Cidades

FOLIA

Carnaval de Campo Grande é palco de diversão da criançada

Domingo de folia serviu para pais tiraram as crianças de casa e aproveitarem a celebração em família

Continue lendo...

Com o bloco deste domingo (02) trazendo o já popular "Capivarinha Blasé", o Carnaval hoje serviu para os pais tirarem as crianças de casa e aproveitarem essa celebração em família. 

É o caso do casal Leandro Moreira, de 39 anos, professor de Química na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Karla Moreira, fisioterapeuta  de 35, que aproveitaram para trazer os pequenos Raule Davi para a folia. 

Radicados em Campo Grande há quase uma década, eles comentam que essa é a primeira vez que aproveitam o bloco em família na Capital, já que o interior sempre foi destino nessa época do ano. 

"Geralmente a gente passa o Carnaval na casa dos nossos familiares em Três Lagoas. Por enquanto estamos achando legal, trouxemos as crianças pela primeira vez, é tudo novidade para eles", comenta Leandro. 

Com sete e três anos, Raul e Davi se refrescavam na Esplanada Ferroviária saboreando o popular "geladinho", com os pais indicando que os passeios em família se baseiam principalmente na degustação. 

"Acho que estão gostando, principalmente a parte da comilança. Churros, pirulito e alguns salgados também... sair de casa é sinônimo de comida", diz o pai. 

O casal explica que, em família, a folia dura até a hora que as crianças cansarem, estratégia essa adotada também por outros foliões, que aproveitam os blocos nas ruas de Campo Grande para tirar os filhos. 

Juliane Blanco, de 30, é estudante de pedagogia e levou as duas filhas para a folia, Êmile e Maya, de três e nove anos respectivamente, sendo um desses casos de aproveitar a folia para tirar as pequenas de frente das telinhas e para a mãe ter um tempinho longe da bagunça em casa. 

"Trouxe para elas se divertirem, aproveitando o calor e o sol, porque ficar em casa é só dando trabalho e bagunça", brinca a mãe que pelo segundo ano consecutivo curte o Carnaval em Campo Grande com as filhas.

Além disso, Juliane explica que o Carnaval de Campo Grande é a oportunidade perfeita não só para livrar as crianças das telinhas e aparelhos eletrônicos, mas também uma chance de mostrar para elas toda a raiz de uma cultura mais antiga do que elas podem imaginar. 

"Agora a gente aproveita o carnaval com a molecada para trazer essa raiz. Ficam só na internet e celular, sem dar sossego, então o jeito é trazer para ter a infância na rua que a criançada está precisando se desconectar um pouco", complementa ela. 

Sequência da folia

Desde a sexta-feira (28) o campo-grandense tem ido às ruas celebrar o Carnaval, com o público local indo em peso no primeiro sábado de folia (1º de março), que fez inclusive as forças de segurança divergirem, com uma diferença de 12 mil foliões no balanço divulgado pela Guarda Civil e Polícia Militar. 

Quem estava na região da Esplanada pôde conferir, a partir das 17h30, o bloco espalhar a energia do Carnaval saindo pela Avenida Calógeras em direção a Rua Maracaju, 14 de julho, Antônio Maria Coelho, até voltar para o local do palco e terminar a noite com samba e axé. 

Abaixo, você confere a programação dos blocos que colorem as ruas nesse início de semana: 

03 de março (segunda-feira)

  • Bloco Capivara Blasé Esplanada Ferroviária, das 14h às 00h.
  • Bloco Cia. Barra da Saia Teatro da Orla Morena, das 15h às 23h.
  • Desfile das Escolas de Samba Praça do Papa, das 19h às 00h.

04 de março (terça-feira)

  • Cordão da Valú Esplanada Ferroviária, das 15h às 00h.
  • Bloco Ipa Lelê Avenida Mato Grosso, das 16h às 00h.
  • Desfile das Escolas de Samba Praça do Papa, das 19h às 00h

 

Assine o Correio do Estado

Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

Continue Lendo...

Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

Assine o Correio do Estado

Cidades

TCE suspende licitação para reforma de ponte sobre o rio Paraguai

Inconsistências e riscos de gastos excessivos na licitação levaram o Tribunal de Contas do Estado a suspender o certame

13/12/2025 13h30

Imagem divulgação

Continue Lendo...

Menos de um mês depois de assumir como conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-integrante do governo do Estado, Sérgio de Paula, suspendeu a licitação de R$ 11,7 milhões para obras na ponte da BR-262, sobre o Rio Paraguai.

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (12), em edição extra do Diário Oficial do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

No dia 26 de novembro, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) lançou a licitação prevendo investimento de até R$ 11.728.608,10 para a execução de obras de recuperação estrutural.

Os envelopes com as propostas feitas pelas empreiteiras seriam abertos na segunda-feira (15). No entanto, foi determinada a suspensão do certame após a equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) identificar “inconsistências e lacunas” em informações como:

  • Caderno de desenhos;
  • Relatório de critérios e especificações técnicas;
  • Verificação estrutural;
  • Projeto de recuperação estrutural;
  • Projeto de sinalização temporária;
  • Plano de execução.

A justificativa para suspender o processo licitatório da reforma da ponte foram inconsistências no Projeto Básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência, em desacordo com a Lei nº 14.133/2021. Embora o projeto tenha avançado em sua conformidade com a nova Lei de Licitações, as lacunas técnicas e a necessidade de atualização são significativas. Para uma decisão embasada e para mitigar risos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, consta no ato.

Diante dos indícios de irregularidades no Estudo Técnico Preliminar (ETP) e no Projeto Básico, o relator, conselheiro Sérgio de Paula, determinou a aplicação de medida cautelar para suspender o processo licitatório até a regularização dos pontos apontados.

Previsão

Com previsão de início das obras somente no segundo trimestre de 2026, o valor estimado, como adiantou o Correio do Estado, indica que a reforma da ponte pode custar o dobro do apontado pelo ex-secretário de Obras, Hélio Peluffo.

Em 2023, ele previu gastos em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que tem sofrido diversas intervenções e situações que resultaram em tráfego em meia pista.

Essa situação ocorreu em 2023, quando a interdição durou mais de um ano, até que os reparos emergenciais fossem concluídos na pista de rolamento.

Além disso, há situação emergencial nos “amortecedores” instalados entre as pilastras e a parte superior da ponte (pista), que apresentam desgaste por falta de manutenção. Essa obra deverá ser bancada, agora, com recursos públicos.

Pedagiada "até ontem"
 

Investimento público em uma ponte seria algo normal não fosse a cobrança de pedágio, feita até setembro de 2022. Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou longos 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%. 

Se tivesse de repassar 35% dos R$ 2,6 milhões arrecadados por mês em 2022, a Porto Morrinho teria de pagar R$ 910 mil por mês ao Estado. Com a repactuação do contrato, porém, este valor caiu para a casa dos R$ 355 mil. Em ambos os casos os valores teriam alguma variação porque ainda seria necessário descontar impostos.

Ou seja, a repactuação garantiu R$ 555 mil mensais a mais aos cobres da concessionária, que mesmo assim não cumpriu com sua única obrigação, que era manter a ponte em condições de uso. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, ela continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

** Colaborou Neri Kaspary

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).