Secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, voltou a declarar na manhã desta quinta-feira (18) que o Estado poderá comprar novas doses de vacina contra a Covid-19 se as remessas atrasarem.
A novidade é que os recursos usados serão do próprio Estado, que mandará a conta para o Ministério da Saúde.
Em reunião do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) e demais representantes das unidades federativas, surgiu a discussão para que os estados comprem as vacinas e sejam ressarcidos posteriormente pela pasta federal.
Também na manhã de hoje, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD) também se mostrou inclinado a comprar as doses por conta própria. "A gente está tentando comprar a vacina sem aguardar o Governo Federal, nós temos caixa para isso, mas há uma resistência da União".
No início deste mês, o governo Estadual apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma petição para compra de 500 mil a 1 milhão de doses da vacina Sputnik V.
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Mato Grosso do Sul se uniu a mais seis estados para negociar as doses russas: Bahia, Piauí, Espírito Santo, Paraíba, Sergipe e Maranhão. Em sua solicitação, o Estado defende que a demanda é essencial para as suas estratégias na confrontação da pandemia da Covid-19.
Na época, Resende afirmou que Mato Grosso do Sul possui R$ 100 milhões para a compra de imunizantes e só precisa da aprovação do STF, o caso está nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski.
Resende explicou que a compra das vacinas pode acelerar o plano de vacinação estadual, já que, se contar apenas com as doses do Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, o previsto é que a campanha seja concluída só no segundo semestre de 2022.
“Se continuarmos apenas com as doses recebidas pelo governo federal, vamos conseguir imunizar toda a nossa população só daqui um ano, mas, se conseguirmos fazer essa negociação, poderemos acelerar o plano e ter todos imunizados até julho deste ano, ou até em menos tempo, junho, abril”, espera.
Vacinação
Ao todo, Mato Grosso do Sul recebeu 222.960 doses dos imunizantes Coronavac e Astrazeneca.
A primeira remessa foi entregue a Mato Grosso do Sul em 18 de janeiro, com 158.760 doses da Coronavac. Destas, 23.932 foram destinadas apenas para Campo Grande.
A segunda remessa foi no dia 24 do mesmo mês, quando 22 mil doses da vacina de Oxford chegaram ao Estado, 9.340 apenas para a Capital. A terceira remessa, com 10.200 doses da Coronavac, chegou no dia seguinte. Do total, Campo Grande recebeu 3.600 doses do imunizante chinês.
A quarta chegou no dia 7 de fevereiro, foram 10.200 doses e foram encaminhadas aos municípios para a segunda aplicação nas pessoas com mais de 80 anos que receberam a vacina Coronavac.