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Chuva no verão ultrapassa 2024, mas segue abaixo do esperado

O acumulado de precipitação deste verão em Campo Grande foi 32,4% menor que a média histórica para a estação, que costuma ser a mais chuvosa do ano

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Neste ano, o verão em Campo Grande foi mais chuvoso do que em 2024, mas, levando em consideração a média dos anos anteriores, o volume acumulado de chuva não foi suficiente para reverter o cenário de seca registrado desde o ano passado. 

Conforme levantamento do Correio do Estado, com base nos dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o verão 2024/2025 em Campo Grande atingiu o volume de 340,4 milímetros de chuva, entre o dia 21 de dezembro do ano passado e esta quinta-feira.

A precipitação acumulada neste período foi superior à registrada no verão passado (2023/2024), quando choveu apenas 224 mm. 

Apesar do índice positivo de chuva em um curto prazo, quando comparado à média histórica de verão para Campo Grande, de 504 mm, a precipitação deste ano na Capital foi 32,4% menor que as registradas no período de 1980 a 2010.

O levantamento também informa que nos últimos oito verões, de 2016 até 2025, a média de precipitação em Campo Grande foi de 482,9 mm, acumulado de chuvas maior que o registrado neste ano.

O meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) Vinícius Sperling explica que, nos últimos dois verões, os indicativos de precipitação ficaram abaixo do esperado em função de uma frequência maior na formação de nuvens de chuvas isoladas.

“A falta de aglomerados de chuva em Campo Grande é o que tem nos levado a chuvas abaixo da média. Em um verão mais próximo do normal, as pancadas surgem nos bairros de forma mais intensa e tendem a se unir, transformando-se neste aglomerado de chuva mais branda e abrangente e atuando por várias horas. Mas, nos últimos dois anos, a gente tem visto esta falta da formação desses aglomerados de nuvens de chuvas”, disse.

Sem a aglomeração dessas chuvas que surgem nos bairros, as pancadas de chuvas isoladas, que são típicas de verão, ficam cada vez mais frequentes no período, fazendo com que chova apenas em determinadas regiões da cidade, enquanto em outras o tempo permanece seco.

Isso pôde ser observado nesta semana, quando choveu mais de 70 mm na região sul da cidade, enquanto em outras áreas o acumulado foi bem inferior.

OUTONO

Segundo o Cemtec-MS, a precipitação esperada para o trimestre de abril, maio e junho deste ano, no período do outono em Mato Grosso do Sul, deve variar entre 150 mm e 300 mm.

Nas regiões nordeste e extremo-noroeste do Estado, as chuvas devem variar entre 100 mm e 150 mm. Nas regiões sul, sudeste e extremo-sul do Estado, as chuvas variam entre 300 mm e 500 mm. 

A tendência climática indica probabilidade de as chuvas ficarem abaixo da média histórica no outono, principalmente na metade oeste e sudeste de Mato Grosso do Sul. 

No restante do Estado, os modelos analisados pelo Cemtec-MS indicam irregularidades nas chuvas, que podem ficar abaixo ou acima da média histórica.

Climatologicamente, em grande parte do Estado, as temperaturas médias devem variar entre 20ºC e 24°C. Por outro lado, nas regiões noroeste e nordeste, as temperaturas devem variar de 22ºC a 26°C.

O outono deste ano teve início às 05h02min (horário de MS) de ontem e terminará no dia 20 de junho. A estação é considerada um período de transição entre as estações chuvosa (verão) e seca (inverno). 

No outono ocorrem as primeiras incursões de massas de ar frio, vindas do sul do continente e que provocam uma queda gradativa das temperaturas ao longo da estação.

VERÃO MAIS SECO

O verão 2023/2024 foi o mais seco de Campo Grande em 10 anos, conforme mostrou matéria do Correio do Estado publicada no ano passado. O levantamento da reportagem foi feito com base nos dados fornecidos pelo Inmet.

De acordo com os índices do acumulado de precipitação do Inmet relativos ao verão 2023/2024, entre 21 de dezembro e 20 de março, choveu na Capital 224 mm. Se comparado com o mesmo período do verão de 2022/2023, o volume de chuva teve uma queda de 71%. Isso fica evidente ao levarmos em conta que o verão 2022/2023 teve um acumulado de chuvas de 760,6 mm.

A série histórica disponibilizada pelo Inmet, que vai de 2015 até este ano, mostra que, até então, o verão 2021/2022 tinha sido o mais seco: na época, a precipitação atingiu 386,0 mm. Mesmo assim, esse número é 57,9% maior que a precipitação do verão de 2023/2024.

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Pet shop que prescreve medicamentos e aplica vacinas sem médico veterinário é condenado

Justiça considerou que atividades são típicas e privativas de profissional da área veterinária e determinou a contratação do profissional, além de manter multa

22/03/2025 16h31

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS Arquivo

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Um pet shop de Campo Grande, localizado nas Moreninhas, que faz prescrição de medicamentos e realiza vacinação sem um médico veterinário deverá contrarar um profissional e efetuar o registro do estabelecimento no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS).

A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) confirmou decisão que manteve auto de infração emitido pelo CRMV-MS contra a empresa.

Os magistrados seguiram o previsto na Lei nº 5.517/1968 de que a prática clínica e assistência técnica aos animais são atividades privativas da área veterinária. 

Conforme o processo, durante fiscalização do CRMV, foi constatado que o pet shop não tinha registro no conselho e nem um responsável técnico, mas oferecia os serviços de vacina e prescrição de medicamentos, e foi aplicada multa.

A empresária responsável acionou o Judiciário contestando a infração.

Ela argumentou que atua em um pet shop, no comércio de animais vivos, artigos de embelezamento e alimentos para animais de estimação, o que dispensaria a obrigatoriedade de inscrição no CRMV e a contratação de médico. 

Em primeira instância, a 2ª Vara Federal de Campo Grande julgou o pedido improcedente e manteve as sanções aplicadas pelo conselho. A mulher recorreu ao TRF3.  

Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal relator Souza Ribeiro, considerou comprovantes originários de fiscalização conjunta efetuada no estabelecimento.  

Segundo o magistrado, documentos demonstraram receituários timbrados da empresa com prescrições de remédios para animais diversos, além de medicação injetável em uso, carteiras de vacinação em branco e tabela de preços com a oferta de consultas, exames e vacinas. 

“Embora os atos constitutivos da empresa indiquem como objeto social tão somente a atividade de venda de medicamentos e alimentos para animais de estimação, os documentos apresentados pelo réu, oriundos de fiscalização conjunta do Procon e Decon/MS, demonstram a presença de receituários contendo prescrições de medicamentos para animais diversos com o timbre da empresa, medicamento injetável em uso, juntamente com seringas, carteiras de vacinação em branco”, fundamentou o relator. 

“O auto de infração goza de presunção de legitimidade e veracidade, pois se trata de ato administrativo, subscrito por servidor dotado de fé pública. As alegações apresentadas pela apelante em nada interferem no reconhecimento da legalidade da autuação”, concluiu o magistrado. 

Com esse entendimento, a Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.

Cidades

Militar da Marinha de MS é preso com droga avaliada em R$ 100 mil em MG

Ele saiu de Corumbá e tinha como destino a cidade de Uberaba, mas foi flagrado durante operação da Polícia Militar mineira com carga de supermaconha

22/03/2025 14h30

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro Foto: Divulgação / PMMG

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Um militar da Marinha do Brasil, de 33 anos, lotado no 6º Distrito Naval de Ladário, em Mato Grosso do Sul, foi preso por tráfico de drogas em Frutal (MG), na última quinta-feira (20).

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o flagrante aconteceu por meio do Grupo Tático Rodoviário da Polícia Militar Rodoviária (GTR/BPMRv), durante operação de combate ao tráfico de drogas na cidade de Frutal.

O militar estava em um Honda Civic e quando foi abordado, disse que iria visitar um amigo, mas entrou em contradição e não soube informar qual seria o endereço do suposto amigo, além de demonstrar nervosismo.

Diante da suspeita, os policiais fizeram uma vistoria minuciosa no veículo e encontraram oito pacotes de droga em um compartimento secreto dentro do tanque de combustível.

No total, foram apreendidos 4,3 quilos de skunk, conhecida como supermaconha, por ser de origem da planta cannabis sativa com concentração elevada de tetraidrocanabinol (THC).  A droga está avaliada em R$ 100 mil.

Segundo o site Portal Itatitaia, durante a abordagem, o militar quebrou o próprio celular e precisou ser imobilizado. Ele permaneceu em silêncio durante o flagrante. 

O militar foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Frutal, onde o caso será investigado. O nome do suspeito não foi divulgado.

Em nota, o Comando do 6º Distrito Naval, informou que está acompanhando o caso e irá colaborar com os órgãos competentes na investigação.

O que é skunk?

O skunk, conhecido também como “skank” ou “supermaconha”, é uma droga pertence ao grupo dos canabinóides, mas com efeitos mais potentes e nocivos ao cérebro do que a maconha tradicional.

O skunk é produzido a partir do cruzamento genético e do cultivo hidropônico da planta Cannabis sativa, a mesma que dá origem à maconha.

A droga é criada em laboratório através da manipulação de espécies com engenharia genética e tem uma concentração mais forte de THC (Tetra-hidro-canabidinol), substância psicoativa que age alterando os níveis de serotonina e de dopamina, os hormônios ligados às sensações de prazer e satisfação no cérebro.

Alguns estudos apontam que a concentração de THC do skunk pode ser de sete a dez vezes maior do que a encontrada na maconha, com uma porcentagem de aproximadamente 20% na droga sintética (ou de 40%, dependendo da versão “híbrida”) contra 2,5% na sua forma tradicional.

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