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Com melhora na pandemia, leitos Covid começam a ser desativados em Mato Grosso do Sul

Leitos estão sendo adaptados para realização de cirurgias eletivas

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Leitos adaptados para tratamento da Covid-19 começaram a ser desativados em Mato Grosso do Sul após um ano e sete meses de pandemia, de acordo com a secretária adjunta de saúde, Christinne Maymone.

De acordo com dados do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), existem 114 pessoas internadas em Mato Grosso do Sul, sendo 50 em leitos clínicos e 64 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

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O recorde de pessoas internadas no intervalo de um dia ocorreu em 8 de junho deste ano, quando 1.339 pessoas encontravam-se hospitalizadas.

“Mato Grosso do Sul liberou as cirurgias eletivas e começamos a fazer as cirurgias em hospitais. Os leitos, se de Covid não precisa mais, tendem a se transformar em leitos não Covid”, afirmou Christinne.

“Então transformando leitos Covid que não estamos precisando neste momento em leitos não Covid porque agora vamos retornar as cirurgias”, complementou.

A ocupação global de leitos UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) na macrorregião de Campo Grande está em 44% (10% Covid), Dourados 48% (11% Covid), Três Lagoas 32% (10% Covid) e Corumbá 47% (6% Covid).

O avanço na vacinação é responsável pela queda de testes positivos, internações, taxa de contágio e óbitos por Covid-19.

Mato Grosso do Sul tem 76,78% da população vacinada com uma dose e 59,4% do público vacinado com as duas doses ou dose única, de acordo com dados do vacinomêtro disponibilizado pela SES.

Se contar apenas a população adulta, o número sobe para 94,88% de vacinados e 77,96% imunizados. Com isso, Mato Grosso do Sul atingiu a imunidade coletiva na população acima de 18 anos.

A vacinação em massa proporciona queda da taxa de contágio, que encontra-se em 0,81 em Mato Grosso do Sul. O recorde ocorreu em meados de junho deste ano, quando a taxa de contágio bateu os 1,15.

É necessário que a taxa de contágio esteja em menos de 1% para que haja sucesso no enfrentamento à pandemia, de acordo com o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.

Resende comemora a desaceleração da pandemia em Mato Grosso do Sul.

“Tivemos no mês de setembro 4.336 casos de Covid e no mês de junho 44.686, um decréscimo de 90,29%. De óbitos nós tivemos em junho 1.323 e em setembro tivemos 145 óbitos, decréscimo de 89,04%. Isso é muito importante porque mostra o avanço da imunização, e decréscimo de número de casos e óbitos”.

Cirurgias eletivas

As cirurgias eletivas, paralisadas durante a pandemia, retornaram em setembro deste ano em Mato Grosso do Sul, após melhora na pandemia. 

De acordo com relação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), os procedimentos serão realizados de setembro de 2021 a outubro de 2022 para zerar a fila de espera.

As cirurgias com maior demanda em Mato Grosso do Sul são: cirurgia geral, otorrinolaringologia, oftalmologia, cirurgia vascular, ortopedia, urologia e ginecologia. 

Estão previstas 70.009 cirurgias em 30 municípios de Mato Grosso do Sul, com investimento de R$60 milhões. 

Além disso, serão feitos 101.620 procedimentos em todo o Estado, com investimento de R$80 milhões.

Serão feitas 12.114 cirurgias apenas em Campo Grande, sendo 932 por mês. 

As unidades cadastradas na Capital são Hospital São Julião, Hospital do Pênfigo, Maternidade Cândido Mariano e Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). 

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DECISÃO

Justiça volta atrás em decisão e libera joias apreendidas de famoso designer

O juiz entende que se o Fisco promoveu a apuração do valor tributável e a constituição do crédito, não há justificativa de reter as mercadorias como providência investigativa

23/12/2025 19h34

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian Site oficial/reprodução

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O juiz Claudio Müller Pareja, da 2ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, reconsiderou sua decisão e deferiu liminar para determinar que o fisco estadual libere as joias apreendidas do renomado joalheiro e economista Ara Vartanian, independentemente de recolhimento de tributo, multa ou prestação de garantia.

De acordo com os autos, o juiz entendeu, na decisão anterior, que a retenção das mercadorias teria natureza acautelatória (garantia) e investigativa, pois havia a suspeita de irregularidade documental e a possibilidade de providências administrativas e penais. Naquele momento, os fatos não se apresentaram como meio coercitivo de cobrança tributária.

Porém, o Fisco quantificou a base de cálculo, apurou o suposto tributo devido e aplicou a multa a empresa Avartanian Comércio Ltda., com indicação de valores expressivos, inclusive com menção à precificação das mercadorias. Houve,portanto, a constituição do crédito tributário, em linha com o lançamento de ofício.

Diante deste cenário, a situação se altera, pois se a administração promoveu a apuração do valor tributável e a constituição do crédito, não há justificativa de reter as joias como providência “investigativa” por tempo indeterminado. 

"A partir disso, a manutenção da apreensão passa a produzir efeito prático típico de sanção política, pois condiciona, na realidade, a liberação do bem à satisfação de exigência fiscal", diz o juiz Claudio Müller Pareja no documento.

O magistrado dá continuidade e afirma ser inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos, de acordo com as diretrizes do Supremo Tribunal Federal (STF). "A Administração dispõe de meios próprios para a cobrança do crédito constituído, sem necessidade de constrição material destinada a compelir o contribuinte".

Ainda de acordo com a decisão, a manutenção da apreensão só se justificaria caso houvesse ato da autoridade policial indicando a necessidade da medida para a apuração do suposto crime. Contudo, não há informação nos autos acerca desse ato.

A decisão limita-se a reconhecer, em juízo de probabilidade, que a manutenção da retenção, após a quantificação do tributo e da multa, revela-se incompatível com a vedação sumulada pelo STF, devendo a discussão sobre o crédito seguir pelas vias ordinárias de impugnação e cobrança.

Apreensão de joias

O fisco sul-mato-grossense flagrou, em 1º de outubro deste ano, a empresa de Ara Vartanian enviando joias com valor subfaturado para Cuiabá (MT). Na nota fiscal do carregamento, constavam 126 peças de joias avaliadas em R$ 1,9 milhão, mas, após contagem física realizada por auditores tributários da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul, verificou-se que o carregamento, na verdade, continha 248 peças de joias de alto padrão, avaliadas em R$ 22,6 milhões.

Para piorar, a empresa em Cuiabá que seria o destino das joias, a Fernando S. Perez Lerez Ltda., não possuía em seus registros qualquer vínculo com o comércio de joias ou de metais preciosos. A atividade principal da empresa é o comércio de móveis e, a secundária, a representação comercial.

Diante da constatação dos auditores tributários de Mato Grosso do Sul, a nota fiscal foi considerada inidônea. A Avartanian tentou, 12 horas após a apreensão, utilizar uma nova nota fiscal, desta vez com a discriminação correta dos produtos, mas já era tarde demais.

Habeas Corpus negado

Em novembro, o superintendente de Administração Tributária da Sefaz-MS, Bruno Gouveia Bastos, enviou notícia-crime à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações Falimentares e Fazendários (DEDFAZ), da Polícia Civil, para a abertura de inquérito criminal pela prática de crime tributário.

No caso do designer de joias Ara Vartanian, seu advogado Augusto de Arruda Botelho pede que a investigação sequer seja aberta pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Ele ancora seu pedido na Súmula Vinculante nº 24, que estabelece que crimes contra a ordem tributária somente se consumam com a constituição definitiva do crédito tributário, o que, segundo ele, não seria o caso da notícia-crime.

Por isso, no pedido de habeas corpus, Botelho alega que seu cliente foi submetido a constrangimento ilegal. O juiz Robson Celeste Candeloro, do Núcleo de Garantias da comarca de Campo Grande, indeferiu o pedido, na última quinta-feira (18), pois "revela-se precipitado impetrar habeas corpus contra mero ofício da Secretaria de Fazenda do Estado de Mato Grosso do Sul, o qual apresentou notitia criminis que sequer foi acolhida pela autoridade policial, além de exagerado elevar tal documento, sem nenhum poder coercitivo estatal".

Cidades

Universidades federais sofrem corte de R$ 488 milhões no Orçamento 2026

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições

23/12/2025 19h00

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

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A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou um comunicado nesta terça-feira, 23, informando que o orçamento das universidades e institutos federais para 2026 sofreu um corte de R$ 488 milhões, o que representa uma redução de 7,05% nos recursos discricionários (não obrigatórios) das instituições.

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições. O orçamento discricionário é utilizado para pagamento de contas de água, luz, limpeza, entre outras, como o pagamento de bolsas de assistência estudantil.

O Estadão questionou o Ministério da Educação (MEC) sobre quais serão as medidas para recompor o corte feito pelo Congresso, mas ainda não obteve resposta.

Conforme a Andifes, os cortes "incidiram de forma desigual entre as universidades e atingiram todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior"

A instituição afirma que uma das áreas mais afetadas será a assistência estudantil, fundamental para garantir que estudantes de baixa renda consigam permanecer na universidade. Apenas nesta ação, diz a Andifes, R$ 100 milhões foram cortados, o que representa uma redução de 7,3% no orçamento da área.

"Os cortes aprovados agravam um quadro já crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das Universidades Federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao orçamento executado em 2025, desconsiderando os impactos inflacionários e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente aqueles relacionados à mão de obra", diz o comunicado.

A instituição diz ainda que cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e no Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CNPq) fragilizam o desenvolvimento científico do País.

"Estamos, portanto, em um cenário de comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Universidades Federais, de ameaça à sustentabilidade administrativa dessas instituições e à permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica", afirma a Andifes.

A instituição diz ainda que está articulando com o Congresso e o Governo Federal para recompor o orçamento.

A luta das universidades federais por mais orçamento é antiga. Após enfrentarem um relação turbulenta com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, as instituições retomaram o diálogo com o governo federal após o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar disso, também tiveram de enfrentar restrições orçamentárias. Em maio, as universidades anunciaram uma série de medidas de economia, como cortes nos gastos de combustível até a interrupção da compra de equipamentos de informática e passagens aéreas. A medida ocorreu devido a diminuições orçamentárias aprovadas pelo Congresso e sancionadas por Lula. Na época, uma mudança na forma como eram feitos os repasses também estrangulou a verba para universidades. Após reclamações, o governo federal anunciou a recomposição do orçamento.

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