Cidades

Em Campo Grande

Com início de operação, quantidade de lixo descartado incorretamente diminui

Nenhum autor foi autuado em flagrante nos primeiros dias de fiscalização; secretário atribui à divulgação da fiscalização

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Nesta semana, a Prefeitura de Campo Grande deu início a uma operação destinada a prender, em flagrante, pessoas que façam o descarte incorreto de resíduos como lixo e entulho em locais públicos e até mesmo em terrenos privados.

O objetivo da iniciativa, além de punir os responsáveis pelo descarte indevido desses materiais, tem caráter educativo, reforçando os critérios de limpeza a serem seguidos pela população.

Em coletiva, realizada na manhã desta quarta-feira (13), o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, revelou que após a divulgação da operação na imprensa, houve uma redução no descarte irregular, a tal ponto que nenhum autor do delito foi flagrado pelas equipes.

"Na verdade, como a mídia começou a dar atenção a essa pauta a partir de segunda-feira, eu acredito que isso já fez com que as pessoas dessem uma recuada. Estamos com o pessoal na rua, e até o presente momento não foi feito um flagrante. Sinal que [a fiscalização] funciona", disse o secretário.

Miglioli explicou que a operação teve início pelos bairros da região Anhanduizinho, mas já se expandiu para as demais regiões de Campo Grande. Ele reforçou ainda que não se trata de uma ação de limpeza da cidade, porque esse trabalho já é feito ininterruptamente durante todo o ano, mas sim para punir os responsáveis pela sujeira.

Segundo o secretário, o valor investido para limpar os locais onde há descarte incorreto é muito alto, isso sem contar demais problemas de saúde pública e ambientais causados pelo acúmulo desses materiais.

As ações são coordenadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e Secretaria Municipal De Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), com apoio da Guarda Municipal e da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat). 

"Nós estamos falando de uma remoção diária de 80 a 100 caminhões de lixo por dia. É um volume bastante consistente, não é pouca coisa. Isso nos levou a procurar a Decat e a promotoria pra fazermos essa ação conjunta", disse Miglioli.

A operação funciona da seguinte forma: o autor do descarte irregular de lixo que for flagrado pela Guarda Municipal, que realiza patrulhamento em todas as regiões da Capital, poderá ser abordado pelos agentes e encaminhado à Decat, que irá comunicar o Ministério Público para iniciar os procedimentos para a aplicação das penalidades cabíveis. A multa pode variar de R$ 2 mil a R$ 21 mil.

Obstáculos

Um dos obstáculos enfrentados para o combate ao crime, previsto no artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), é a identificação do autor.

Isso porque em muitos casos não há um flagrante, e quando o ato é fotografado ou filmado pela população, não fornece informações suficientes ou possui qualidade de imagem que possa resultar na identificação.

"O que acontece é que as pessoas reclamam, isso chega até o Ministério Público, e aí muitas vezes a pessoa não quer se identificar, ou vê o problema, que é o descarte, mas não sabe informar quem jogou. Aí fica muito difícil levantar e conseguir elucidar quem, de fato, cometeu aquele ato", disse o promotor de Justiça, Luiz Antônio Freitas.

Gisseli Giraldelli, superintendente da Secretaria Municipal De Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), acrescentou que entre os anos de 2023 e 2024, apenas nove responsáveis por descarte irregular de lixo puderam ser identificados pelas autoridades e penalizados por tais atos.

"Por isso a força tarefa, por isso esse trabalho de inteligência. Porque a gente tem uma grande dificuldade de responsabilizar o verdadeiro autor. A gente não pode sair punindo de forma indiscriminada", concluiu.

A população pode
ajudar denunciando

A Prefeitura conta com o apoio da população para reforçar o combate ao descarte incorreto de lixo.

As denúncias podem ser feitas de diversas formas:

Pelo aplicativo Fala CG, disponível para dowlond na PlayStore e na AppStore.

Pelo telefone, através dos números 153 e 156, sendo o número 153 indicado nos casos de flagrante, já que contata diretamente a Guarda Civil Metropolitana, que irá enviar a equipe mais próxima do local, aumentando a chance de responsabilização ao autor.

Caso consiga fazer um registro do responsável pelo descarte incorreto do lixo, seja foto ou vídeo, a denúncia pode ser feita pelo e-mail, pelo sufga@semadur.campogrande.ms.gov.br. Vale reforçar que, caso o autor esteja utilizando algum veículo, como carro ou moto, fotos da placa ajudam na identificação.

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Cidades

Segurança passa mal ao inalar gás tóxico em posto de saúde de MS

O vazamento ocorreu na câmara fria da unidade, onde são armazenados os medicamentos

28/07/2025 18h13

Reprodução Governo do Estado

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O Corpo de Bombeiros foi acionado após um segurança inalar gás tóxico proveniente da câmara fria de um posto de saúde, no bairro Cohab, em Ladário, município localizado a 421 km de Campo Grande.

Uma equipe se deslocou para a unidade por volta das 19h21 de domingo (27). O posto fica na rua Nicola Scaffa e o chamado foi feito devido a um vazamento de gás na câmara fria, onde são armazenados os medicamentos da unidade.

Segundo informações levantadas com os profissionais que trabalham no local, o segurança do turno da noite passou mal após inalar o gás tóxico e precisou ser encaminhado ao pronto-socorro.

A equipe precisou entrar na unidade utilizando equipamentos de proteção respiratória. Os bombeiros abriram todas as portas e janelas para permitir a ventilação natural do ambiente.

Durante a inspeção, os bombeiros constataram que a câmara fria emitia um sinal sonoro, que estava ativado.

Após realizar todo o procedimento de segurança, a equipe repassou as orientações necessárias sobre os cuidados que devem ser adotados em casos de vazamento de gás tóxico.

O estado de saúde do profissional, assim como a origem exata do vazamento, não foi informado pela assessoria do Corpo de Bombeiros.

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Chamamento público

ONG intermedia obras ambientais de R$ 3,6 milhões em dois municípios de MS

Edital prevê obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento de rios

28/07/2025 18h00

Foto: Divulgação

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Com obras em torno de R$ 3,6 milhões, o Instituto Taquari Vivo abriu processo seletivo para contratação de empresa especializada na readequação de estradas vicinais e construção de terraços nos municípios de Figueirão e Alcinópolis.  A ONG venceu o Edital de Chamamento Público lançado pelo Governo do Estado e intermediará as obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento dos rios da região. 

As intervenções devem beneficiar diretamente áreas de alta vulnerabilidade ambiental. Os municípios possuem solos arenosos e são fortemente impactados pelas condições precárias das estradas e pelo uso intensivo do solo, o que agrava o carreamento de sedimentos para os cursos d’água.

A contratação prevê a execução de 25 quilômetros de readequação de estradas rurais de leito natural, 375 quilômetros de terraços com camalhão central e 2.460 encabeçamentos nas extremidades dos terraços em cada um dos dois municípios. O objetivo é conter a erosão e impedir que sedimentos continuem impactando negativamente os rios locais.

A empresa vencedora terá até 180 dias para concluir os trabalhos após a emissão da ordem de serviço, com possibilidade de prorrogação mediante justificativa técnica. A fiscalização e a aprovação das obras ficarão sob responsabilidade do próprio Instituto Taquari Vivo.

Ainda segundo o edital, não será permitida subcontratação, e as empresas deverão comprovar experiência prévia na execução de obras similares, além de equipe técnica  para garantir o cumprimento das metas ambientais e estruturais previstas.

Serviço

As empresas interessadas devem encaminhar suas propostas até o dia 14 de agosto de 2025, às 17h30, para o e-mail [contato@taquarivivo.org]. O processo seletivo será conduzido com base no critério de menor preço global. 

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