A Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa-MS) aderiu ao programa CEASA Desperdício Zero, iniciativa do Instituto Pacto Contra a Fome em parceria com a Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
Pelo documento, as centrais se comprometem a fortalecer bancos de alimentos, organizar fluxos de coleta, aprimorar a logística interna e monitorar dados de doações.
O Instituto Pacto Contra a Fome estima que o programa pode recuperar 53 mil toneladas de alimentos por ano, gerar R$ 233 milhões em valor econômico e beneficiar 122 mil pessoas por dia.
A assinatura do compromisso ocorreu durante o 100º Encontro Nacional da Abracen, realizado em Florianópolis entre os dias 26 e 28 de novembro.
Com a adesão, a Ceasa-MS integra um grupo de outras 14 centrais brasileiras que passam a seguir diretrizes para reduzir perdas e ampliar a destinação de alimentos próprios para consumo, mas que perderam valor comercial.
Juntas, as unidades representam 49,75% do abastecimento nacional e movimentaram quase 9 milhões de toneladas de alimentos em 2024, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O diretor-presidente da Ceasa-MS, Daniel Mamédio, avaliou que o compromisso reforça o papel social das centrais. "Esse acordo reflete o compromisso de todas as centrais do país em buscar formas de combater o desperdício e desenvolver ações que possam beneficiar as pessoas em situação de vulnerabilidade", afirmou.
Atualmente, cerca de 40 instituições de caridade coletam diariamente hortifrutigranjeiros na Ceasa-MS, alimentos ainda próprios para consumo, mas descartados para venda.
A agenda do evento também destacou temas como sustentabilidade, inovação e digitalização no setor de abastecimento. A conferência magna foi conduzida por Geyze Diniz, cofundadora e presidente do Conselho do Pacto Contra a Fome.
Saiba*
Para ampliar essa frente e reduzir resíduos orgânicos, a instituição analisa a implantação do Projeto MS Nutri. A proposta prevê construir, dentro do entreposto, uma sede onde produtos não comercializados serão reaproveitados na forma de quatro compostos alimentícios: hortaliças e frutas fracionadas e embaladas, sopa desidratada, polpas de frutas congeladas e barras de frutas enriquecidas com cereais.


