Cidades

Cadernetas sem dados

Casa da Moeda estocou 240 mil
passaportes em branco

A produção continuou durante o período de suspensão

G1

27/07/2017 - 09h18
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Durante o quase um mês em que a emissão de novos passaportes ficou suspensa, a Casa da Moeda não ficou parada. A produção continuou durante o período, porém as cadernetas não receberam os dados de personalização e dispositivos de segurança que ajudam a impedir possíveis falsificações. Assim, quando a emissão dos documentos foi retomada, na última segunda-feira (24), 240 mil cadernetas já estavam prontas em estoque, aguardando somente os dados dos cidadãos. Durante o período de suspensão pela Polícia Federal, os profissionais que trabalhavam especificamente nos setores responsáveis pelo manuseio das máquinas responsáveis por colocar estas especificações, foram remanejados para outros setores.

Mais de 70 profissionais foram realocados pela instituição para colocar em dia a produção de passaportes no país. Eles e as máquinas trabalharão 24 horas por dia e sete dias por semana para atender a demanda de cerca de 175 mil solicitações.

A capacidade da Casa da Moeda é de produção de 13 mil documentos diariamente. Contando com as demandas que seguem chegando, a previsão é de que em cinco semanas a produção e entrega de passaportes no Brasil tenham sido normalizadas.

“A gente tem um controle de qualidade do dado que está sendo recebido, do dado impresso, do chip e mais da embalagem. Isso tudo tem que estar muito seguro e integrado para que o cidadão possa receber o seu documento e não ter nenhum problema,” explicou Paulo Esteves, superintendente da produção de passaportes da Casa da Moeda, em entrevista à TV Globo na segunda (24).

Sigilo é fundamental

Nas salas onde são produzidos os passaportes de todo o país, o esquema de segurança é forte. Só é permitido entrar passando por uma catraca e a presença de vigilantes é constante.

O processo é quase todo realizado por máquinas. Elas colocam as capas, os números de série, fazem a impressão de fotos e dados, além de colocar marcas d’água e outros itens de segurança.

A força humana é responsável por levar os documentos de uma máquina para outra e pelo processo de embalagem e destinação dos passaportes para cada parte do país. Nem todas as etapas são possíveis de serem registradas. O segredo é a alma do negócio da Casa da Moeda contra as falsificações. As máquinas que colocam os chamados itens de segurança e os dados dos cidadãos não podem ser filmados ou fotografados. Algumas pessoas que trabalham nesse sistema de segurança máxima também preferem não aparecer, por motivos de segurança.

Não é permitido fazer nenhum tipo de registro sem autorização nas salas onde os passaportes são produzidos. Usar o celular, então, nem pensar. A regra vale tanto para os funcionários quanto os visitantes, como nossa equipe de reportagem.

O retorno à produção de passaportes foi possível graças a aprovação pelo Congresso Nacional que um projeto do governo que destinou R$ 102,38 milhões ao Ministério da Justiça para que a Polícia Federal voltasse a emitir passaportes. O projeto foi sancionado pelo presidente Michel Temer no dia 19 de julho.

A produção do documento foi suspensa no país no dia 27 de junho pela Polícia Federal por “insuficiência do orçamento”. Segundo a assessoria da PF, não significa que faltasse dinheiro, e sim que a corporação havia atingido o limite do gasto autorizado na Lei Orçamentária da União para essa questão específica.

Durante o período de suspensão, apenas o agendamento online e o atendimento nos postos da PF continuaram sendo realizados. A entrega dos novos passaportes ficou paralisada à espera da normalização da situação orçamentária.

rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

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O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou 'com nós', mas nós não precisamos dele", postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

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O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

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