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Com 28 casos e baixa vacinação, meningite preocupa saúde da Capital

A Sesau está investigando o óbito de uma criança que teve resultado positivo para influenza, mas meningite não foi descartada

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A possibilidade de a morte de uma criança de 7 anos ter ocorrido por meningite tem preocupado a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), isso porque Campo Grande já teve 28 casos da doença só neste ano e a vacinação fechou abaixo do recomendado no ano passado.

A morte da criança está sob investigação. O resultado para influenza B foi confirmado, mas a assessoria da Sesau relata que ainda estão aguardando o resultado do exame para meningite, sendo assim, o diagnóstico é inconclusivo. 

Na semana passada, a criança foi levada até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leblon, mas não resistiu. A assessoria informou que os familiares do paciente também estão em acompanhamento domiciliar, pois apresentam sintomas respiratórios importantes. 

Além disso, a Escola Municipal Professor José de Souza – Zezão, onde a criança estudava, deve receber a visita da unidade de saúde da região para verificar a caderneta de vacinação dos outros alunos. 

VACINAÇÃO 

A Sesau informou que, até o momento, 28 casos da doença foram confirmados na Capital. Em todo o ano passado, 105 casos foram registrados pela secretaria. A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, relata que há uma preocupação a respeito da doença. 

“As baixas coberturas vacinais preocupam porque há maior risco de complicações, internações e até óbitos por doenças imunopreveníveis, que são as doenças que temos vacina e proteção, e a população está deixando de aderir”, relatou Veruska. 

A superintendente ainda informa que são sete as vacinas recomendadas para crianças desde as primeiras fases da vida, todas disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 

A Sesau comenta que a aplicação da vacina que protege contra a meningite é realizada aos 3 meses e aos 5 meses de vida, com um reforço aos 12 meses. 

“Assim como as demais vacinas de rotina, é possível perceber uma queda na cobertura vacinal há alguns anos. Em 2022, apenas 79,5% das crianças que fazem parte do público-alvo do imunizante completaram o esquema vacinal. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para a vacina meningocócica C é de 95%”, informou a Sesau, em nota. 

Em maio deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro para a produção nacional de uma vacina que protege contra quatro tipos de meningite, a meningocócica ACWY conjugada. 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação Ezequiel Dias serão as responsáveis pela fabricação do imunizante, em parceria com a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK), que é a detentora da tecnologia presente no imunizante. 

A vacina é recomendado para adolescentes de 11 e 12 anos de idade que não se vacinaram. De acordo com a Fiocruz, a vacina quadrivalente protege contra os sorogrupos A, C, W e Y, responsáveis pelas doenças meningocócicas. 

A queda na cobertura vacinal foi verificada não apenas em Campo Grande, mas no Brasil todo: em cinco anos, a cobertura caiu de 87,4% para 47%, segundo dados do Ministério da Saúde. 

MENINGITE 

O médico pediatra Alberto Costa relata que a infecção por meningite normalmente ocorre pela aspiração da bactéria no ar. No entanto, o pediatra alerta que a meningite pode ser viral, fúngica ou até mesmo ser causada por protozoários. 

Segundo o Ministério da Saúde, a meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

“Essas meningites podem ser ocasionadas por alguém que esteja contaminado que esteja falando próximo, por espirro, por tosse, por beijo, e aí a pessoa já contrai o vírus, a bactéria ou o fungo e pode desenvolver a doença”, explicou. 

Os sintomas da meningite são variáveis, principalmente de acordo com a idade. Alberto Costa comenta que irritabilidade e febre constante são sinais de alerta em crianças menores. Em pessoas maiores, geralmente há vômito, rigidez de nuca e dor de cabeça. 

“A meningite é uma doença que tem riscos, principalmente por ser uma doença infectocontagiosa normalmente grave e com a possibilidade de causar sequelas e, às vezes, óbitos. Entre essas sequelas estão alterações motoras, alterações de fala, alterações mentais e assim por diante”, disse o pediatra. 

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, com ocorrências de surtos e epidemias ocasionais.

CASO MARCEL COLOMBO

Agressividade do Playboy fez juiz reduzir pena de Jamilzinho

Inicialmente o juiz afixou em 18 anos a pena pelo assassinato de Marcel Colombo, mas ela foi reduzida para 15 porque ele e os outros envolvidos teriam agido sob "violenta emoção"

19/09/2024 11h44

O juiz Aluizio Pereira entendeu que os réus agiram sob

O juiz Aluizio Pereira entendeu que os réus agiram sob "violenta emoção" e por isso reduziu em um sexto a pena de três dos réus Gerson Oliveira

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O comportamento agressivo de Marcel Hernandes Colombo, o Playboy da Mansão, levou o tribunal do júri e o juiz Aluizio Pereira dos Santos a reduzir em três anos a pena de três condenados pelo seu assassinato, ocorrido em 18 de outubro de 2018. 

A pena inicial aplicada pelo juiz para Jamil Name Filho e o guarda municipal Marcelo Rios foi de 18 anos. Porém, o magistrado entendeu que eles agiram sob forte emoção e por isso reduziu a pena para 15.  Com mais essa punição, Jamilzinho já soma penas de 69 anos

“A vítima contribuiu para o fato, pois provocou o acusado na boate "Valley Pub", pegando gelo do balde por duas vezes sem ser autorizado e ter liberdade para tanto e ainda o agrediu com socos a ponto de sangrar o nariz do acusado, daí gerando a revolta e posterior crime. Tanto é verdade a provocação que este foi denunciado por motivo torpe”, escreveu o magistrado em sua decisão. 

O mesmo ocorreu com relação à pena aplicada ao policial Federal Everaldo Monteiro de Assis, cuja pena final foi afixada em oito anos e quatro meses em regime fechado. Ele, embora já tenha outra punição, de 11 anos,  poderá recorrer em liberdade, determinou o juiz Aluizio Pereira. A decisão se ele terá de cumprir a pena de 11 anos em regime fechado depende do Tribunal de Justiça, explica o juiz.

Ao longo do julgamento, que começou na segunda-feira (16) e acabou por volta das 2 horas da madrugada desta quinta-feira, os advogados de defesa apresentaram uma série de áudios e boletins de ocorrência para tentar convencer os jurados de que Marcel Colombo colecionou uma infinidade de outros inimigos e que poderia ser algum destes que encomendou sua morte. 

Nestes áudios ou boletins de ocorrência, Marcel fazia questão de demonstrar que não se intimidava com ninguém e que, se necessário, apelaria à violência para resolver seus problemas. 

O próprio apelido, “Playboy da Mansão”, já era um indicativo de seu comportamento. Ele passou a ser chamado assim por conta de festas barulhentas que promovia em uma casa na região do bairro Carandá Bosque. .

Em meio a uma destes festas acabou sendo preso e levado à delegacia, acusado de pertubação do sossego e desacato de autoridade. Na delegacia, além de debochar e ameaçar policias, fez questão de afrontar cinegrafistas e fotógrafos que faziam imagens do material apreendido na mansão.

VIOLENTA EMOÇÃO 

A briga entre Jamil e Colombo ocorreu cerca de dois anos antes do assassinato, conforme a denúncia do Ministério Público, mas mesmo assim o juiz entendeu que os três ainda estavam agindo sob forte emoção. 

Na hora justificar a redução da pena de Jamilzinho, o magistrado afirmou que estava encurtando a punição “em razão de ter agido sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima na forma acima descrita, lembrando que esta atenuante abrange também situações de fatos ocorridas antes do crime”. 

Ao definir o tamanho da pena de Marcelo Rios, o magistrado afirmou que estava reduzindo a pena em “1/6 (um sexto) pela atenuante prevista no art. 65, inciso III,alínea "c", do CP em razão de ter agido sob a influência de tomar as dores do mandante Jamil Name Filho”. 

No caso do policial federal, que estava prestes a se aposentar e acabou sendo demitido de seu cargo público pelo juiz Aloísio Pereira, o magistrado afirmou que  estava reduzindo a pena e, 2,5 anos, incialmente fixada em 15 anos, “em razão de ter aderido às dores do amigo Jamil Name Filho”. 

 

Operação Mascate

Operação "desmonta" depósito que era utilizado para armazenar cargas ilícitas

Itens eram trazidos do Paraguai e distribuídos para pequenos comércios de Campo Grande

19/09/2024 11h20

Ação foi realizada pelo FICCO e pela Receita Federal

Ação foi realizada pelo FICCO e pela Receita Federal Divulgação

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A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso do Sul, em ação conjunta com a Receita Federal, deflagrou nesta quinta-feira (19) a Operação Mascate, com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão no armazém de uma organização criminosa que transporta cargas ilícitas diversas da fronteira do Paraguai para Campo Grande.

Ação foi realizada pelo FICCO e pela Receita Federal

Conforme apurado pela polícia, no local servia como entreposto de distribuição para pequenos comércios da capital sul-mato-grossense, que revendem a mercadoria importada ilicitamente, sem o recolhimento dos tributos fiscais.

Durante a ação, foram apreendidas grandes quantidades de mercadorias descaminhadas, além de um revólver, celulares, documentos e um DVR, gravador utilizado para converter sinais analógicos de câmeras de segurança em formato digital, que monitorava o local.

Ação foi realizada pelo FICCO e pela Receita Federal

O Juízo Federal da 5ª Vara Federal de Campo Grande/MS, deferiu a medida judicial com expedição de mandados de busca e apreensão para os imóveis.

Saiba: A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso do Sul (FICCO/MS) reúne Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública, Policia Civil, Agencia Estadual de Administração do Sistema Penitenciário, Secretaria Nacional de Políticas Penais e Policia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul.

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