Cidades

SINDICARV

Carvão deixará de ser carga perigosa

Carvão deixará de ser carga perigosa

Da Redação

06/12/2010 - 10h31
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O SindCARV (Sindicato das Indústrias e dos Produtores de Carvão Vegetal de Mato Grosso do Sul) promove hoje, um Seminário do Carvão para discutir “o mito da combustão espontânea”, no auditório do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

O objetivo do evento é mostrar aos órgãos competentes, que estarão participando do Seminário, que o carvão não pode ser considerado como carga perigosa porque não oferece riscos aos usuários das rodovias federais, estaduais e municipais, nem tão pouco ao meio ambiente, quando transportados para o seu destino final em caminhões ou outros meios de transporte.

A Superintendência de Serviços de Transporte de Cargas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) fundamentou uma nota técnica em março desse ano esclarecendo que o produto não é considerado perigoso para transporte. Entretanto, apenas o Rio Grande do Sul acatou a medida.

Agora, Mato Grosso do Sul pode ser o segundo Estado a desclassificar o carvão como produto perigoso e de combustão espontânea. “Na verdade não queremos que o transporte seja revisto apenas em Mato Grosso do Sul, mas também no Brasil inteiro. A nota da ANTT mostra que o carvão não é classificado como carga perigosa a partir dos ensaios técnicos e científicos realizados pela CIENTEC, por isso as exigências devem mudar”, explica o presidente do SindiCARV, Marcos Brito.

Durante o evento, a Fundação de Ciência e Tecnologia (CIENTEC), vinculada à Secretaria da Ciência e Tecnologia do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, irá apresentar os estudos realizados com o carvão no Estado que comprovaram que o produto não apresenta riscos ao transporte. “Caso as autoridades não sejam convencidas. A Fundação poderá levar algumas amostras do carvão de Mato Grosso do Sul para o laboratório para provar que a combustão espontânea é um mito”, ressalta Marcos Brito.

Representantes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), PRE (Polícia Rodoviária Estadual), PMA (Polícia Militar Ambiental), MPE (Ministério Público Estadual) e MPF (Ministério Público Federal) devem participar do evento, além do governador André Puccinelli e dos deputados estaduais de Mato Grosso do Sul. O diretor da ANTT, também estará presente no evento.

Acidente grave

Carro bate em viatura descaracterizada e derruba 43 postes no Parque dos Poderes

Estavam no veículo duas idosas e após o impacto da colisão, passageira sofreu parada cardiorrespiratória

23/12/2024 10h15

Colisão deixou rastro de destruição nos entornos do Parque Estadual do Prosa

Colisão deixou rastro de destruição nos entornos do Parque Estadual do Prosa Foto: Paulo Ribas, Correio do Estado

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Um veículo conduzido por uma idosa de 63 anos bateu contra uma viatura descaracterizada e derrubou a 43 postes de concreto no Parque dos Poderes, no final da tarde desse domingo (22). Após o impacto da batida, ambos os veículos foram parar na área de mata do Parque Estadual do Prosa.

Segundo informações do registro policial, as idosas estavam em um Toyota Corolla, trafegando pela Avenida Afonso Pena. Quando ao passarem pela rotatória de ligação da via com a Avenida do Poeta, colidiram contra a lateral da viatura, uma caminhonete Toyota Hilux, que estava estacionada. 

Após a batida, ambos os veículos saíram da pista, derrubaram cercas e postes e invadiram o terreno ao lado. No local, ficou um rastro de destruição, com um total de 43 postes de concreto derrubados e 85 metros de cerca da reserva ambiental caídos.

Militares do Batalhão de Choque da Polícia, que fica em frente o local da batida, prestaram os primeiros socorros às idosas. Ambas as vítimas necessitaram de atendimento médico, e uma viatura da Unidade de Resgate de Suporte Avançado (Ursa) do Corpo de Bombeiros foi acionada

A motorista do Corolla foi encaminhada para um hospital particular com ferimentos leves. Já a passageira, sofreu uma parada cardiorrespiratória durante o atendimento médico e foi encaminhada para a Santa Casa. A vítima foi reanimada pelos bombeiros por cerca de 20 minutos. O estado de saúde é grave.

Ainda conforme o boletim de ocorrência, a viatura atingida ficou sob responsabilidade da Policial Militar. O caso está registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol; e segue em investigação pela Polícia Civil.

Confira mais imagens de como ficou o entorno do local do acidente:

 
Fotos: Paulo Ribas, Correio do Estado

CAMPO GRANDE

Promessa de instalar ares-condicionados em escolas do município fica para 2025

Problemas estruturais atrasam melhorias previstas em escolas da Capital, incluindo climatização e ampliação de unidades

23/12/2024 09h30

Escola Municipal Rachid Saldanha Derzi, em Campo Grande, uma das unidades que ainda não recebeu ares-condicionados

Escola Municipal Rachid Saldanha Derzi, em Campo Grande, uma das unidades que ainda não recebeu ares-condicionados Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Previstas para serem feitas ainda este ano, as melhorias nas salas de aula da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande (Reme), como a instalação de ares-condicionados e energia solar, atrasaram e agora só deverão ser concluídas em 2025.

Dentro dos investimentos anunciados no pacote de ações para a Educação no fim de 2023, a implementação de ares-condicionados do tipo split inverter em todas as salas de aula das escolas da Reme segue apenas como promessa. Enquanto isso, a instalação de placas solares nas escolas municipais foi parcialmente realizada, com previsão de continuidade do processo de implantação do sistema fotovoltaico no próximo ano.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), 58 escolas receberam, neste ano, placas solares. A implementação desse sistema sustentável de energia já gerou uma economia de mais de R$ 1 milhão para o município.

“A Secretaria Municipal de Educação informa que todas as metas estabelecidas para a Educação estão sendo cumpridas. Em relação à energia fotovoltaica, as 58 escolas foram escolhidas por terem a infraestrutura adequada para a implantação desse sistema sustentável”, declarou a Semed, em nota.

Com relação à instalação dos condicionadores de ar, a Semed informou à reportagem que o planejamento para a implementação dos equipamentos nas escolas está avançado. No entanto, nem todas as escolas da Reme têm a estrutura elétrica adequada para receber os aparelhos.

“Os equipamentos serão instalados, começando pelas escolas que já têm condições elétricas adequadas. Para as demais unidades, intervenções técnicas estão previstas, e os recursos necessários já foram garantidos no orçamento”, informou a secretaria de Educação.

Procurada pela reportagem em maio, a Semed reiterou que, dentro do pacote de melhorias na infraestrutura das escolas deste ano, o uso dos aparelhos de climatização dependeria também da instalação e do funcionamento do sistema de energia fotovoltaica.

De acordo com informações divulgadas no anúncio do pacote de investimentos na Educação feito pela prefeitura, os 4 mil ares-condicionados que estão sendo adquiridos terão o custo total de R$ 2,6 milhões.

“A Prefeitura de Campo Grande segue comprometida em concluir as ações anunciadas e em continuar avançando para proporcionar um ambiente educacional cada vez mais moderno e eficiente para as crianças e os jovens”, finalizou a Semed, em nota.

CALOR NAS ESCOLAS

Neste ano, alunos sofreram com o clima quente e seco que predominou em Campo Grande, tanto fora quanto dentro das salas de aula.

Mesmo com o calor afetando as atividades escolares, o que é recorrente nas escolas, segundo o presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Gilvano Bronzoni, as Secretarias de Educação, tanto do Estado quanto do município, nunca tiveram uma política de climatização das unidades.

“Não existe política do Estado nem do Município de Campo Grande sobre a climatização das escolas. As escolas que têm ares-condicionados na Reme os adquiriram por meio do trabalho da comunidade escolar”, afirmou Bronzoni.

De acordo com o presidente da ACP, a partir do momento em que a prefeitura efetuar a entrega dos ares-condicionados para a Reme, será a primeira vez que Campo Grande “desenvolverá uma política de climatização do ambiente escolar”.

Durante este ano, segundo a Semed, foi solicitado que os professores orientassem os alunos sobre a importância da hidratação constante no período de temperaturas elevadas. Além disso, o cardápio da merenda foi modificado para priorizar sucos, frutas, saladas e alimentos refrescantes.

ENTREGAS EM 2024

Cumprindo parcialmente o prazo de entregas, a Prefeitura de Campo Grande, conforme informado pela Semed, construiu 166 novas salas de aula para a comunidade escolar.

Outra medida anunciada que avançou foi a contratação de professores. Embora o plano inicial da prefeitura fosse chamar 340 novos docentes para reforçar a Reme, em função da criação de novas salas de aula e da demanda crescente, foram convocados mais de 810 professores.

Outras intervenções também foram realizadas nas escolas, como a substituição de mais de 46 mil itens antigos, incluindo conjuntos de mesas e cadeiras, armários e bebedouros.

Dentro do planejamento do pacote para a Educação, foram adquiridos, no início de deste ano, novos parquinhos para as crianças, incluindo: 107 túneis, 750 gangorras individuais, 190 playgrounds, 150 casinhas de boneca, 205 traves de gol, 205 jogos de vôlei, 205 jogos de basquete e 205 escorregadores.

Saiba

Para 2025, de acordo com a prefeitura, também está prevista a entrega de novas unidades escolares, como as escolas municipais de Educação Infantil (Emeis) São Conrado e Oliveira III.

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