Cidades

DIAS MELHORES

Com a fé de que tudo vai passar, religiões defendem a ciência

Líderes acreditam em um recomeço cheio de aprendizado para toda humanidade

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Inerente ao ser humano, a fé em algo ou alguém costuma ter o poder de mover montanhas e dissipar até o pior dos medos. Em tempos de coronavírus e de uma pandemia que mudou o cotidiano de milhares de pessoas pelo mundo, o Correio do Estado procurou a opinião de diferentes líderes e membros de comunidades religiosas.

Cada um, conforme sua concepção de fé, tem a esperança de que, com as medidas de segurança tomadas pela ciência e um grande auxílio de um Ser Supremo no universo, é possível acreditar em recomeço cheio de aprendizado para a humanidade.  

“Estamos passando por um momento de calamidade pública com a chegada do coronavírus. Estamos assustados, com medo, nós queremos também tomar atitudes concretas, verdadeiramente”, compreende Reginaldo Padilha, missionário redentorista do Santuário Estadual de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

No entanto, para o missionário, o momento é de perseverança dentro das orientações do Ministério da Saúde.  

“A fé e a esperança são duas ações que não podem faltar na nossa vida, e, com elas, atitudes concretas de uma mudança, que começa com o bom entendimento de cada um de nós, ou seja, lavar bem as mãos, higienizar bem o local onde você mora, passar álcool em gel e, o mais importante, se você tem acima de 60 anos e faz parte do grupo de risco, não saia de casa. Quero lembrá-los, a prevenção é o melhor remédio”, pontua.

Vicente Maiorino Júnior, sumo sacerdote e presidente da Estaca Campo Grande da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, pede para as pessoas serem positivas. “A crise vai passar, provavelmente em alguns meses. Vamos ser pacientes”.

Para levar esta mensagem aos membros da igreja e também a outras pessoas, a liderança mundial dos Santos dos Últimos Dias – nos Estados Unidos – emitiu orientação, compartilhada via WhatsApp para os líderes em diversos lugares. O texto traz orientação para que todos sejam “bons cidadãos”.  

“Iremos colaborar para que a doença não se alastre. Não vamos ter medo, medo é o contrário da fé. Ele é inimigo do progresso e ele paralisa. Não permitam que o medo entre em sua vida. Ele não vai ajudar. Vamos trabalhar com fé. A fé é o melhor antídoto para enfrentar o medo e para a realização de grandes coisas, inclusive para o enfrentamento de crises”, diz a mensagem.

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Orações

Armando Salem, da Sociedade Islâmica de Campo Grande, fez questão de ressaltar que a mesquita localizada na cidade está seguindo as orientações do Ministério da Saúde, restringindo o número de pessoas no local. Segundo Armando, em todas as orações o pedido tem sido o mesmo, que a pandemia se afaste do País.  

“Faz parte das nossas orações pedir para afastar a pandemia de nós, afastar essa doença de todos que estão neste país, para deixar o nosso país em paz e na tranquilidade. Todos os dias pedimos socorro para aquele que criou todas as coisas, para o nosso criador. Quando um muçulmano faz suas orações, ele suplica pela sua família e para o interesse de todos que vivem em sociedade”, acredita.

A prevenção é o foco da Igreja Evangélica Comunidade Global, que transmitirá os cultos pela internet.  

“Nós, como igreja, estamos tomando todos os cuidados necessários para seguirmos a orientação das autoridades municipais, estaduais e a nível federal. Nós, como igreja, nos movemos em fé, mas temos a orientação e acreditamos que essa orientação vem para nos preservar. Nossa palavra é alinhada com a fé e com a palavra de Deus. A palavra diz que nós somos guardados na nossa emoção, que a paz de Deus excede todo o entendimento humano”, frisa o líder apostólico Edmilson Oliveira.

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O período de isolamento e de quarentena também pode ser utilizado para ajudar ao próximo, segundo Darlene Cavalcante, presidente da Federação Espírita de Mato Grosso do Sul.  

“A humanidade já passou por situações semelhantes em outros momentos da história. Nada melhor agora do que cuidar dos nossos pensamentos neste momento, mantendo uma vibração positiva, porque os nossos pensamentos têm vida”, explica.

Para ela, não há lugar para o egoísmo.  

“Temos a oportunidade de combater um pouco desse egoísmo que carregamos, mesmo se tivermos que ficar em casa, em recolhimento, podemos vibrar para que tudo se encaminhe da melhor maneira e nos colocarmos à disposição para falarmos com uma pessoa que esteja em quarentena, seja pela idade ou por uma doença, levar uma palavra de paz, sempre respeitando as autoridades da área da saúde”, acredita.

SEM LOCOMOÇÃO

Motoristas ignoram decisão judicial e deixam Campo Grande sem ônibus

Capital amanheceu sem transporte coletivo e com terminais fechados pela 2ª vez no ano

15/12/2025 07h28

Terminal Morenão sem

Terminal Morenão sem "uma alma viva" na manhã desta segunda-feira (15) ARQUIVO PESSOAL

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Campo Grande amanheceu sem ônibus, com terminais fechados e ônibus nas garagens nesta segunda-feira (15).

O transporte coletivo está em greve por tempo indeterminado e deixou usuários “na mão” em pleno início de semana. A greve foi alertada antecipadamente e não pegou passageiros de surpresa.

As pessoas que dependem do transporte coletivo tiveram que recorrer a caronas, transporte por aplicativo, táxi ou bicicleta para chegar ao trabalho na manhã desta segunda-feira (15).

Esta é a segunda vez no ano em que o ônibus para na Capital.

Os motoristas do Consórcio Guaicurus estão sem salário há 10 dias. Com isso, reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, em decisão judicial, que 70% dos motoristas trabalhem durante a paralisação, o que foi desrespeitado pelos motoristas.

PARALISAÇÃO

Em 22 de outubro de 2025, quarta-feira, Campo Grande amanheceu sem ônibus, com terminais fechados e pontos vazios.

Os motoristas do transporte coletivo paralisaram atividades por duas horas, das 4h30min às 6h30min, o que refletiu em atrasos o dia todo.

O fato pegou usuários de surpresa, que acordaram para ir trabalhar e não tinham meio de locomoção.

Em 25 de novembro de 2025, terça-feira, o vale atrasou de novo e os motoristas cogitaram nova paralisação. Mas, o pagamento foi efetuado e não houve greve.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o atraso o ocorreu pela falta de pagamento de R$ 9 milhões, sendo R$ 6 milhões do Governo de MS e R$ 3 milhões da Prefeitura de Campo Grande, ao Consórcio Guiacurus.

O Goverdo do Estado estava com o dinheiro disponível em caixa, mas não conseguiu repassá-lo à prefeitura porque a administração municipal deixou de emitir uma certidão, que é exigida para que o convênio seja cumprido. 

Em nota enviada à imprensa em 22 de outubro de 2025, a Prefeitura afirmou que está em dia com o pagamento ao Consórcio Guaicurus. 

"A Prefeitura de Campo Grande informa que está rigorosamente em dia com todas as suas obrigações de pagamento junto ao Consórcio Guaicurus. É importante destacar que o financiamento do transporte coletivo urbano envolve também outros entes públicos e a própria sociedade, por meio da tarifa paga pelos usuários.

No que compete ao Município, todos os compromissos estão sendo cumpridos. A administração mantém diálogo constante com o Consórcio para buscar as melhores soluções e assegurar a continuidade e a qualidade do serviço, evitando prejuízos à população".

A expectativa é que o pagamento seja feito até quarta-feira (26), para que não aconteça paralisação. 

CIDADES

Segunda parcela do 13º salário deve ser paga até a próxima sexta-feira

Salário extra injetará R$ 369,4 bilhões na economia, segundo o Dieese

14/12/2025 23h00

Essa data vale apenas para os trabalhadores na ativa

Essa data vale apenas para os trabalhadores na ativa Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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A segunda parcela do décimo terceiro salário deve ser depositada a 95,3 milhões de brasileiros até a próxima sexta-feira (19). A primeira foi paga até 28 de novembro, conforme a legislação.

Um dos principais benefícios trabalhistas do país, o salário extra injetará R$ 369,4 bilhões na economia neste ano, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em média, cada trabalhador com carteira assinada deverá receber R$ 3.512, somadas as duas parcelas.

Essas datas valem apenas para os trabalhadores na ativa. Como nos últimos anos, o décimo terceiro dos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi antecipado. A primeira parcela foi paga entre 24 de abril e 8 de maio e a segunda, entre 26 de maio e 6 de junho.

Quem tem direito

Segundo a Lei 4.090/1962, que criou a gratificação natalina, têm direito ao décimo terceiro aposentados, pensionistas e quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 15 dias. Com isso, o mês em que o empregado tiver trabalhado 15 dias ou mais será contado como mês inteiro, com pagamento integral da gratificação correspondente àquele mês.

Trabalhadores em licença-maternidade e afastados por doença ou por acidente também recebem o benefício. No caso de demissão sem justa causa, o décimo terceiro deve ser calculado proporcionalmente ao período trabalhado e pago junto com a rescisão. No entanto, o trabalhador perde o benefício se for dispensado com justa causa.

Cálculo proporcional

O décimo terceiro salário só será pago integralmente a quem trabalha há pelo menos um ano na mesma empresa.

Quem trabalhou menos tempo receberá proporcionalmente. A cada mês em que trabalha pelo menos 15 dias, o empregado tem direito a um doze avos (1/12) do salário total de dezembro. Dessa forma, o cálculo do décimo terceiro considera como um mês inteiro o prazo de 15 dias trabalhados.

A regra que beneficia o trabalhador o prejudica no caso de excesso de faltas sem justificativa. O mês inteiro será descontado do décimo terceiro se o empregado deixar de trabalhar mais de 15 dias no mês e não justificar a ausência.

Tributação

O trabalhador deve estar atento quanto à tributação do décimo terceiro. Sobre o décimo terceiro, incide tributação de Imposto de Renda, INSS e, no caso do patrão, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, os tributos só são cobrados no pagamento da segunda parcela.

A primeira metade do salário é paga integralmente, sem descontos. A tributação do décimo terceiro é informada num campo especial na declaração anual do Imposto de Renda Pessoa Física.

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