Cidades

SAÚDE

Com economia de 95%, Regional criou técnica que acelera a alta

Método para tratamento de feridas extensas reduziu de 3 meses para 12 dias o período de internação de pacientes no hospital, além de custar apenas R$ 180

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A equipe do Serviço de Cuidados com a Pele do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) desenvolveu uma técnica de terapia para tratamento de feridas extensas que acelera recuperação e gera economia de 95% em atendimentos do setor, além de resultar na desospitalização dos pacientes.

Segundo o hospital, a técnica se chama terapia de feridas por pressão negativa – método HRMS e foi desenvolvida em julho de 2022. 

A implementação da inovação surgiu a partir de pesquisas da equipe de cuidados com a pele do HRMS, que encontrou publicações científicas sobre o uso da terapia de feridas por pressão negativa em outros hospitais que integram o Sistema Único de Saúde (SUS).

A equipe observou que era possível implementar a terapia no Regional usando os insumos já existentes no centro médico, sem a necessidade de gerar novos gastos com equipamentos. 

De acordo com o hospital, após a implementação do novo método, “observou-se que houve uma boa evolução na cicatrização de feridas extensas iguais às tratadas com o aparelho comercial. Porém, a terapia de feridas por pressão negativa otimizou o tempo do profissional na manipulação de feridas e diminuiu o tempo de internação do paciente”, declarou o HRMS, em nota.

O benefício econômico também foi observado, já que o tratamento conversacional é comercializado no valor de aproximadamente R$ 4 mil, e o realizado na instituição custa cerca de R$180, gerando uma economia de 95%.

Mesmo com o baixo custo, o hospital reitera que é mantida a mesma eficácia na recuperação da lesão do paciente.

Para o tratamento, são utilizados dispositivo para aspiração com regulagem, sonda de aspiração, compressa estéril adequada ao tamanho da lesão e filme transparente.

“A terapia de feridas por pressão negativa – método HRMS proporcionou aos pacientes do SUS segurança e objetividade no tratamento, além de garantir resultados satisfatórios respeitando todos os protocolos de segurança ao paciente. A importância desta nova tecnologia está na menor manipulação da ferida e, consequentemente, em menos dor ao paciente, além de proporcionar uma cicatrização mais rápida e reduzir o tempo de internação”, concluiu o HRMS.

TEMPO DE INTERNAÇÃO

O hospital ainda esclarece que recebe com frequência pacientes com lesões de pele agudas ou crônicas, que demandam a realização de curativos e necessitam de maior tempo de internação.

Pacientes com lesão por pressão com infecção, amputação de pé diabético ou abertura de ferida cirúrgica requerem maior tempo de cuidado à beira do leito pela equipe assistencial multiprofissional, necessitando de diversas trocas de curativos, em alguns casos, com trocas feitas três vezes ao dia.

Um curativo convencional de ferida extensa levaria de dois a três meses para cicatrização total. Com o método do HRMS, a média é de três aplicações, porém, em um intervalo de 9 a 12 dias. Após esse período, o paciente está apto a receber alta para o ambulatório de feridas do hospital.

APLICAÇÃO E BENEFÍCIOS

Este tipo de tratamento elaborado pela equipe do Serviço de Cuidados com a Pele é usado em pacientes com feridas extensas, que podem ser de vários setores, como clínica médica e cirurgia geral.

De acordo com estudos publicados, a terapia de pressão negativa é um tipo de tratamento ativo da ferida que promove sua cicatrização em ambiente úmido, por meio de uma pressão subatmosférica controlada e aplicada localmente. 

Ela é composta por uma espuma ou gaze que, por meio da pressão subatmosférica, é aplicada em toda a área da ferida, com objetivo de cobrir toda sua extensão, fazendo com que o exsudato (líquido que sai da ferida durante a cicatrização) seja removido. 

Como resultado da aplicação, a terapia negativa reduz edema, controla o exsudato, aumenta o fluxo sanguíneo e promove a formação de tecido saudável na ferida.

A técnica permite a aceleração do processo de cicatrização, além de diminuir a dor do paciente, já que o profissional de enfermagem não precisa realizar o processo de desbridamento de feridas (retirada de tecido morto) com bisturi.

SAIBA

O método de terapia para tratamento de feridas extensas desenvolvido pelo hospital foi apresentado, em fevereiro, no evento Acolhe Saúde, do Hospital Regional, que destaca iniciativas inovadoras para a segurança do paciente.

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EXÉRCITO BRASILEIRO

Exército quer ter 20% de militares mulheres até 2035

No primeiro ano de alistamento militar feminino, foram 478 mulheres inscritas para disputarem 99 vagas

22/04/2025 17h30

General de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha

General de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha FOTO: Gerson Oliveira

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Nesta terça-feira (22), durante um Encontro Institucional realizado no Comando Militar do Oeste -(CMO), o General de Exército Richard Fernandez Nunes, Chefe do Estado-Maior do Exército (Ch EME), afirmou que até 2035, a expetativa é que pelo menos 20% dos militares brasileiros seja composto por mulheres.

A informação foi confirmada pelo chefe do Comando Conjunto do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Oeste (CCOp/CMO), general de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, que lembrou que, esse ano foi o primeiro no qual mulheres puderam de alistar voluntariamente ao serviço militar em Mato Grosso do Sul.

Conforme Baganha, até o momento foram 478 mulheres inscritas para disputarem 99 vagas, que serão distribuídas entre a base de administração e apoio, o Colégio Militar e o Hospital Militar de Campo Grande, o que representa uma disputa de quatro mulheres por vaga. “Haverá um processo seletivo para a escolha de quem assumirá essas vagas, e dentro daquela previsão para 2035, as selecionadas vão começar a servir com a gente a partir de 2026. São quase 500 inscritas e esse número só tende a aumentar a cada ano”, disse.

Na ocasião, o general do CMO também falou da integração do Exército Brasileiro com outras forças de segurança estadual no combate ao crime transfronteiriço. “Nós temos uma facilidade de comunicação e de atuação, inclusive cedendo meios para que a segurança pública utilize, fazendo parte do uso da infraestrutura que eles têm, da capilaridade que nós temos e a logística que nós temos. Claro que há sempre espaço para melhorias e esse é o nosso trabalho, procurar estreitar relacionamentos”, salientou.

Durante a reunião, Baganha disse ainda que, uma das prioridades para o Exército de Mato Grosso do Sul é concluir a base do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira - (SISFRON), que objetiva proporcionar ao Exército Brasileiro os meios necessários de monitoramento e controle para operação na faixa de fronteira terrestre brasileira, e destina-se ao sensoriamento, ao apoio às operações e à decisão, a fim de permitir a atuação de forma efetiva nas áreas de fronteira da Amazônia, do Centro-Oeste e do Sul.

Sendo assim, o sistema coopera, dessa maneira, para a segurança, a redução de ilícitos transfronteiriços, a preservação ambiental, a proteção de comunidades indígenas e a obtenção do efeito dissuasório, por meio da utilização da capacidade operacional do Exército Brasileiro, na selva e em outros ambientes do País, isoladamente ou em conjunto com outros órgãos governamentais.

General de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha

Também presente no encontro, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel parabenizou o Exército pelo trabalho executado e apresentado, e salientou a importância desse trabalho para a segurança pública social. “A segurança pública faz parte de um item que muito importante, que gera emprego, renda, desenvolvimento para o Estado, e ainda tem essa capacidade de dar tranquilidade ao investidor e é fator decisório para que investidores venham para cá. O Exército coloca todas essas ações aqui e é um grande aliado do Mato Grosso do Sul”, afirmou em discurso.

Mobilização

Paralisação nacional deixará escolas municipais e estaduais sem aula nesta quarta-feira

A ação foi convocada pela CNTE e faz parte da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.

22/04/2025 17h03

Paralisação nacional deixará escolas municipais e estaduais sem aula nesta quarta-feira

Paralisação nacional deixará escolas municipais e estaduais sem aula nesta quarta-feira Foto: Divulgação / Governo de MS

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Os professores e trabalhadores da rede municipal e estadual de Campo Grande irão aderir ao Dia Nacional da Paralisação, uma ação convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), como parte da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. 

A decisão foi tomada hoje (22) em assembleias com a participação da Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), onde oficializaram a adesão ao movimento. 

Com isso, as escolas da rede municipal e estadual da Capital e de outros municípios de Mato Grosso do Sul não terão aula nesta quarta-feira (23), data da paralisação. 

O movimento tem o apoio de várias entidades e é uma “resposta aos ataques sofridos pela educação pública brasileira e um chamado à valorização urgente para quem faz a educação acontecer”, segundo o CPERS, o sindicato de professores do Rio Grande do Sul, um dos apoiadores do ato. 

Convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o movimento reunirá professores, funcionários, especialistas e demais trabalhadores da educação pública em atos por todo o Brasil. 

Entre as pautas defendidas estão a realização de concurso público para o ingresso de profissionais, o cumprimento do Piso Nacional do Magistério, revisão dos salários em 12,14% para todos os segmentos da educação pública, revogação da alíquota previdenciária de 14% para aposentados, melhores condições de trabalho, entre outras. 

Em Campo Grande, a mobilização será na Praça do Rádio Clube a partir das 9h e sairá em passeata pelas ruas centrais da cidade no dia 23. Além da passeata, a semana será marcada por debates e palestras sobre assuntos que, segundo a FETEMS, “se alastram pelo país e o mundo e que precisam ser enfrentados com contundência pelos setores progressistas da sociedade”, falando sobre a privatização das escolas públicas. 

Após a mobilização, às 14h, a FETEMS promove uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), em parceria com os deputados Estaduais Pedro Kemp e Gleice Jane, do PT, onde será debatido o Projeto de Lei 2614/2024, que institui o Plano Nacional de Educação (PNE), que, quando aprovado, terá validade de 10 anos a partir de 2025. Além do debate, também haverá uma palestra ministrada pela Professora Andréia Militão, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). 
 

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