Cidades

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Combinação explosiva

Combinação explosiva

STHEVEN RAZUK, APRECIADOR DAS CIÊNCIAS JURÍDICAS - [email protected]

01/02/2010 - 07h00
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Parecia até propaganda de cartão de crédito, algo do tipo: 12 milhões de reais disponibilizados pelo MEC. A construção de um lindo prédio, estruturado e arquitetonicamente compatível com os tempos atuais. Estudar ao som dos pássaros e da natureza. Deixar os estudantes felizes e amolecer o coração do governador para fazê-lo doar um pedacinho de terra... Tudo isso realmente não tem preço. Essa era a feliz história da Faculdade de Direito da UFMS e de toda a comunidade jurídica do Estado de Mato Grosso do Sul, que já comemorava a futura construção do edifício que seria erguido para hospedá-la. Como em toda história feliz, alguma coisa sempre dá errado no percurso. Essa, igualmente, não poderia fugir do script. Desta vez, quem pretende estragar a festa são alguns dos deputados estaduais, que já se manifestaram contra o Projeto de Lei nº 273/09 enviado pelo governador para aprovar a doação da respectiva área. Os argumentos suscitados orbitam entre os danos porventura causados ao meio ambiente e a intensificação do tráfego na região. Seria tolice nossa e falta de bom senso gastar o tempo do leitor para demonstrar a importância da construção de uma Faculdade Pública de Direito. Então, preferimos concentrar nossos esforços nos argumentos contrários. Quanto aos eventuais impactos no trânsito do município, é um problema que não compete a nós, nem aos parlamentares estaduais. A solução cabe ao professor da Universidade Federal e secretário da Agetran, Rudel Trindade Jr. (art. 30, I da C.F; art. 24, I e XVI do Código de Trânsito). Com relação aos possíveis danos ambientais, realmente os deputados estão cobertos de razão. A instalação da faculdade poderá causar danos irremediáveis ao meio ambiente, mas vejam que não é da derrubada das árvores que estamos falando. Se as árvores fossem o problema, por coerência, há alguns anos a obra que determinava a construção do prédio anexo da Assembleia, no valor de 5,5 milhões de reais, cujo objetivo principal era a ampliação dos gabinetes dos deputados, teria recebido manifestações fervorosas e com a mesma intensidade. O problema ambiental de agora, no fundo, é a chegada de um novo animal no ecossistema do ainda intocado Parque dos Poderes. Este sim pode atrapalhar muito a harmonia que reina na fauna daquele local. Trata-se de um bicho voraz, vigoroso, intransigente, e que ainda por cima se alimenta do resultado da atividade legiferante. Nessas alturas já sabemos quem é o causador do dano – o estudante de direito. Em regra, a relação entre estudante de direito e deputado é a mesma entre Vasco e Flamengo, chuva e fogo, Deus e demônio, leão e veado, e assim por diante. São pólos antagônicos que vão se aproximar num futuro breve. O empirismo nos mostra que os primeiros protestos contra atos do Estado começam da pureza estudantil e por isso introduzi-los como moradores da mesma floresta talvez possa gerar algum receio. Balbúrdia, hostilidade e protestos? Não. Não há nada a temer. Como Mato Grosso do Sul não é o Distrito Federal, podemos ficar relaxados.

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Com recesso de fim de ano, Detran-MS adota escala diferente de atendimento

Funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro

21/12/2025 09h00

Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) manterá o atendimento presencial nas agências de todo o Estado somente entre as segundas e terças que antecedem o Natal e o Ano-Novo.

Conforme a escala especial de fim de ano, o funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro, no horário regular das unidades: das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 16h30, com exceção das agências instaladas em shoppings, que seguem horários diferenciados.

De acordo com o Decreto “E” nº 2, de 16 de janeiro de 2025, não haverá expediente nas repartições públicas estaduais nos dias 24 (quarta-feira), 25 (quinta-feira) e 26 de dezembro (sexta-feira), em razão do feriado de Natal e de pontos facultativos. Também não haverá atendimento presencial no dia 31 de dezembro (quarta-feira).

Já o Decreto “E” nº 46, de 24 de novembro de 2025, que estabelece os feriados e pontos facultativos de 2026, define o dia 1º de janeiro (quinta-feira) como feriado nacional e o dia 2 de janeiro de 2026 (sexta-feira) como ponto facultativo.

Durante os dias sem expediente presencial, o Detran-MS seguirá oferecendo serviços digitais à população. Será possível realizar consultas e emitir guias por meio do Portal de Serviços Meu Detran, do aplicativo Meu Detran MS e da atendente virtual Glória, disponível via WhatsApp pelo número (67) 3368-5000.

O órgão alerta ainda para o funcionamento do sistema bancário no período. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Natal de 2025 os bancos não abrem no dia 25 de dezembro e, no dia 24, funcionam em horário reduzido, até as 11h. No fim de ano, as instituições financeiras não terão expediente no dia 31 de dezembro e no dia 1º de janeiro, retomando o atendimento normal nos dias úteis entre os feriados.

A orientação do Detran-MS é que os usuários se programem com antecedência para pagamentos e cumprimento de prazos, evitando transtornos durante o período de recesso.

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

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