de acordo com o veterinário, ele estava cianótico (coloração arroxeada da pele devida à oxigenação insuficiente) e com hipertermia (temperatura elevada).

Ela afirmou ter entrado em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor da Gol, que pediu para que ela anotasse um protocolo e informou que até esta terça-feira (20) eles dariam uma reposta sobre a morte de Santiago.

"A única coisa que conseguimos, e por meio da assessoria de imprensa da empresa, foi uma resposta de que a Gol sente muito pelo ocorrido", afirmou Mariana.

A companhia aérea Gol informou, por meio de nota, que lamenta profundamente pelo ocorrido e que um de seus diretores entrou em contato com o casal na semana passada para pedir desculpas em nome da companhia, fornecer informações sobre a apuração interna e se colocou à disposição para prestar todo o suporte possível.

"Durante esse contato, o cliente se reservou no direito de falar somente por meio de seu advogado. Em respeito a isso, a Gol prestará os esclarecimentos diretamente aos envolvidos", informou a nota.

A companhia não informou se, durante o período em que os animais esperaram pela viagem, eles receberam algum tipo de cuidado --como água e alimentação.

MATO GROSSO DO SUL

Protesto indígena contra falta d'água bloqueia rodovia no interior de MS

Na última semana houve lançamento do programa "Água para Todos" em benefício de 35,6 mil pessoas de aldeias guarani-kaiowá; lideranças Jaguapiru e Bororó apontam em ação problemas que se arrasta há décadas

25/11/2024 10h15

Com tratores; pedras; árvores e veículos de moradores das comunidades, o bloqueio deve seguir por tempo indeterminado

Com tratores; pedras; árvores e veículos de moradores das comunidades, o bloqueio deve seguir por tempo indeterminado Reprodução/Aparecido Francisco/ItaporãAgora

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Lideranças indígenas Jaguapiru e Bororó começaram, na manhã desta segunda-feira (25), protestos com pontos de bloqueio na rodovia MS-156 no interior de Mato Grosso do Sul, sinalizando o problema da falta d'água que esses povos originários da região de Dourados e Itaporã enfrentam há décadas. 

Entre as lideranças das comunidades, Ramon Fernandes destaca - em entrevista ao repórter Sidnei Bronca pelo Instagram, que você confere abaixo - que os bloqueios acontecem em três pontos da rodovia:

  • Na divisa Dourados/Itaporã,
  • No trecho da rotatória em frente às mercearias e
  • No trecho em frente à Planacon 

Com tratores; pedras; árvores e veículos de moradores das comunidades, o bloqueio que deve seguir por tempo indeterminado começou ainda nas primeiras horas da manhã de hoje (25), movido pelo medo de que esses indígenas fiquem desabastecidos faltando um mês para as festividades do final de ano. 

"Também somos douradenses, falei para o pessoal, agora é tudo ou nada, se não formos para a briga vai passar Natal e Ano Novo todo mundo sem água. 

Todo vida só vêm e falam em conversa com a gente, não por documento, com responsabilidade. Eles vêm e falam que vão jogar o mel na boca não é de hoje, há anos que fazem isso então queremos um fim", expõe a liderança. 

O bloqueio desse trecho da rodovia, que corta a reserva indígena, já estava previsto há algum tempo - "a comunidade da Reserva Indígena de Dourados já não aguenta mais" dizia o texto de chamamento - o que segundo a liderança motivou que um caminhão pipa chegasse à região ontem (24), entre 21h e 22h. 

Ainda assim, o receio desses povos Jaguapiru e Bororó é que, o pouco seja dado agora de imediato diante da pressão e, posteriormente, as comunidades acabem desabastecidas sem a continuidade do serviço ou alguma medida definitiva. 

Segundo os indígenas, promessas já foram feitas, desde que poços seriam furados, até mesmo o fornecimento dos caminhões pipas, porém o que eles cobram é algo formalizado por escrito, para que o benefício não seja apenas por palavras, no famoso "boca a boca".

"MS Água para Todos"? 

Na última quinta-feira (21), mesmo que a oficialização da demarcação da Terra Indígena (TI) Ñande Ru Marangatu, em Antônio João, tenha sido adiada para início de dezembro, a ministra dos Sonia Guajajara esteve em Ponta Porã em cumprimento de agenda Federal. 
 
Na ocasião, o Governo de Mato Grosso do Sul celebrou convênios com a Itaipu Binacional com três principais eixos: 

  • Transferência de renda;
  • Acesso a serviços públicos;
  • Inclusão produtiva.

Justamente nesse segundo eixo está inserido o  Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água - MS Água para Todos, que conta com investimento de cerca de R$ 60 milhões, R$ 45 mi de Itaipu Binacional e R$ 15 mi aportados pelo Governo do Estado. 

Através desse projeto, a previsão é beneficiar cerca de 35,6 mil pessoas de oito aldeias ou TI's das etnias guarani-kaiowá de seis municípios: 

  1. Amambai
  2. Caarapó
  3. Japorã
  4. Juti
  5. Paranhos
  6. Tacuru

Guajajara destacou a insuficiência da abragência, afirmando que o mandato não deve terminar sem que a questão da falta do acesso à água seja resolvida, apontando locais que, como os indígenas em protesto, ficaram de fora do pacote. 

"Temos um projeto para levar água a outros territórios, incluindo Dourados, o que já está no nosso planejamento", completou Guajajara. 

 

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SAÚDE

Conscientização sobre o câncer de próstata aumentou, mas tabu sobre o tema ainda é desafio

A conscientização sobre o câncer de próstata no País aumentou no período pós-pandemia, mas o tabu segue sendo um desafio, diz um levantamento divulgado recentemente que se baseou na venda de medicamentos e no número de beneficiários que procuram tratame

25/11/2024 10h00

Para especialista, abordagem da saúde masculina deve ser abrangente para aumentar os cuidados e a aderência aos tratamentos

Para especialista, abordagem da saúde masculina deve ser abrangente para aumentar os cuidados e a aderência aos tratamentos Foto: REPRODUÇÃO

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O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, representando 29% dos casos da doença e ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de quase 72 mil casos da doença para o ano que vem. A tendência no aumento do número de diagnósticos vem acompanhada do incremento de opções de tratamentos mais efetivos para cenários de diagnóstico precoce, e a adesão é um dos principais fatores de combate à doença.

Quando detectado precocemente, esse tipo de câncer tem grandes chances de cura com tratamentos cada vez menos invasivos. É fundamental, portanto, ter acompanhamento médico adequado para a realização de exames periodicamente e, no caso de diagnóstico, definir o melhor tratamento, que pode ser cirúrgico, por radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal ou prescrição de fármacos, dependendo da localização e do estágio da doença. 

Um levantamento da epharma, uma das principais plataformas de gestão de benefícios de saúde do País, demonstrou crescimento nas vendas de medicamentos para câncer de próstata entre os meses de janeiro e setembro dos últimos dois anos.

No período pós-pandemia, o aumento foi de 253% nos primeiros nove meses de 2022 para 2023 e de 54,6% de 2023 para 2024.

“A campanha Novembro Azul tem contribuído para aumentar a conscientização da população masculina sobre a necessidade da realização de exames de rastreamento do câncer de próstata para aumentar as possibilidades de cura. Nessa jornada, nos dedicamos a programas que facilitem e aumentem a aderência aos tratamentos medicamentosos”, explica Wilson Oliveira Junior, um dos vice-presidentes da empresa, que tem 25 anos de atuação. 

“Somente entre janeiro e setembro deste ano, por exemplo, tivemos crescimento de aproximadamente 32% no número de beneficiários para tratamento de câncer de próstata, e a economia gerada nas vendas de medicamentos foi de quase R$ 1,2 milhão”, complementa o executivo. 

Para Daniel Vargas Pivato de Almeida, oncologista e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer, a conscientização sobre a doença tem aumentado, mas ainda há desafios.

“Enfrentamos uma barreira na atuação preventiva e nos cuidados de saúde de pacientes do sexo masculino representada pelo preconceito. Discutir com o homem sobre sua saúde é, muitas vezes, um tabu”, afirma o especialista. 

Uma das discussões do meio médico é referente à abordagem da saúde masculina sob a perspectiva de bem-estar geral.

“Não devemos restringir apenas ao câncer de próstata, mas abordar também outras condições de saúde que afetam os homens, como doenças cardiovasculares, diabetes e saúde mental”, acrescenta Almeida. 

SINTOMAS E PREVENÇÃO

Na maioria dos casos, o câncer de próstata é silencioso, sem sintomas na fase inicial. Algumas vezes, pode apresentar sinais relacionados à capacidade miccional, como sintomas irritativos ou obstrutivos urinários. Em casos mais avançados, os pacientes podem manifestar vontade frequente de urinar, inclusive à noite; sangue na urina ou no sêmen; fluxo da urina interrompido ou sensação de bexiga cheia mesmo após urinar; dor ao urinar; disfunção erétil; e dor nos ossos, como os do quadril, das coxas e das costas.

As medidas de prevenção do câncer de próstata incluem a adoção de hábitos de vida saudável, como atividade física regular, dieta balanceada e o combate ao tabagismo e à obesidade, bem como o acompanhamento médico.

PSA GRÁTIS EM CG

No ano passado, foram 70 mil novos casos e 17 mil óbitos pela doença no País, segundo o Inca, ressaltando a importância de iniciativas que promovam a conscientização e o diagnóstico precoce.

Em sua campanha de Novembro Azul, o Hospital de Câncer de Campo Grande – Alfredo Abrão (HCAA) realiza exames gratuitos de PSA, que ajudam no diagnóstico de possíveis alterações na próstata, até este sábado, sempre a partir das 5h.

A iniciativa é voltada exclusivamente aos homens com idade entre 45 e 75 anos. Basta levar o RG, o CPF e o Cartão Sus e cumprir o protocolo de preparo para o exame: jejum de quatro horas, não manter relações sexuais nas 72 horas anteriores e não ter realizado atividade de montaria, como andar de bicicleta, moto ou cavalo. Endereço: Rua Marechal Rondon, nº 1.053, Centro.

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