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Chuva de mais de 160 milímetros deixa ruas de Campo Grande debaixo d'água

O acumulado em 24 horas chegou a 71% do esperado para o mês; a previsão indica que o sol volta nos próximos dias

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Janeiro é um mês chuvoso para os campo-grandenses. Entre as 16h10min de terça-feira e as 16h10min de ontem, houve um acúmulo de precipitação de 165,2 milímetros na Capital, segundo dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec).

Em função do grande volume de chuva, diversas ruas de Campo Grande ficaram alagadas. 

No Jardim Noroeste, entre as ruas Piraputanga e das Dálias, uma cratera se abriu na via. O jardineiro Josimar França vive há três anos no local e afirmou que já está acostumado com situações semelhantes acontecendo. 

“Aqui, toda vez que chove, a água que passa pelo presídio aqui da região escorre toda para cá. Fica intransitável aqui”, comentou o morador. 

Na rotatória da Avenida Euler de Azevedo, pessoas chegaram a subir em cima de um carro com medo de serem levadas pela enxurrada. Os passageiros conseguiram sair do local, mas o carro foi deixado para trás, em razão da forte chuva.

No local, o Córrego Segredo transbordou e não era possível distinguir o que era rua e o que era o córrego.

Alagamentos também foram registrados no Bairro Santo Antônio, na Rua Taquari e Na Avenida Capibaribe esquina com a Rua Macaé, em função do transbordamento de um córrego. 

Em outras regiões, as avenidas Fábio Zahran, Bandeiras, Guaicurus e Rachid Neder também foram encobertas pela água. 

Os semáforos foram afetados durante a chuva. Nas avenidas Ernesto Geisel, Fábio Zahran, Calógeras e Duque de Caxias, a sinalização ficou instável ou apagada em vários pontos. Outras regiões também foram afetadas. 

No Lago do Amor, a quantidade exacerbada de chuva em pouco tempo fez o lago transbordar, inundando as duas pistas da Avenida Filinto Müller. A força da água também derrubou parte da barragem do lago. 

As chuvas também causaram estragos na Cidade do Natal, e a Prefeitura de Campo Grande ontem informou que o ponto turístico ficaria fechado para manutenção e limpeza. O retorno das atividades ocorrerá. 

Enquanto isso, o Corpo de Bombeiros registrou seis ocorrências de alagamento e uma queda de árvore na tarde de ontem. Já a Energisa não relatou nenhuma ocorrência de falta de energia elétrica, mas notificou uma queda de árvore na Avenida Nelly Martins, que afetou 392 clientes – a situação já foi normalizada e a iluminação pública restabelecida. 

A Defesa Civil de Campo Grande também emitiu alertas em razão das fortes chuvas. “Visando a segurança da população, o Parque das Nações Indígenas estará fechado para visitação”, informou o órgão em mensagem. 

Segundo a entidade, cinco córregos transbordaram na cidade: Bálsamo, Imbirussu, Anhanduí, Segredo e Prosa. O lago do Parque das Nações Indígenas também transbordou. 

PRÓXIMOS DIAS

O esperado para todo o mês de janeiro, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), são 231,9 mm de chuva; para o meteorologista Natálio Abrahão, a expectativa é um pouco menor: 206,4 mm.

O valor acumulado em 24 horas representa 71,2% do esperado para todo o mês de janeiro, segundo o Inmet.

Tendo em vista o cenário chuvoso até o fim do verão, o titular da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, informou que os serviços de limpeza foram iniciados ainda na tarde desta quarta-feira, após as chuvas cessarem. 

Em dois pontos da Avenida Ernesto Geisel e em outras vias da Capital, pedras, galhos e dejetos deixados pela chuva começaram a serem removidos. 

“Dificilmente tem chuvas intensas como esta em um período curto de tempo”, comentou o secretário, que acredita que a cidade não sofrerá com chuvas tão fortes como a de ontem. 

A respeito da cratera no Jardim Noroeste, Fiorese informou que a Sisep já está ciente, mas tem de esperar a estiagem.

“O solo da região é bastante arenoso, precisa esperar secar para fazer recomposição”, disse. 
Sobre a barragem do Lago do Amor, a Sisep vai começar as avaliações hoje, mas precisará de tempo para a reconstrução do local. 

PREVISÃO

De acordo com a previsão do tempo, as chuvas darão uma trégua nos próximos dias. Em Campo Grande, haverá uma queda na umidade do ar, que vai passar de 95% para 40%. A temperatura máxima vai variar entre 26°C e 27°C, e a mínima, entre 18°C e 19°C. 

No interior do Estado, a chuva também foi intensa em algumas cidades, como Água Clara, onde choveu 105,4 mm, entre as 16h10min de terça-feira e as 16h10min de ontem. No mesmo período, Ribas do Rio Pardo acumulou 100,2 mm de chuva; Sidrolândia, 80,6 mm; e Dois Irmãos do Buriti, 72 mm. 

Os menores índices registrados ocorreram em Camapuã, 7,4 mm; Santa Rita do Pardo, 6 mm; Mundo Novo 5 mm; e no Pantanal, 4,6 mm. (Colaboraram Bianka Macário, Alison Silva e Naiara Camargo)

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rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

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O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou 'com nós', mas nós não precisamos dele", postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

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O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

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