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CLIMA

Com 418,6 milímetros de chuva, Campo Grande tem o ano mais seco da década

Conforme dados da série histórica do Inmet, desde 2015, o maior valor já atingido na Capital foi em 2016, com 1.159,8 mm

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Vivendo período de baixos índices de umidade relativa do ar, em Campo Grande, este já é o ano mais seco, pelo menos, desta década, com registros de chuvas abaixo da média histórica.

Segundo levantamento feito pelo Correio do Estado com base nos dados disponíveis do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de janeiro a agosto deste ano, o acumulado de chuva em Campo Grande foi de 418,6 milímetros. Em comparação com o ano passado, neste mesmo período, choveu na Capital 1.091,4 mm.

Os dados apresentam uma diminuição de chuvas de 61%. Nos últimos 10 anos, o menor registro de acumulado de chuvas havia sido de 662,5 mm, em 2022. Ou seja, a precipitação deste ano ainda é 36% menor em comparação ao, até então, menor registro desta década.

De 2015 até agora, a média de acumulado de precipitação nesses nove meses do ano costuma ser de 857 mm, cujo maior registro foi em 2016, com 1.159,8 mm. Em comparativo com a média anual, o acumulado de chuvas em Campo Grande está 51% abaixo do registro médio na cidade.

O cenário de seca fora do comum em Campo Grande fez com que a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) emitisse ontem um alerta à população sobre a baixa umidade do ar e uma onda de calor.

Com base nas previsões, a Sesau alerta para os impactos na saúde, como tosse seca, dificuldade de respirar, cansaço, dor e ardência nos olhos, nariz e garganta, rouquidão, dor de cabeça, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos.

A Pasta também informou que “segue um plano de contingência para esses períodos e orienta às unidades de saúde e à população. É preciso sempre manter água limpa e fresca à disposição, ande sempre com um copo ou garrafa e fique atento aos sinais de superaquecimento, como tonturas, náuseas, pulso rápido, pele seca e quente”, declarou a Sesau em nota. 

“ESTAÇÃO CHUVOSA”

Durante o verão 2023/2024, que terminou no dia 19 de março, a estação que é considerada a mais chuvosa do ano também foi a mais seca de Campo Grande em 10 anos, conforme o levantamento do Correio do Estado a partir de dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

De acordo com os índices do acumulado de precipitação do Inmet relativos ao verão, choveu 223,6 mm na Capital. Se comparado com o mesmo período do verão passado, o total de chuvas teve uma queda de 71%.

A análise de chuvas deste verão fica ainda mais evidente se contraposto com o período entre 2022 e 2023, que teve um acumulado de 771,6 mm.

A série histórica disponibilizada pelo Inmet, que vai de 2015 até este ano, mostra que até então o verão 2021/2022 tinha sido o mais seco: na época, a precipitação atingiu 386,0 mm. Mesmo assim, esse número é 57,9% maior que a precipitação do verão deste ano.

QUALIDADE DO AR

Sem o acumulado de chuva ideal, que ajuda a diminuir a concentração de poluentes no ar, na manhã ontem, os dados da Estação de Monitoramento do Ar que são coletados pelo projeto QualiAr, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), indicaram um índice ruim de qualidade do ar em Campo Grande (82 MP2,5).

A estação registra as partículas inaláveis finas que estão presentes na atmosfera da cidade. Esse tipo de partícula tem tamanho microscópico, por isso, quando liberado no ar, pode entrar facilmente nas vias respiratórias, causando problemas como asma, pneumonia e câncer de pulmão. 

Além disso, o MP2.5, emitido pela queima de combustíveis fósseis e de matéria orgânica pode contribuir para o aquecimento global e para as chuvas ácidas.

De acordo com o professor e coordenador do projeto QualiAr, Widinei Alves Fernandes, os piores índices de ontem foram registrados durante a madrugada.

“O pior índice dessa condição ruim, que é quando tem bastante fumaça na atmosfera, aconteceu na madrugada, com os índices subindo de quarta para quinta-feira”, informou Fernandes.

Apesar do alto índice de concentração de poluentes registrado, nos próximos dias, a tendência é que ele regresse para os níveis moderado e bom, caso não haja influência de acumulo de fumaça na atmosfera.

A alteração dos ventos, por conta da frente fria e a volta do tempo seco, foram os fatores climáticos que deixaram o mês de agosto com os piores índices de qualidade do ar em Campo Grande desde 2021.

De acordo com o professor e coordenador do QualiAr, desde o início da operação do, em março de 2021, os dados obtidos para agosto nunca foram tão preocupantes quantos os registrados no mesmo período deste ano.

“Em comparação ao mês de agosto de anos anteriores, não tivemos essa condição. Este ano vem sendo atípico. Os valores médios estão acima do normal. Esses valores altos tinham sido observados em 2022, nos meses de setembro a novembro, mas neste ano já se observa de maneira antecipada, em agosto”, informou.

Saiba

Conforme o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) o período de seca no Estado vem se estabelecendo desde o fim do ano passado. A seca influenciou nos incêndios do Pantanal.

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Cidades

Segurança passa mal ao inalar gás tóxico em posto de saúde de MS

O vazamento ocorreu na câmara fria da unidade, onde são armazenados os medicamentos

28/07/2025 18h13

Reprodução Governo do Estado

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O Corpo de Bombeiros foi acionado após um segurança inalar gás tóxico proveniente da câmara fria de um posto de saúde, no bairro Cohab, em Ladário, município localizado a 421 km de Campo Grande.

Uma equipe se deslocou para a unidade por volta das 19h21 de domingo (27). O posto fica na rua Nicola Scaffa e o chamado foi feito devido a um vazamento de gás na câmara fria, onde são armazenados os medicamentos da unidade.

Segundo informações levantadas com os profissionais que trabalham no local, o segurança do turno da noite passou mal após inalar o gás tóxico e precisou ser encaminhado ao pronto-socorro.

A equipe precisou entrar na unidade utilizando equipamentos de proteção respiratória. Os bombeiros abriram todas as portas e janelas para permitir a ventilação natural do ambiente.

Durante a inspeção, os bombeiros constataram que a câmara fria emitia um sinal sonoro, que estava ativado.

Após realizar todo o procedimento de segurança, a equipe repassou as orientações necessárias sobre os cuidados que devem ser adotados em casos de vazamento de gás tóxico.

O estado de saúde do profissional, assim como a origem exata do vazamento, não foi informado pela assessoria do Corpo de Bombeiros.

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Chamamento público

ONG intermedia obras ambientais de R$ 3,6 milhões em dois municípios de MS

Edital prevê obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento de rios

28/07/2025 18h00

Foto: Divulgação

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Com obras em torno de R$ 3,6 milhões, o Instituto Taquari Vivo abriu processo seletivo para contratação de empresa especializada na readequação de estradas vicinais e construção de terraços nos municípios de Figueirão e Alcinópolis.  A ONG venceu o Edital de Chamamento Público lançado pelo Governo do Estado e intermediará as obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento dos rios da região. 

As intervenções devem beneficiar diretamente áreas de alta vulnerabilidade ambiental. Os municípios possuem solos arenosos e são fortemente impactados pelas condições precárias das estradas e pelo uso intensivo do solo, o que agrava o carreamento de sedimentos para os cursos d’água.

A contratação prevê a execução de 25 quilômetros de readequação de estradas rurais de leito natural, 375 quilômetros de terraços com camalhão central e 2.460 encabeçamentos nas extremidades dos terraços em cada um dos dois municípios. O objetivo é conter a erosão e impedir que sedimentos continuem impactando negativamente os rios locais.

A empresa vencedora terá até 180 dias para concluir os trabalhos após a emissão da ordem de serviço, com possibilidade de prorrogação mediante justificativa técnica. A fiscalização e a aprovação das obras ficarão sob responsabilidade do próprio Instituto Taquari Vivo.

Ainda segundo o edital, não será permitida subcontratação, e as empresas deverão comprovar experiência prévia na execução de obras similares, além de equipe técnica  para garantir o cumprimento das metas ambientais e estruturais previstas.

Serviço

As empresas interessadas devem encaminhar suas propostas até o dia 14 de agosto de 2025, às 17h30, para o e-mail [contato@taquarivivo.org]. O processo seletivo será conduzido com base no critério de menor preço global. 

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