Cidades

Rock in Rio

Capital Inicial dedica música 'Que País É Esse' a José Sarney

Capital Inicial dedica música 'Que País É Esse' a José Sarney

DA REDAÇÃO COM PORTAL UOL

25/09/2011 - 16h28
Continue lendo...

O clima ficou pesado para o lado do presidente José Sarney que teve o nome - cantado em coro por milhares de pessoas no Rock Rio, ontem durante o show do Capital inicial - associado a um palavrão muito conhecido. Ex-presidente da República, ele foi responsável pela criação de planos econômicos - o Cruzado e suas respectivas versões - que jogou o Brasil na mais galopante inflação.

Sarney também é o patriarca de clã político,  da qual se destaca a filha Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão, e integra a Academia Brasileira de Letras. Há muitos anos trafega no poder, seja quem estiver no comando.

Oposição, ou situação, lá está Sarney.

Dessa forma, o show do Capital Inicial no Rock in Rio vai dar muito pano pra manga. A banda se apresentou no Palco Mundo na noite deste sábado (24) e acabou fazendo muito mais do que pular e tocar músicas que todos que ouvem qualquer rádio do país sabem cantar.

O grupo se emocionou, fez dedicatória ao filho de Ciça Guimarães - que completaria 20 anos nesse Rock in Rio-, cometeu erros de bandas de garagem e ainda deixou a orelha do xerifão José Sarney ardendo ao fazer 100 mil pessoas cantarem uma música de protesto em seu nome.

O show começou com o último hit do grupo que, pra variar, explodiu nas rádios durante o ano, a faixa 'Como se Sente'. O coro modesto do público que não se entusiasmou com a nova composição foi logo colocado em prática na música seguinte, 'Independência'.As canções seguintes contaram com certa pirotecnia no palco.

Destaque para a impolgação de Dinho Ouro Preto em 'Quatro Vezes Você' que acabou com um erro 'juvenil' na volta do solo de guitarra da música. O veterano do rock'n roll nacional errou o tempo da música e quase complicou o resto da banda. Errar uma vez é normal, não? E duas? Pois é, o vocalista ainda cometeu o mesmo erro na faixa 'Depois da Meia Noite'. Mas tudo bem, é Rock in Rio.

Depois da música, ele aproveitou para dedicar 'Como Devia Estar' ao filho falecido de Ciça Guimarães, que era fã de Red Hot e completaria 20 anos durante esta edição do Rock in Rio.A apresentação do grupo ganhou o público com 'Primeiros Erros'. "Em um país tão dividido por times de futebol, religiões e posições políticas, a música pode unir todo mundo em uma só voz", disse Dinho Ouro Preto antes de pedir para que todos cantassem juntos o final da música.

O Capital Inicial estava fazendo quase um discurso de palestra motivacional quando seu vocalista se deu conta do ambiente. Ainda emocionado, ele segurou os ânimos e mudou o rumo da prosa: "Chega de balela, é rock'n roll na veia agora", disse, antes dos integrantes da banda puxarem um cover de 'Shoud I Stay or Shou I Go', da lenda do punk The Clash.Em seguida veio o grande climax do show.

Após tocar 'Música Urbana', Dinho distribuiu algumas garrafas de água para os fãs que passavam mal à frente do palco e explicou a razão pela qual estaria tocando a próxima música. "Quando a gente era garoto lá em Brasília, havia três coisas que a gente gostava de fazer: Andar de skate, tocar rock'n roll e falar mal do governo", lembrou, afirmando que não poderia deixar 'Que País É Esse' de fora do seu setlist."Essa música é em especial para José Sarney", disse, ao puxar a canção que mete o pau na corrupção do governo brasileiro.

A música foi cantada com toda a força pelo público. De alguns lados da pista se ouvia coro de palavrões contra Sarney. Apesar das críticas, o vocalista adotou um tom despolitizado quando disse "Nunca confie em um político".Com os ânimos à flor da pele, o show continuou com uma sequência de músicas do Aborto Elétrico - banda que deu origem ao Capital e ao Legião Urbana, passou por "Mulher de Fases" - música hit nas mãos do Raimundos, e encerrou com "Veraneio Vascaína", colocando fim a um show de hits que levantou a pista na Cidade do Rock. 

Economia

Uso do cartão do Bolsa Família para apostas esportivas é proibido, declara ministro

Segundo Wellington Dias, a proibição geral para o uso de cartões de crédito nas plataformas também vale para os cartões do programa social

17/10/2024 21h00

As Bets virm problemão para a economia brasileira

As Bets virm problemão para a economia brasileira Bruno Peres

Continue Lendo...

O ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) afirmou nesta quinta-feira (17) que o cartão do Bolsa Família não poderá ser usado como meio de pagamento em sites de apostas online.

Segundo o ministro, a proibição geral para o uso de cartões de crédito nas plataformas também vale para os cartões do programa social. "Essa decisão já foi adotada e agora estamos na fase de implementação do ponto de vista técnico", disse.

No início do mês, o governo havia recuado de bloquear o cartão do Bolsa Família para bets.
Nos dias anteriores, havia expectativa de algum anúncio específico para beneficiários do programa que se endividaram com as apostas esportivas online. Mas a avaliação do governo foi de que é melhor esperar para ver como as medidas já anunciadas pelo Ministério da Fazenda podem impactar o mercado.

Na semana passada, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) começou a derrubar bets que não têm autorização para atuar no país. Cerca de 2.000 sites foram consideradas irregulares.  A maioria não formalizou o pedido para funcionar no país dentro do prazo estabelecido pelo governo.

Desde o início do mês, essas empresas operaram no Brasil com restrições. Elas ficaram disponíveis na internet para que os apostadores pudessem resgatar dinheiro disponível nas contas.

Outra medida que o governo espera que terá impacto é a proibição do uso de cartão de crédito para a realização das apostas online.

 

*Informações da Folhapress 

Economia

Dólar fecha em estabilidade; Bolsa cai com estímulos chineses abaixo do esperado

O dólar fechou próximo à estabilidade nesta quinta-feira (17), com leve queda de 0,07%, a R$ 5,659, com as novas medidas divulgadas pela China em foco

17/10/2024 20h00

O dólar fechou em queda de 0,44% nesta sexta-feira (2), aos R$ 5,709.

O dólar fechou em queda de 0,44% nesta sexta-feira (2), aos R$ 5,709. Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

Continue Lendo...

O dólar fechou próximo à estabilidade nesta quinta-feira (17), com leve queda de 0,07%, a R$ 5,659, com as novas medidas divulgadas pela China em foco.

A moeda passou boa parte do dia em alta leve e chegou a atingir a marca de R$ 5,688 na máxima, mas perdeu fôlego no final da tarde e virou para o sinal negativo nos minutos finais da sessão.

Já a Bolsa, que despencou na abertura, desacelerou queda para 0,72%, aos 130.793 pontos, com pressão da Vale e da percepção de risco fiscal.

O mercado brasileiro, assim como outros emergentes, tem estado sob pressão por causa do desempenho de commodities sensíveis ao desenrolar dos planos econômicos da China.
Nesta manhã, o governo chinês anunciou que aumentará os empréstimos bancários para o setor imobiliário, cuja crise é uma das principais causas para a desaceleração da segunda maior economia do mundo.

O montante será de 4 trilhões de iuanes (US$ 562 bilhões) até o final do ano, associado à ampliação de uma lista de projetos habitacionais elegíveis para financiamento.

O anúncio faz parte de uma série de medidas anunciadas nas últimas semanas com o objetivo de dar fôlego à economia chinesa, principal consumidora de commodities do mundo. A promessa, porém, decepcionou investidores.
Para analistas, foi apenas uma complementação de medidas de estímulo ao setor já apresentadas até aqui, levando-os a concluir que, na prática, não houve nenhuma novidade. A frustração voltava a pressionar os preços de matérias-primas, sobretudo o minério de ferro, que despencou 6% na Bolsa de Dalian.

"A China frustrou novamente o mercado, o que impacta commodities. Se é um dia mais fraco de commodities, você tem uma consequente pressão em moedas de países cuja pauta exportadora é muito associada a elas, que é o caso do Brasil", disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
Na Bolsa, isso se traduziu nas ações do setor de mineração: a Vale, maior empresa do Ibovespa, despencou 2,53%, puxando o índice para baixo.
Internamente, outro fator afetou a Bolsa: a cautela dos investidores quanto às contas públicas ("risco fiscal", no jargão econômico).

Após a ministra Simone Tebet (Planejamento) confirmar planos de corte de gastos, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou que a área econômica do governo mira uma "dinâmica suficiente para garantir vida longa ao arcabouço fiscal".

O ajuste nas despesas tem sido defendido pelo mercado desde a elaboração do arcabouço fiscal, o conjunto de regras sobre as contas públicas em vigor desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Chegou a hora para levar a sério a revisão de gastos públicos no Brasil", disse a ministra Simone Tebet na terça, depois de uma reunião com Haddad. A proposta do governo é endereçar a questão com uma série de medidas em três pacotes.

"Nós estamos muito otimistas que esse pacote terá condições de avançar na mesa do presidente", disse Tebet. As propostas que serão enviadas a Lula, esclareceu, já passaram pelo crivo da equipe econômica, e o primeiro conjunto de medidas deve ser apresentado ao presidente logo após o segundo turno das eleições municipais, em 27 de outubro.
A pretensão é que ele seja enviado ao Congresso Nacional em seguida, permitindo que algumas das propostas sejam aprovadas ainda neste ano e outras no início de 2025, segundo a ministra.

Ela não forneceu detalhes sobre quais medidas irão compor a revisão de gastos, mas afirmou que uma das propostas analisadas teria potencial de aumentar o espaço fiscal em até R$ 20 bilhões.

Segundo Haddad, o ajuste será uma agenda prioritária do governo até o fim do ano e o desenho está bastante avançado. Os anúncios de medidas que irão compor a revisão, no entanto, só serão feitos quando "o governo estiver todo alinhado em relação aos propósitos", afirmou.

De acordo com o economista-chefe da Genial Investimentos, José Marcio Camargo, "a falta de indicações sobre quais reformas estão em discussão e quanto será economizado caso o projeto seja aprovado gera mais dúvidas entre os investidores sobre o que será efetivamente enviado ao Congresso".

"Diante do elevado nível de incerteza fiscal, o governo somente consegue captar recursos para financiar a dívida em prazos cada vez menores a custos mais elevados e pressão permanente sobre o real."

Com o ceticismo em relação às contas públicas, os juros futuros avançaram neste pregão, o que reverberou na Bolsa.

Os contratos futuros ainda foram pressionados pelo avanço dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, com apostas sobre os juros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) sob ajustes.
As vendas no varejo aumentaram um pouco mais do que o esperado em setembro, consolidando a visão de que a economia manteve um ritmo forte de crescimento no terceiro trimestre.

O índice aumentou 0,4% no mês passado, após marcar 0,1% em agosto. Economistas consultados pela Reuters esperavam avanço de 0,3%.
Já os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 241 mil na semana encerrada em 12 de outubro, ante expectativa de 260 mil.

Os sinais de resiliência da economia endossaram as expectativas de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros dos Estados Unidos na próxima reunião, com probabilidade de 89% na ferramenta CME Fed Watch. As chances de manutenção da taxa subiram para 11%.

Também esteve no radar a decisão de política monetária do Banco Central Europeu, que decidiu reduzir os juros em 0,25 ponto percentual pelo segundo encontro consecutivo. O banco, no entanto, não forneceu sinais sobre seus movimentos futuros.
 

*Informações da Folhapress 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).