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Caso Sophia: adiado, julgamento acontecerá nos dias 4 e 5 de dezembro

Pela terceira vez, o juiz alterou a data do julgamento de Stephanie de Jesus da Silva e Christian Campoçano Leitheim, apontados como os responsáveis pela morte de Sophia Ocampo, de apenas 2 anos, em janeiro de 2023

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O juiz Aluízio Pereira dos Santos mudou pela terceira vez a data do julgamento de Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, e Christian Campoçano Leitheim, de 26 anos, mãe e padrasto de Sophia de Jesus Ocampo, apontados como responsáveis pela morte da menina, em janeiro de 2023.

Agora, os réus do "Caso Sophia" serão julgados nos dias 4 e 5 de dezembro. 

Inicialmente, o julgamento estava marcado para os dias 6, 7 e 8 de novembro. Depois, a pedido da promotoria, foi adiado para 21 e 22 de novembro. A defesa de um dos réus pediu que a data fosse alterada novamente, porque não poderia estar presente devido a uma viagem. Por isso, o júri foi remarcado para os dias 27 e 28 de novembro. No início de outubro, após negar o pedido de Stephanie de que o júri fosse feito separadamente, o juiz adiantou a data novamente para os dias 21 e 22 de novembro.

Novamente, a defesa de um dos réus disse que estaria em viagem, e por isso foi feita uma nova alteração na data. Alteração essa que, segundo o juiz, será a última.

Stephanie de Jesus da Silva responde por homicídio doloso e omissão por motivo fútil, meio cruel, contra menor de 14 anos e está sendo assistida pela Defensoria Pública. Christian Campoçano Leitheim foi denunciado pela promotoria de justiça por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e contra menor de 14 anos, e estupro de vulnerável.

Relembre o caso

No dia 26 de janeiro de 2023, Stephanie de Jesus da Silva, de 25 anos, levou a pequena Sophia de Jesus Ocampo para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino, em Campo Grande. As enfermeiras que realizaram o primeiro atendimento constataram que a menina já apresentava rigidez cadavérica quando chegou à unidade. 

Posteriormente, a perícia constatou que a criança havia morrido 7 horas antes de chegar à UPA. O laudo necroscópico do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) indicou que Sophia morreu por um traumatismo na coluna causado por agressão física. Além das diversas lesões no corpo, a criança apresentava, ainda, sinais de estupro.

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estadomensagens trocadas entre a mãe de Sophia e o padrasto indicam que a dupla já sabia que a menina estava morta.

No diálogo que aconteceu naquele dia, por meio de um aplicativo de mensagens, Christian e Stephanie discutiam o que diriam para justificar o falecimento da criança. 

“Eu não tenho condições de cuidar de filhos. [...] Eu te avisei que sua vida ia ficar pior comigo, mas você não acreditou”, disse Christian Leitheim à mãe de Sophia. 

Na mesma conversa, o homem ainda ameaça tirar a própria vida após Stephanie o informar que Sophia está morta. As mensagens foram trocadas quando a mãe da menina estava na Unidade de Pronto Atendimento.

“Tô saindo. Não vou levar o celular e nem identidade para, quando me acharem, demorar para reconhecer ainda. Desculpa, Stephanie, vou sair da sua vida”, disse o padrasto em uma das mensagens.

Ainda de acordo com o documento a que o Correio do Estado teve acesso, logo após dar a notícia da morte da criança, Stephanie conta que exames constataram que Sophia tinha sido estuprada. Esse fato foi relatado pela mãe à polícia quando prestou os primeiros esclarecimentos e confirmado por meio de laudo necroscópico.

“Disseram que ela foi estuprada”, disse Stephanie, ao que Christian respondeu: “Nunca. Isso é porque não sabem o que aconteceu com ela e querem culpar alguém. Sei que você não vai acreditar em mim”. 

O padrasto completou: “Se você achar que é verdade, pode me mandar preso, pode fazer o que quiser”

Durante o diálogo, ele ainda deixa a entender que não teria sido a primeira vez que Sophia havia sofrido algum tipo de agressão, já que ele disse para a mãe “inventar qualquer coisa” que justificasse os hematomas.

“Fala que se machucou no escorregador do parquinho, igual da outra vez”, sugeriu. 

Em dois anos e sete meses de vida, Sophia já havia passado por pelo menos 30 atendimentos nas unidades de saúde.

Primeira audiência

primeira audiência de instrução - um ato processual que serve, principalmente, para colher todas as provas das partes e depoimentos das testemunhas - do "Caso Sophia" foi realizada no dia 17 de abril.

Foram ouvidas seis testemunhas: o pai biológico da vítima, um investigador de Polícia Judiciária, pai e mãe de Stephanie, e uma ex-namorada de Christian.

Apesar de não prestar depoimento, o padrasto da vítima se recusou a comparecer à primeira audiência.

Avô e avó maternos de Sophia, pais de Stephanie de Jesus da Silva, foram os primeiros a serem ouvidos.

Silva explicou que não era muito próximo de sua filha, já que se divorciou da mãe de Stephanie há 21 anos. Segundo ele, a filha sempre reclamou da ausência dos pais. Apesar de não haver tanta proximidade, o homem afirmou já ter visto hematomas na criança, mas nunca imaginou que Sophia era espancada. 

O avô da vítima ainda acrescentou que ele e a avó da menina já tinham medo da Sophia ser estuprada, porque desde que Stephanie havia passado a morar com Christian a casa "vivia cheia de homens".

A mãe de Stephanie, Delziene da Silva de Jesus, relatou que a filha se afastou depois de ter conhecido Christian, e que chegou a proibi-la de entrar na residência do casal.

"Depois que ela conheceu o Christian mudou por completo. Ela se afastou de mim porque não gostava que eu interferia, ela me proibiu de entrar na casa dela".

Por conta do contato reduzido, Delzirene afirmou não ter conseguido notar os sinais de violência, e só constatou as agressões quando viu o laudo médico. 

Stephanie procurou pela mãe no dia em que Sophia morreu. "Eu fui recebendo mensagens de que a Sophia estava passando mal, e recebi uma foto da menina dormindo. Sthephanie informou que iria esperar para levar a menina para o UPA", afirmou a testemunha.

Chegando à Unidade, Stephanie ligou para sua mãe para informar que Sophia estava morta. Delzirene acredita que Stephanie foi conivente com a violência sofrida pela criança.

"Por conta das mensagens que ela foi me mandando durante o dia, por conta da enfermeira relatar que Sophia estava há mais de quatro horas morta, não tinha como ela não saber que ela estava morta", disse. "Nas mensagens ela estava com a voz apavorada, de uma forma diferenciada. Ela estava chorando quando me mandou um áudio falando que a Sophia tinha morrido", concluiu Delziene.

Além dos avós, foram ouvidos o pai biológico de Sophia, um investigador e a ex-namorada de Cristian, que já tem medida protetiva contra ele por violência doméstica.

Andressa Fernandes, a ex-namorada, foi ouvida como informante. Ela teve um casamento de dois anos com Christian, com quem tem um filho. No depoimento, afirmou que Christian sempre bateu nela e no filho do casal

Em uma ocasião, Andressa foi chamada para limpar a casa em que Sophia morava com Stephanie e Christian, e relatou que o ambiente era extremamente sujo. A testemunha ainda confirmou que os tutores eram agressivos com a criança.

"Eu sei dizer que as poucas coisas que eu presenciei foi que eles eram agressivos com a Sophia".

Nesse dia, a mulher afirmou não ter dito nada a ninguém por medo de que Christian agredisse o filho.

Em entrevista concedida ao Correio do Estado após a primeira audiência, a advogada Janice Andrade, que representa o pai de Sophia, Jean Carlos Ocampo, e seu marido, Igor de Andrade, afirmou que um dos depoimentos mais esclarecedores foi o de Andressa, porque ele trouxe à tona o caráter agressivo de Christian.

Christian Campoçano Leitheim foi denunciado pela promotoria de justiça por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel, contra menor de 14 anos, e estupro de vulnerável. Stephanie de Jesus da Silva deve responder por homicídio doloso e omissão por motivo fútil, meio cruel, contra menor de 14 anos e está sendo assistida pela Defensoria Pública. 

Segunda Audiência

A segunda audiência para ouvir testemunhas no processo que trata da morte da menina Sophia foi suspensa após uma confusão generalizada entre os advogados de defesa de Christian Leitheim, padrasto de Sophia e o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete. 

Antes da suspensão, cinco testemunhas tiveram tempo de ser ouvidas. A primeira foi a vizinha do casal, que relatou que os dois agrediam os cachorros, e que as crianças choravam muito.

Ela confirmou ainda que a casa era suja e mantida em péssimas condições. Além disso, afirmou que não reparava se a casa costumava receber muitas pessoas de fora, mas que seu pai, que frequenta um bar nos arredores, já havia comentado sobre a movimentação na residência.

"Meu pai disse que às vezes eles amanheciam, e entravam muitos homens na casa", afirmou.

No dia da morte de Sophia, Elisângela viu o momento em que Stephanie saiu com a menina para a Unidade de Pronto Atendimento, e disse durante a audiência que havia pensado que Sophia estava "desfalecida" no colo da mãe.

A segunda testemunha ouvida nesta tarde, Lauricéia Amaral de Carvalho, atua como agente de saúde na região em que Sophia morava com a mãe. Durante o depoimento, afirmou que quando esteve na casa não conseguiu notar se as crianças eram agredidas, já que apenas a filha de Christian com Stephanie estava no local.

"Eu passei dia 11 de janeiro, era uma área nova. O Christian estava em casa, fiz o cadastro, mas ele não encontrou as carteirinhas de vacinação. Apenas a filha dos dois estava em casa", afirmou.

Outro vizinho do casal, Ronaldo Correa, afirmou que morou ao lado da família por cinco meses, mas que não se recorda de brigas entre o casal. Além disso, pontuou que "de vez em quando" havia festa na residência.

Testemunhas de defesa

A quarta testemunha a depôr nesta tarde foi uma colega de trabalho da mãe de Sophia. Micauani Amorim, gerente da loja onde Stephanie trabalhava. Ela disse que a mulher costumava faltar, alegando que levaria a menina no posto. Inclusive, essa foi a justificativa apresentada quando faltou no dia da morte da Sophia.

"Antes da morte da Sophia, a Stephanie era tranquila e parecia uma pessoa sem problemas. Antes dela começar a faltar era a melhor vendedora da loja", afirmou.

Micauani explicou que mantinha apenas relações profissionais com Stephanie, mas que já havia presenciado agressões à Sophia em uma ocasião.

A última testemunha que conseguiu finalizar seu depoimento foi a melhor amiga de Stephanie, e madrinha de Sophia. Ela afirmou que antes da mulher conhecer Chritian ela era outras pessoa.

A amiga afirmou ainda que depois que Stephanie mudou de casa se afastou da amiga, e aparentava estar infeliz.

Respondendo aos questionamentos do juiz, ela afirmou que Stephanie não mataria a Sophia, mas alegou que a mãe teria sido omissa ao ignorar as marcas e hematomas no corpo da criança.

Essa testemunha acha que o Christian poderia ter matado e abusado da Sophia, mas também acredita que outra pessoa poderia ter feito, já que a casa vivia cheia de homens.

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MS-134

Motorista fica gravemente ferido após colidir em barranco e capotar o veículo

O acidente aconteceu na manhã deste sábado (26), no km 110 da MS-134. A vítima foi socorrida após um traumatismo cranioencefálico e está sob observação médica.

26/10/2024 16h00

Veículo ficou completamente destruído

Veículo ficou completamente destruído Imagens/ Jornal da Nova

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Um motorista, que não teve a identidade divulgada, foi socorrido em estado grave na manhã deste sábado (26) após perder o controle do veículo que conduzia, colidir com um barranco e capotar várias vezes na MS-134, entre as cidades de Nova Andradina e o Distrito de Nova Casa Verde, a 242 quilômetros de Campo Grande.

Segundo informações do site Jornal da Nova , o motorista conduzia um veículo Gol, de cor azul, no sentido Nova Andradina, quando, no km 110, perdeu o controle, invadiu a pista contrária e colidiu com um barranco, capotando várias vezes na rodovia. 

Testemunhas que passaram pelo local acionaram as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que estavam na estrada. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a vítima sofreu diversos ferimentos pelo corpo e foi socorrida para o Hospital Regional de Nova Andradina com suspeita de traumatismo cranioencefálico.

O trecho do acidente precisou ser interditado para a remoção do veículo. Além do Corpo de Bombeiros, equipes da Polícia Militar Rodoviária não foram atendidas localmente à ocorrência e orientando o trânsito.

Veículo ficou completamente destruído Imagens/ Jornal da Nova 

 

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Edição Especial

Selos natalinos de Ziraldo ganham emissão comemorativa pelos Correios

Com edição limitada, os selos trazem a Turma do Pererê, o Menino Maluquinho e o Papai Noel em sua melhor versão aos olhos do artista. Veja como adquirir

26/10/2024 15h30

Parceria de Ziraldo é lembrada em emissão do Natal 2024

Parceria de Ziraldo é lembrada em emissão do Natal 2024

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Os Correios lançaram uma série de quatro selos natalinos do ilustrador Ziraldo, no dia em que ele completaria 92 anos. A cerimônia ocorreu no Centro Cultural do Rio de Janeiro.

O lançamento, na última quinta-feira (24), dos selos com personagens icônicos de Ziraldo foi acompanhado pela família do artista e por diversas personalidades.

O superintendente estadual do Rio de Janeiro, José Oliveira dos Santos, destacou a missão dos Correios de lançar selos que representem a cultura do país.

“Cada emissão dos Correios é carregada de emoção. E esta, em particular, reflete nossa gratidão ao trabalho do Ziraldo e sua enorme contribuição à cultura nacional”, disse Oliveira.

A diretora do Instituto Ziraldo, filha do artista, Daniela Thomas, pontuou que o pai estaria honrado com a homenagem.

“Para uma criança criada em Caratinga, Minas Gerais, nos anos 30 e 40, o selo sempre foi uma forma de honraria, feita por artistas extraordinários. Quando meu pai foi convidado para desenhar selos dos Correios, disse que significava um reconhecimento de que ele havia se tornado um cidadão importante para o país”, destacou.

Parceria de Ziraldo é lembrada em emissão do Natal 2024Reprodução Correios / Folha com 16 selos da emissão comemorativa de Natal 2024 

Selos de Ziraldo

Os selos foram selecionados do acervo da instituição; ao todo, são quatro desenhos de diversos períodos para ilustrar a nova série.

O destaque fica por conta do Papai Noel desenhado por Ziraldo na década de 1970, comentado pelo próprio artista no livro “40-55, itinerário de um artista gráfico”, como o desenho “mais solto e bem resolvido” dos muitos que ele fez do bom velhinho.

Outro selo rememora a capa da revista A Turma do Pererê de 1975, adaptada para o Natal de 2024.

E não para por aí; entusiastas do Menino Maluquinho serão presenteados com um desenho feito para celebrar o Natal no final dos anos 1990.

Esse selo apresenta o desenho original idealizado para um cartaz da 41ª Feira da Providência, de 2001.

Edição limitada

No total, são 160 mil exemplares, sendo 40 mil para cada selo, com o valor de R$ 2,55 por exemplar.

Colecionadores encontrarão ilustrações com técnicas em nanquim, aquarela líquida, lápis de cor e pintura digital.

Parceria antiga

Conforme divulgado pelos Correios, há quarenta anos Ziraldo recebeu o convite para ilustrar os tradicionais selos de Natal com a Turma do Pererê, que ficou conhecida no Brasil e fora dele.

O artista soltou a imaginação e fez o Menino Maluquinho, seu personagem mais querido, de braços abertos usando o casaco de Papai Noel, maior do que seu tamanho.

O Bichinho da Maçã foi retratado com o gorro do bom velhinho, e Pererê ficou registrado colocando a cartinha em seu único pé de sapato.

Em uma edição da Revista dos Correios, o artista chegou a comemorar a parceria.

“Eu acho que todo artista gráfico não pode passar pela vida sem fazer um selo. E eu fiquei muito feliz porque esses selos de Natal vão perpetuar os meus personagens, dando-lhes importância nacional”, disse Ziraldo.

O cartunista Ziraldo faleceu aos 91 anos, no dia 6 de abril deste ano, no Rio de Janeiro.

Seu legado permanece vivo em um acervo expressivo para a memória cultural do Brasil, que está sendo digitalizado pelo Instituto Ziraldo.

Saiba como comprar

Os selos podem ser adquiridos pelo site dos Correios na página de compras clicando aqui.

Nela, existem várias edições de emissões comemorativas, que vão desde a série Personalidades com a ginasta Rebeca Andrade, o primeiro selo lançado no Brasil e até o institucional em alusão ao Outubro Rosa.

Interessados também podem procurar uma agência dos Correios mais próxima.

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