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Casal gay de Curitiba registra em cartório união estável e planeja adotar filhos

Casal gay de Curitiba registra em cartório união estável e planeja adotar filhos

uol

09/05/2011 - 15h55
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O professor Toni Reis, 46, e o consultor David Harrad, 53, registraram em cartório na tarde de hoje (09), em Curitiba, a declaração de união estável homoafetiva. Com isso, eles se tornaram o primeiro casal gay do Brasil a ter os mesmos direitos previstos nos casamentos firmados entre um homem e uma mulher no Brasil.

Reis, curitibano, e Harrad, inglês, vivem juntos há 21 anos. Os dois se beneficiaram de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), na semana passada, de equiparar as relações de casais homossexuais com uniões de pessoas de sexos diferentes.

Pela decisão do STF, um casal gay tem agora o mesmo direito de ser reconhecido como um núcleo familiar e partilhar bens, declarar o cônjuge como dependente no Imposto de Renda ou no plano de saúde, pagar pensão ou adotar filhos, por exemplo.

Logo após o registro no sexto tabelionato de Curitiba, no Centro da capital do Paraná, Reis e Harrad foram até a Vara da Infância e Adolescência requisitar a adoção de um casal de crianças.

Reis, que também é ativista da causa homossexual, disse que a partir da decisão do STF nenhum juiz poderá recusar o pedido de um casal gay de também querer formar uma família com filhos.

Os nomes dos filhos serão uma homenagem de Reis e Harrad aos pais: o menino será chamado de William Miguel e a filha de Maria Alice. "Queremos que a adoção saia o mais rápido possível", disse Reis, afirmando ainda que o casal acolherá a criança que a Justiça designar. 

"Não queremos privilégio nenhum. Nós simplesmente queremos ser tratado com igualdade. Me sinto agora mais curitibano, mais paranaense e mais brasileiro", afirmou Reis, que desde a decisão do STF tentou com o companheiro fazer o registro de união estável em outros quatro cartórios de Curitiba, todos recusados.

Empunhando a bandeira nas cores do arco irís, que representa a tolerância, o respeito à diversidade e do movimento gay no mundo, Reis e Herrad chegaram ao cartório acompanhados por simpatizantes e ativistas do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Transgêneros).

O casal, que pede para ser identificado como "marido e marido", trajava terno escuro, camisa clara, gravata lilás e uma flor vermelha na lapela.
Um dos que acompanhavam a visita do casal ao cartório era o advogado Dálio Zipin Filho, membro da comissão nacional de direitos humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Para ele, a decisão do STF "vai abrir outros caminhos" na legislação brasileira, como o reconhecimento de que é crime discriminar uma pessoa por causa de sua opção sexual.

"[A união estável] É um grande passo que o STF deu para reconhecer direitos de pessoas que sempre sofreram discriminação", disse Zipin Filho. Toni Reis afirma que o reconhecimento de união estável para casais homossexuais não representa que apenas um setor da sociedade tenha ganhado com isso.

"A Constituição Federal, que determina que todas as pessoas são iguais, foi respeitada. Não queremos afrontar ninguém.Agora somos uma família. Nós ganhamos e ninguém perdeu. Venceu o princípio da igualdade, da dignidade humana e da segurança jurídica", afirmou Reis.

Para comemorar o direito de integrar uma família reconhecida por lei, o casal chamou amigos para tomar chope e capirinha, no final da tarde, no mesmo bar em que todos se reúnem semanalmente para discutir os avanços e traçar estatégias no movimento de defesa dos direitos gays.

Nesta tarde, em outro cartório de Curitiba, no bairro Cajuru, em Curitiba, um casal de mulheres também aproveitou para oficializar sua união estável.

CAMPO GRANDE

Fefecomércio lamenta prejuízo e culpa Consórcio e Prefeitura por greve de ônibus

Com transporte coletivo servindo mais de 100 mil passageiros por dia, impactos são imediatos e abrangentes, indo além de afetar inclusive milhares de funcionários impedidos de chegar aos seus locais de trabalho

16/12/2025 10h10

greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas,

greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas, Marcelo Victor/Correio do Estado

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Diante de um cenário de greve em Campo Grande, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul emitiu uma nota nesta terça-feira (16) em que lamenta o prejuízo, alegando que a falta de ônibus afeta a população de inúmeras formas, e colocando a culpa dessa paralisação sobre o Consórcio Guaicurus e a Prefeitura da Capital. 

Essa greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas, desde que os ônibus ficaram parados por três dias em 1994, sendo que a atual paralisação reivindica: 

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

Em nota, a Fecomércio chama atenção para os reflexos da paralisação em pleno período que antecede as celebrações de fim de ano, bem pontuada como a época anual de maior movimentação econômica, em um cenário classificado como "de grave crise" e com prejuízos que se alastram por toda a comunidade. 

Para a Federação, uma vez que o transporte coletivo de Campo Grande serve um número acima de 100 mil passageiros por dia, os impactos são imediatos e abrangentes, indo além de afetar inclusive milhares de funcionários impedidos de chegar aos seus locais de trabalho. 

"Resultando em faltas, redução da produtividade e perdas salariais. Para muitos, a ausência de ônibus significa a impossibilidade de manter o emprego, afetando o sustento de suas famílias", cita.

Além disso, o texto não deixa de destacar o quanto o período que antecede o Natal é crucial para o comércio de Campo Grande, com a própria dificuldade no deslocamento em si sendo responsável por derrubar o fluxo de possíveis consumidores. 

Para a Fecomércio, a falta de ônibus na Cidade Morena impacta ainda o custo de vida diante do "aumento exorbitante nos preços das corridas por aplicativos e táxis", que aumentam os gastos não somente para quem vai às compras, mas para qualquer família que necessite de deslocamento para atendimento em postos de saúde e hospitais, por exemplo. 

Culpa de quem? 

Em complemento, o texto que mede os impactos da greve lista ainda o que a Fecomércio-MS cita como atores responsáveis por levar ao colapso do sistema por não cumprirem com seus deveres. 

Segundo a Federação, o Consórcio Guaicurus por um lado atribui parte de seus problemas à falta de repasses da Prefeitura de Campo Grande, o que faz a concessionária passar por uma crise financeira e dificuldades em obter crédito 

"No entanto, o atraso sistemático no pagamento dos trabalhadores, em um serviço público essencial, demonstra uma falha grave de gestão e compromisso", diz o texto. 

Para a Fecomercio, o segundo responsável seria justamente o poder concedente, nesse caso quem é responsável pelo município: a Prefeitura, que afirma estar em dia com os repasses e critica a falta de comunicação formal sobre a greve. 

"Contudo, a crise do transporte coletivo não é um evento isolado, e a omissão na fiscalização rigorosa do contrato de concessão, ou na busca por soluções preventivas para problemas administrativos alertados na Câmara Municipal, torna o poder público co-responsável pelo caos instalado". 

Por fim, a Federação lembra o atual momento "sensível para a economia e para a vida social da Capital", dizendo ser inadmissível que a população seja penalizada pela falta de atitude e descumprimento de obrigações básicas por parte do Consórcio e pela falta de ação efetiva do poder Executivo. 

"Exigimos uma solução imediata e definitiva para que o serviço seja restabelecido com urgência, garantindo os direitos dos trabalhadores e a mobilidade da população, a fim de minimizar os danos causados por esta crise de gestão e responsabilidade".
**(Colaborou Naiara Camargo)

 

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TRÁFICO DE DROGAS

PRF prende suspeito em flagrante em Operação Duplicis no interior do Estado

Combate ao tráfico de drogas, Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão, e prende investigado em flagrante

16/12/2025 09h35

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas Divulgação/PRF

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Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a Operação Duplicis, e cumpriu sete mandados de busca e apreensão, por tráfico de cocaína em duas cidades do interior do Estado.

Com objetivo de combater o tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, a ação aconteceu em Corumbá e em Miranda, cidades a 426 quilômetros e a 207 quilômetros de Campo Grande respectivamente.

A ação iniciou quando um investigado foi preso em flagrante na BR-262, que seguia de Corumbá para a Capital sul-mato-grossense. Na ocasião, a droga encontrada com o suspeito seria distribuída em Miranda, que fica entre o trajeto Corumbá-Campo Grande.

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Então, com as investigações e apuração do caso, a PRF pôde identificar outros suspeitos envolvidos no esquema criminoso.

Entre os sete criminosos, um deles estava escondendo tabletes de cocaína em sua casa, e foi preso em flagrante após a polícia bater em sua porta e encontrar os pacotes de droga armazenados.

Os mandados foram expedidos devido às provas coletadas na investigação, que identificou também os eventuais fornecedores dos entorpecentes que estavam vindo do outro município.

A Polícia Federal levou a droga apreendida para ser periciada e analisada. Quanto aos investigados, os sete poderão responder pelo crime de tráfico de drogas, que tem pena base de 5 a 15 anos, além de multa, a depender do agravamento de cada caso.

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