Campo Grande segue anotando mortes no trânsito em pleno Maio Amarelo, com a morte de Matheus Leandro, de 28 anos, na manhã de hoje (19) na avenida Duque de Caxias, sendo a oitava envolvendo motociclistas desde que a campanha foi lançada na Capital.
Vale lembrar que, enquanto a prefeita Adriane Lopes lançava o "Maio Amarelo" em plena praça Ary Coelho no centro de Campo Grande, a data de abertura da campanha foi marcada pelo óbito da motociclista Aline Souza Cândida, de 25 anos, morta após derrapar na areia e ser atropela por um ônibus no bairro Jardim Los Angeles.
Já nesta segunda-feira (19), Matheus seguia pela avenida Duque de Caxias em frente à base aérea de Campo Grande, quando teria perdido o controle da motocicleta ao tocar o meio fio e colidir com um poste de iluminação pública.
Com a presença do Corpo de Bombeiros Militar no local do acidente, foi constatado que o motociclista de 28 anos sofreu uma fratura cervical, morrendo no local da batida.
Conforme boletim de ocorrência, uma mulher se identificou aos agentes como ex-esposa da vítima, dizendo que ela e Matheus bebiam em uma festa e supostamente o jovem teria saído do local para buscar um dinheiro não retornado.
Impacto na saúde
Com base nos dados repassados pela Santa Casa, a unidade médica em Campo Grande vê uma crescente nos casos de acidentes, com pelo menos 8.803 vítimas registrando entrada no pronto-socorro somente nos primeiros quatro meses de 2025.
Segundo o médico emergencista da instituição, Dr. Rodrigo Quadros, o fluxo de acidentes nas vias de Campo Grande impacta diretamente na rotina do hospital com uma consequente sobrecarga, já que os casos mais graves podem terminar em morte, mas também gerar internações prolongadas e cirurgias complexas.
"Todos os pacientes que nós atendemos e que podem conversar sempre falam que nunca imaginavam sofrer um acidente. Então, provavelmente, você também pensa assim, mas um dia pode ser a sua vez. A prevenção é a melhor forma de evitar tragédias. Pequenas mudanças de comportamento, como não dirigir sob efeito de álcool, respeitar os limites de velocidade e manter a distância segura dos demais veículos, podem salvar vidas", afirma o médico.
Antes mesmo do maio amarelo, entre janeiro e abril os acidentes envolvendo carro e moto somaram 393 das 8.803 vítimas totais no pronto-socorro da Santa Casa. Já os casos de batidas entre duas motocicletas representam 79 no mesmo universo total.
Outros casos
Desde o início deste mês, além da morte de Aline, um segundo caso foi a emblemática morte de mãe e filha em acidente com uma motocicleta, após serem atingidas por uma Fiorino em acidente no dia 06 no bairro Tiradentes.
Essa ocorrência vitimou Patrícia Helena Lopes de Oliveira (48), que carregava em uma Honda Biz sua filha gestante, Maria Isabel, de 23 anos.
Ambas morreram - Maria dias depois na Santa Casa - após Patrícia desrespeitar a sinalização de "pare" do cruzamento entre a Rua Cândida de Lima Barros e Avenida Rouxinol.
Depois houve ainda o registro do óbito após grave acidente no km 366 da BR-262 (saída para Terenos), dentro dos limites urbanos de Campo Grande, que vitimou um motociclista de 38 anos na sexta-feira (09 de maio).
Outro caso envolvendo motociclista aconteceu no rodoanel da BR-163, no quilômetro 485 da rodovia, quando esse teria se chocado com um primeiro veículo no sentido para a saída de Cuiabá, caindo na pista e sendo atropelado por um caminhão.
Neste domingo (18) recente, durante a madrugada, houve a sexta morte envolvendo motociclista desde o começo de maio em Campo Grande, vitimando Vitor Silva Gonçalves, conduzia uma Honda Fan e não resistiu aos ferimentos após ser atingido na bifurcação em "T" da rua Vitor Meireles com Mena Barreto, no bairro Universitário, pela moto de Eduardo Santos da Conceição.