Operação Pantanal II, desencadeada em Mato Grosso do Sul após decreto de situação de emergência ambiental, foi desmembrada para reforçar o combate aos incêndios florestais que se alastraram também no Pantanal de Mato Grosso. Parte da estruturada montada em Corumbá, como aeronaves, bombeiros e brigadistas, vai se deslocar para a região de Poconé (MT).
“A nova estratégia operacional busca maior eficiência no combate aos focos de calor no bioma, considerando o Pantanal como um todo, considerando que hoje os incêndios de maior proporção ocorrem no Norte de Corumbá e na região de Poconé, próximos à divisa de Mato Grosso do Sul com Mato Grosso”, explicou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.
Segundo ele, a abrangência da ação integrada, com o apoio dos ministérios da Defesa e do Meio Ambiente, atende também questões de logística, sendo fundamental a instalação de uma nova base operacional no lado mato-grossense devido à distância de Corumbá em relação à área que concentrava os combates terrestres e aéreos.
“A coordenação continua com o 6º Distrito Naval da Marinha, em Ladário”, informou.
REFORÇO
Verruck adiantou, ainda, que as mudanças na Operação Pantanal II resultam de uma nova ação adequadamente planejada para debelar os incêndios, que, em Mato Grosso, consumem grandes extensões de vegetação nas regiões do Porto Jofre e na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do SESC Pantanal, que possui 108 mil hectares.
O fogo também se expandiu no entorno da Serra do Amolar, Norte de Corumbá.
Coordenação da operação deliberou que um grupo de bombeiros militares, marinheiros e brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Mato Grosso do Sul reforçará a tropa de combate direto aos focos de calor no vizinho estado.
Em Corumbá, as ações permanecem sem alterações, ficando o comando operacional no quartel do Corpo de Bombeiros, com o apoio aéreo dos helicópteros Pantera, do Exército, e Esquilo, da Marinha.
“Obviamente, que a operação segue em Corumbá normalmente, onde os focos de calor reduzem em intensidade e a maioria está sendo monitorada”, disse o secretário. O Corpo de Bombeiros informou que na manhã desta terça-feira (4) foi feito um sobrevoo de reconhecimento na região da Serra do Amolar, com deslocamento de bombeiros e brigadistas para a área.
A unidade de Corumbá recebeu reforços de bombeiros de Aquidauana e Jardim.
PONTOS CRÍTICOS
Em nota, a base naval da Marinha, em Ladário, esclarecei que as decisões tomadas em reunião com representantes das Forças Armadas, Ibama e Corpo de Bombeiros “são frutos da extensão da área de abrangência da operação e da constatação de que os focos de incêndios mais intensos são registrados na porção Sul de Mato Grosso e Norte de Mato Grosso do Sul”.
O objetivo, ressalta, “é garantir os esforços no combate aos focos em ambos os estados”.
As ações integradas, conforme a declaração do comando naval, “estão sendo ampliadas e a decisão de alterar o local dos centros de coordenação tem o propósito de buscar a economicidade no emprego dos meios, haja vista a proximidade da região do SESC Pantanal com os pontos considerados mais críticos”.
A Marinha ressalta que as aeronaves e equipes mantidas em Corumbá e Ladário poderão ser empregadas de acordo com as necessidades.