Cidades

FICARAM ESCONDIDOS

Clima seco influenciou a redução de acidentes com escorpiões na Capital

O número de relatos de picada do animal diminuiu 6% no ano passado em Campo Grande, em comparação com 2023

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A diminuição do número de casos de acidentes domésticos por picada de escorpião entre 2023 e 2024 pode estar relacionada ao tempo seco que perdurou em boa parte do ano em Campo Grande. Matéria do Correio do Estado mostrou que o ano passado foi o mais seco de toda a série histórica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

De acordo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostram que, em 2024, foram registrados 1.359 casos de picadas de escorpião, sem ocorrência de óbitos em Campo Grande, e que, em 2023, foram registrados 1.477 casos.

A redução de 6% pode estar atrelada, entre outros motivos, à baixa umidade na Capital, que deixou o ambiente das residências inapto para o aparecimento de escorpiões.

É o que informa à reportagem do Correio do Estado o professor adjunto do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Malson Neilson de Lucena.

“Os escorpiões preferem clima quente e úmido, como vemos agora no verão. Consequentemente, apresentarão maior atividade e, assim, maior a probabilidade de acidentes. Quando o clima fica mais seco, os escorpiões diminuem a atividade para gastar menos energia e são registrados menos acidentes”, informou.

O professor bioquímico, especializado em pesquisas sobre peçonhas (venenos) de animais, também ressalta outros fatores que alteram o comportamento dos escorpiões. 

“É importante ressaltar que, além do clima, a disponibilidade de alimento e queimadas também afetam a ocorrência dos acidentes com escorpiões”, afirmou.

Conforme informado no livro “Conhecendo os Escorpiões: Um Guia para Entender como Prevenir os Acidentes com Escorpiões”, da Editora UFMS, o período de maior ocorrência de acidentes varia de acordo com as condições climáticas e ambientais da região. 

Contudo, dadas as condições gerais, o maior número de acidentes ocorre entre outubro e janeiro. No geral, esses são os meses mais quentes e chuvosos do ano. 

A alteração comportamental ocorre em razão da preferência desses animais por ambientes com essas características, ficando mais ativos e, consequentemente, ocorrendo mais contatos e acidentes envolvendo humanos.

De acordo com dados do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (Ciatox), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), Mato Grosso do Sul registrou, entre janeiro e outubro de 2023, 3.623 ataques de escorpiões, sendo 311 no último mês do levantamento.

Naquele ano, Campo Grande liderou o ranking das cidades de Mato Grosso do Sul com mais notificações de acidentes.

Segundo o professor Malson de Lucena, duas espécies conhecidas como escorpião-amarelo são as mais encontradas no perímetro urbano em Mato Grosso do Sul, a Tityus confluens, que é pouca estudada, e a Tityus serrulatus, que tem um veneno perigoso. 

Ao todo, em Mato Grosso do Sul, já foram descritas 16 espécies de escorpiões. 

Conforme informa o guia “Conhecendo os Escorpiões”, entre esses animais existem espécies endêmicas, como o escorpião Tityus paraguayensis, que no território brasileiro ocorre apenas em MS.

CENÁRIO NACIONAL

Conforme pesquisa recente do Ministério da Saúde, em 2023, dos cerca de 340 mil acidentes registrados envolvendo animais peçonhentos, mais de 200 mil foram ocasionados por escorpiões.

A presença de escorpiões em áreas urbanas é uma preocupação crescente, especialmente em regiões onde o acúmulo de entulho e lixo e a falta de limpeza adequada criam ambientes propícios para sua proliferação.

Segundo o biólogo Bruno Conde, professor do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Estácio, o aumento de avistamentos desses animais está diretamente ligado à criação de condições favoráveis, como locais escuros e úmidos.

ORIENTAÇÕES

A Sesau passou algumas orientações para evitar acidentes com escorpiões e como lidar se for picado pelo animal peçonhento.

Se for picado, a orientação é: lavar o local da picada com água e sabão; procurar uma unidade de saúde imediatamente; e, se possível, capturar o escorpião com segurança ou fotografá-lo para facilitar a identificação.

A Vigilância em Saúde da Sesau também reforça que picadas em crianças menores de 7 anos e idosos exigem mais atenção, em função do risco de complicações. Também não se deve aplicar substâncias, fazer torniquetes ou realizar sucção após a picada.

Quanto a medidas preventivas, a Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ) orienta vedar de ralos e frestas, utilizar grelhas com telas em ralos e manter portas e janelas bem vedadas e evitar o acúmulo de entulhos, restos de construção, folhas secas e lixo, que podem servir de abrigo para escorpiões.

Dentro de casa, a orientação é verificar roupas, calçados e toalhas antes de usá-los, afastar camas e berços das paredes e evitar que lençóis toquem o chão.

SAIBA

A Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ) realiza vistorias em locais com infestação. Para agendamentos, a população pode contatar a CCZ pelos telefones (67) 2020-1796, (67) 2020-1802 ou (67) 3313-5000, pelo WhatsApp (67) 2020-1796 ou pelo e-mail scrapsccz@gmail.com.

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Cidades

Segurança passa mal ao inalar gás tóxico em posto de saúde de MS

O vazamento ocorreu na câmara fria da unidade, onde são armazenados os medicamentos

28/07/2025 18h13

Reprodução Governo do Estado

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O Corpo de Bombeiros foi acionado após um segurança inalar gás tóxico proveniente da câmara fria de um posto de saúde, no bairro Cohab, em Ladário, município localizado a 421 km de Campo Grande.

Uma equipe se deslocou para a unidade por volta das 19h21 de domingo (27). O posto fica na rua Nicola Scaffa e o chamado foi feito devido a um vazamento de gás na câmara fria, onde são armazenados os medicamentos da unidade.

Segundo informações levantadas com os profissionais que trabalham no local, o segurança do turno da noite passou mal após inalar o gás tóxico e precisou ser encaminhado ao pronto-socorro.

A equipe precisou entrar na unidade utilizando equipamentos de proteção respiratória. Os bombeiros abriram todas as portas e janelas para permitir a ventilação natural do ambiente.

Durante a inspeção, os bombeiros constataram que a câmara fria emitia um sinal sonoro, que estava ativado.

Após realizar todo o procedimento de segurança, a equipe repassou as orientações necessárias sobre os cuidados que devem ser adotados em casos de vazamento de gás tóxico.

O estado de saúde do profissional, assim como a origem exata do vazamento, não foi informado pela assessoria do Corpo de Bombeiros.

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Chamamento público

ONG intermedia obras ambientais de R$ 3,6 milhões em dois municípios de MS

Edital prevê obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento de rios

28/07/2025 18h00

Foto: Divulgação

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Com obras em torno de R$ 3,6 milhões, o Instituto Taquari Vivo abriu processo seletivo para contratação de empresa especializada na readequação de estradas vicinais e construção de terraços nos municípios de Figueirão e Alcinópolis.  A ONG venceu o Edital de Chamamento Público lançado pelo Governo do Estado e intermediará as obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento dos rios da região. 

As intervenções devem beneficiar diretamente áreas de alta vulnerabilidade ambiental. Os municípios possuem solos arenosos e são fortemente impactados pelas condições precárias das estradas e pelo uso intensivo do solo, o que agrava o carreamento de sedimentos para os cursos d’água.

A contratação prevê a execução de 25 quilômetros de readequação de estradas rurais de leito natural, 375 quilômetros de terraços com camalhão central e 2.460 encabeçamentos nas extremidades dos terraços em cada um dos dois municípios. O objetivo é conter a erosão e impedir que sedimentos continuem impactando negativamente os rios locais.

A empresa vencedora terá até 180 dias para concluir os trabalhos após a emissão da ordem de serviço, com possibilidade de prorrogação mediante justificativa técnica. A fiscalização e a aprovação das obras ficarão sob responsabilidade do próprio Instituto Taquari Vivo.

Ainda segundo o edital, não será permitida subcontratação, e as empresas deverão comprovar experiência prévia na execução de obras similares, além de equipe técnica  para garantir o cumprimento das metas ambientais e estruturais previstas.

Serviço

As empresas interessadas devem encaminhar suas propostas até o dia 14 de agosto de 2025, às 17h30, para o e-mail [contato@taquarivivo.org]. O processo seletivo será conduzido com base no critério de menor preço global. 

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